Fala, Dr. X!
Conforme prometido, com a ajuda do meu amigo Marcelo, está o ar a primeira parte do Dossiê La Roubalheira. Em breve, a segunda parte.
Vejam, e reflitam. Sinceramente, antes de ser torcedor do Coritiba, somos pagadores de impostos e somos Paranaenses!
Os noticiários são frequentes sobre o impasse em relação ao estádio que será palco da Copa 2014, na sede de Curitiba.
O indicado para a realização das partidas é o estádio Joaquim Américo, de propriedade do A. Paranaense, entretanto, o clube declara não ter condições de arcar com o investimento para concluir e enquadrar a praça esportiva dentro dos padrões exigidos pela FIFA, o que pode comprometer a sede paranaense junto ao comitê de organização do evento.
O Estado do Paraná, através do Governador Orlando Pessuti (também sócio do A.Paranaense), juntamente com alguns deputados, tentou viabilizar de forma legal, o investimento do poder público em uma obra privada. Para isso, enviaram um Projeto de Lei para a Assembléia Legislativa, na tentativa de criar mecanismos para que a Copel pudesse investir cerca de R$ 40 milhões no estádio, em forma de patrocínio. A questão tornou-se polêmica, afinal de contas a própria Companhia Paranaense de Energia Elétrica, declarou através de seu presidente, que não tem intenção e muito menos amparo legal para tal investimento, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica não permite esse tipo de ação.
O impasse gerou algumas especulações e soluções alternativas, como a construção de outra praça esportiva. Entretanto, o Governador Orlando Pessuti afirma em matéria publicada por Felipe Lessa no portal paranaonline: “O desfecho é positivo. Iremos cumprir compromissos que assumimos, de o Atlético, governo e prefeitura fazerem suas obras. Planos B, C, D e E estão fora de cogitação”, destacou Pessuti.
Entenda um pouco como foram as etapas da formalização da indicação do estádio Joaquim Américo.
Indicação do Estádio
A prefeitura e governo do estado, precisavam de um estádio para a realização do mundial. Foram apresentadas duas propostas, a conclusão do estádio Joaquim Américo e a construção de um novo Pinheirão, a primeira proposta foi escolhida.
Jornal Gazeta do Povo 04/11/2008
Em relação ao estádio, Pessuti confirma que a Arena da Baixada é o estádio de Curitiba para a Copa. “Quando fizemos a pré-seleção, recebemos os documentos da Arena e de um Novo Pinheirão, que o ex-presidente Onaireves Moura queria construir. A Arena venceu, portanto é ela a praça esportiva de Curitiba para a Copa de 2014”.
O critério utilizado na escolha, teria sido as vistorias ao estádio indicado, segundo a comissão, a praça esportiva já estaria com 80% da obras concluídas de acordo com as normas exigidas pela FIFA.
Jornal Comunicação UFPR 19/06/2009
De acordo com o representante do Comitê organizador da Copa em Curitiba, Luiz de Carvalho, a escolha foi baseada em critérios contidos no caderno de encargos e viabilidade de concretização. “A Arena passou por uma inspeção de técnicos da FIFA e, com certeza, o fato de o projeto já estar 80% concluído e ter um custo baixo em comparação a outros apresentados pelo Brasil influenciou na escolha”, explica.
Portal 2014 14/04/2009 atualizado em 06/05/2009
Da redação
postado em 14/04/2009 15:44 h
atualizado em 06/05/2009 11:00 h
Comissão de vereadores avalia que 80% da infraestrutura está pronta
A Arena da Baixada já está quase pronta para receber a Copa do Mundo de 2014. A avaliação é do presidente da Comissão Especial da Câmara de Curitiba para acompanhar os assuntos relacionados ao Mundial, vereador Mario Celso Cunha (PSB), líder do governo municipal na Câmara. O parlamentar, juntamente com os demais integrantes da comissão, visitaram na segunda-feira, 13 de abril, a Arena da Baixada e o CT do Caju. "Podemos dizer que 80% da infraestrutura da Arena está pronta, faltando apenas melhorar as áreas VIP, de imprensa e de estacionamento", explicou.
Participaram além de Mario Celso, os vereadores Aladim Luciano (PV), Algaci Tulio (PMDB), Julião Sobota (PSC), Juliano Borguetti (PP), Omar Sabbag Filho (PSDB), Pastor Valdemir Soares (PRB), Pedro Paulo (PT) e Roberto Hinça (PDT).
Formalização
No dia 28/10/2008, a prefeitura entrega um termo de compromisso ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, segundo matéria publicada no Jornal Gazeta do Povo.
Grupo se adiantou aos prazos exigidos pela FIFA e apresentou documento que dá garantias de obras e condições para realizar o Mundial em Curitiba
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, recebeu na tarde desta terça-feira (28), na sede da entidade, no Rio de Janeiro, a comitiva paranaense que defende a indicação de Curitiba como sub-sede da Copa do Mundo 2014. Capitaneado pelo vice-governador do estado, Orlando Pessuti, o grupo entregou a Teixeira um termo de compromisso assumindo uma série de responsabilidades para que o Mundial possa ser realizado na capital paranaense.
Além de Pessuti, participaram da comitiva o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, o deputado estadual Augustinho Zucchi, o secretário municipal de Turismo, Luiz de Carvalho, a supervisora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Susana Lins de Andrade, o presidente da Paraná Esportes, Marco Aurélio Saldanha da Rocha, e Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense, time proprietário da Arena da Baixada, estádio pré-indicado.
Através do documento assinado, Governo do Estado, Prefeitura e A. Paranaense, comprometem-se a cumprir uma série de responsabilidades. O poder público com as obras de infra-estrutura. Já o clube, como entidade privada, compromete-se em adequar sua praça esportiva de acordo com as exigências da FIFA.
Começam as Contradições
Segundo divulgado pelo site arenadabaixada.com.br, o custo para construção do estádio Joaquim Américo, foi de U$ 30 milhões, cerca de 53 milhões de Reais. Como fora divulgado na época da candidatura, com aval de uma comitiva de vereadores e uma suposta inspeção da FIFA, o estádio estaria já com 80% da obras concluídas. Calculando isso em valores, deveriam ser gastos ainda cerca de R$ 11 milhões de Reais. Afinal, o estádio já praticamente atenderia as exigências para a competição mundial.
Em 31 de maio de 2009, Curitiba é escolhida como uma das sedes para a Copa de 2014.
O site www.jusbrasil.com.br, divulga matéria sobre a declaração do deputado Alexandre Curi (PMDB), diretor do A. Paranaense, sobre os investimentos no Estado do Paraná, na casa dos R$ 6 bilhões de Reais.
R$ 6 BILHÕES - O deputado Alexandre Curi (PMDB), diretor do Atlético Paranaense, disse que a Copa do Mundo deve exigir no Paraná investimentos superiores a R$ 6 bilhões. "É o metro de Curitiba, as reformas dos aeroportos, do Afonso Pena em São José dos Pinhais e o de Foz do Iguaçu, e de outras obras que devem facilitar o acesso e o transporte nas principais cidades do Paraná", disse.
Descreve ainda no texto, sobre a construção de estacionamento na praça Afonso Botelho.
Curi adiantou que nos planos do comitê executivo paranaense está a construção de um estacionamento subterrâneo na Praça Afonso Botelho (em frente ao estádio Joaquim Américo), além da conclusão da segunda etapa das arquibancadas, entre outros equipamentos.
Em relação ao valor de investimento no estádio Joaquim Américo, os valores mudam ASSUSTADORAMENTE!
A Arena da Baixada - disse Curi - vai receber R$ 376 milhões às reformas necessárias ao redor do estádio. "Somente no estádio serão R$ 138,3 milhões em investimentos, através de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)".
Verifiquem que mais uma vez, um membro da diretoria do A. Paranaense e deputado, afirma com o investimento virá de empréstimos do BNDES.
Em relação ao investimento, voltemos aos cálculos matemáticos:
Custo da Obra
Construído: R$ 53 milhões
Faltante: R$ 138,3 milhões
Custo Total: R$ 191,3 milhões
% concluída: 27,7
Divulgado: 80%
Já no mês de agosto de 2009, matéria divulgada no site www.justicadesportiva.uol.com.br, o atual presidente A. Paranaense, Marcos Malucelli, afirma que o clube não pode arcar com as despesas sozinho, mesmo tendo assinado e protocolado junto a CBF, um documento comprometendo-se a tal.
Arena pode não ser sede da Copa
Presidente do Atlético/PR cobra postura do poder público e diz que clube não pode arcar sozinho com obras
... Marcos Malucelli, diz que a responsabilidade em colocar a Arena da Baixada em condições de receber os jogos do Mundial é do poder público e que o clube, mesmo por ser dono do estádio, não deve se preocupar sozinho.
Em entrevista à Rádio Transamérica, Malucelli não fez cerimônia e soltou o verbo, revelando o que realmente está acontecendo entre o clube e o poder público para entrarem em acordo sobre as obras que faltam.
“O Atlético está cedendo o estádio, quem tem que ir atrás de verba, do PAC da Copa, que será de R$ 100 ou R$ 120 bilhões, segundo o que estão prometendo à Fifa, é o município. Temos de achar alternativas para atender às condições do caderno de encargos, o governo não pode dar dinheiro ao Atlético, mas sim ao município e ao estado. Não é justo termos de arcar com R$ 100 milhões sozinhos. Se ninguém bancar, a Arena pode não receber a Copa, ai eles podem reformar o Pinheirão”, declarou o dirigente.
Malucelli não teme represália e nem mesmo que a Arena perca o direito de sediar os jogos da Copa de 2014 para o Couto Pereira, do rival Coritiba. Neste quesito, o dirigente do Furacão foi até certo ponto irônico.
“Se o nosso projeto de conclusão da Arena custa R$ 30 milhões, o deles não vai custar menos de R$ 330 milhões...”, conluiu.
Os organizadores da Copa, não conseguem chegar a um valor exato dos custos do estádio Joaquim Américo, uma obra que começou com R$ 53 milhões, já está orçada em R$ 400 milhões.
Expresso MT 23/06/2010
Conforme a matéria, levantada pelo repórter Jorge Wamburg, da própria agência, o motivo é a recusa do clube a recorrer ao empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar as obras e a falta de uma parceria privada para levantar os recursos, já que não há outra fonte de financiamento governamental, seja da União, do estado ou do município.
pelo secretário do governo do Paraná e coordenador da Região Metropolitana de Curitiba, Alcidínio Bittencourt Pereira
“Nessa situação, há realmente risco de o estádio não ficar pronto para a Copa, porque o clube não quer se endividar mais com a reforma do local, onde já gastou R$ 400 milhões em recursos próprios”, explicou Alcidínio. A busca de soluções vai continuar, mas o secretário considera a situação difícil, pois até agora nenhum grupo privado se interessou em bancar o projeto.
Depois de assumir o compromisso junto a CBF, o A. Paranaense, tenta repassar as suas responsabilidades ao poder público. Ora, se o governo do Estado tivesse que arcar com mais de 70% do custo, teria construído um estádio público, no local do Pinheirão. Afinal, houve a apresentação do projeto, rejeitado tendo em vista que o Joaquim Américo estava “praticamente pronto, 80%”.
Desesperados, os organizadores da copa em Curitiba, tentam criar mecanismos para financiar de alguma maneira a obra no estádio de propriedade particular. Tentaram convencer a população que a Copel seria uma ótima alternativa, foram estraçalhados pela opinião pública.
Agora, insistem nos títulos de potencial construtivo, alegando que está tudo certo e que serão utilizados como garantia para os financiamentos do A. Paranaense junto ao BNDES. Só esqueceram que o próprio conselho deliberativo do clube, já vetou a proposta, após análise de uma consultoria independente.
Se os números na época da candidatura da sede fossem reais, será que não haveriam outros projetos?
Não precisa ser engenheiro, arquiteto, urbanista, para saber que é muito mais simples, adequar vias de acesso, estacionamento, comitê para imprensa, etc... no terreno do Pinheirão do que em um estádio no centro da cidade, com ruas estreitas, cheias de árvores e prédios.
No Pinheirão, o acesso do aeroporto é rápido, via avenida das Torres e Linha Verde. Pela mesma Linha Verde, é mais simples a chegada tanto da Região sudeste como do extremo sul do Brasil. A chegada é mais rápida e simples do porto de Paranaguá. Ao redor do Pinheirão, existe como alternativa de infra-estrutura:
Jockey Clube
Ginásio do Tarumã
Colégio Militar de Curitiba
Expocenter
É o circo, e a população Paranaense com cara de palhaço.
Façam suas análises.
Façam suas escolhas.
Em breve, a segunda parte do Dossiê La Roubalheira.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)