Fala, Dr. X!
Meu amigo Fabiano enviou um email para todos os vereadores. O Vereador Jair Cézar respondeu em forma de ofício timbrado da Câmara dos Vereadores. Vejam abaixo:
Ofício nº 274/10
Curitiba, 26 de julho de 2010
Prezado Senhor,
Acredito que a maior parte da população de Curitiba é a favor de jogos da COPA 2014 no Estádio Joaquim Américo. É muito importante sob vários aspectos e por isso concordamos e aplaudimos. Porém, precisamos buscar o financiador certo fora da esfera Pública Municipal, uma vez que estão cogitando o uso de Potencial Construtivo da Prefeitura, para conseguir R$ 80 milhões que seriam empregados em obras na propriedade particular do Atlético Parananense e isso não será possível.
O Solo Criado previsto na Lei 7420/90, tem a finalidade única de arrecadar imóveis ou dinheiro para destiná-los ao Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social. E perguntamos: onde está o social e o interesse público para a Prefeitura participar da conclusão de obra particular? Nada vejo neste sentido, mas, vejo sim, sérios problemas de ordem legal se forem adiante com essa idéia equivocada.
Dias atrás, um dirigente do Atlético Parananense afirmou na imprensa que o clube não daria nem um “palito de fósforo para garantir a dívida”, ou seja, eles querem dinheiro a fundo perdido, querem doação e isso nenhuma prefeitura pode fazer, sob pena de improbidade administrativa de seu titular. O que percebemos é que ninguém fala em conseguir financiamento para conseguir dinheiro. As obras são necessárias e quando prontas irão valorizar ainda mais o estádio, o clube tem crédito e condições de assumir a dívida, mas ninguém busca esse caminho para solucionar a questão.
Busquem recursos noutras fontes, como por exemplo, junto aos banqueiros que tanto ganham em suas atividades junto a população. Outra sugestão é buscar a participação do Grupo Votorantim, na pessoa do Sr. Antônio Hermírio de Moraes, com suas megas empresas que no Paraná extraem minérios e transformam em cimento, que são transportados pelas ferrovias parananenses e pelas informações que temos de sua generosidades, certamente não recusaria participar de um projeto dessa natureza.
Não concordo com a estampa dada pela Gazeta do Povo em sua página de esportes, no jornal do dia 17 de julho próximo, onde disse que “Políticos reforçam o caixa-preta da Arena”. Caixa-preta é sinônimo do desconhecido e os políticos citados não passam de meia dúzia que rodeiam os que tem poder de decisão que são o Governador Pessuti e o Prefeito Luciano Ducci, que sabem muito bem que esta euforia toda é passageira e que a responsabilidade fiscal é eterna.
É só ver os estádios africanos nos dias de hoje, transformados numa imensa fonte de despesas e sem utilidade na proporção de seus tamanhos. Verdadeiros elefantes brancos, que servem para encher as vistas de uma população pobre que apresenta um dos maiores índices de contaminação de AIDS.
(Fls. 2 do Ofício nº 274, de 26/07/2010
Interpretem a Lei do Solo Criado tal como ela está, sem as maquiagens que alguns estão propondo e vejam que ela tem fim específico e sempre no sentido de ajudar a cidade resolver seus problemas de ordem habitacional para a população menos favorecida. Fazer arranjo para atender emergência particular é algo inconcebível e se feito levará muita gente a ter que dar explicações pelo resto de suas vidas.
E isso não é nada bom!
Jair Cézar
Vereador
Já o meu amigo Rogério, obteve três respostas. Uma do mesmo Vereador Jair Cézar e ainda do Professor Galdino e Celso Torquato:
Olá,
Obrigado pelo contato.
Tem o meu apoio para com a causa levantando. Temos que nos preocupar, com a melhora da qualidade de vida das pessoas.
Consulte nosso trabalho através do site: www.profgaldino.com
Um forte abraço,
Prof. Galdino
Boa tarde Sr.Rogério,
primeiramente agradeço o contato e antecipadamente coloco-me a sua disposição para este e outros assuntos de seu interesse. Eu confesso que fui estudar a respeito das vantagens de se realizar um megaevento como uma Copa do mundo de Futebol. Diante da literatura, fiquei convencido de que a realização de megaeventos esportivos aceleram o processo de desenvolvimento das cidades que tem oportunidade de sediá-los. Porém, concordo plenamente que as pessoas e entidades que assinaram o compromisso parecem não estarem dispostas a cumprí-los, e desta forma, criando situações embaraçosas que, para concretizá-las, engenham as propostas mirabolantes as quais o senhor se refere. O que penso a respeito disso, é que há necessidade de criar mecanismos que não venham a privilegiar uns e detrimento dos outros, e que a forma de condução seja a mais transparete possível. Estou certo que a manifestação popular,neste caso, já causou impacto e de certa forma está forçando o Comitê Gestor da Copa a usar a criatividade para obtenção de recursos. O que percebo, também, que a FIFA destina uma pequena parcela de seu lucro gradioso com o evento para as cidades-sede, e deveria ser melhor trabalhado este entendimento. Para se ter uma idéia, a FIFA terminará este ano com um superavit de 5,9 bilhões de dólares. Não pderia a entidade organizadora investir um recurso nas cidades-sede brasileiras?
Tenha certeza de que a sua preocupação é a minha e de muitos outros curitibanos. De nada adianta empreender uma realização como esta e endividar o município que hora se encontra em excelentes condições financeiras.
Assim sendo Sr. Rogério, comungo do mesmo pensamento e agirei com a maior responsabilidade sobre este assunto e assim que tiver novidade a respeito entrarei em contato. Caso necessite de qualquer informação, peço a gentileza de entrar em contato pelos telefones 3229-2030 e 3350-4580.
Atenciosamente,
Celso Torquato.
Agora vamos ver quem participa e quem se omite.
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