Fala, Dr. X!
Enviada pelo Paulo
Tenho acompanhado a matéria que envolve a referida empresa com o time lá de baixo. Trabalhei nessa
empresa. Conheço profundamente a cultura militarizada de grande parte do seu corpo funcional e diretor.
Analisando a resposta da Sra. Célia Regina Fracaro (COPEL-Coordenação de Marketing) à Ana Carolina, vos
digo que ela é infundada porque a mesma é de cunho teórico e serve de escudo para desviar a atenção da
opinião pública. Já houve épocas que boa parte do lucro da COPEL foi utilizado para pagar o salário da Polícia
Militar do Paraná, cobrir rombos do extinto Banestado, da Sanepar, Governo do Estado, etc.......... Até chopeira
para o Ingo Hubert foi montada em Salto Segredo. A dupla Lerner-Hubert chegaram a colocar a empresa no
vermelho. Portanto, com os políticos e governantes que temos somados ao comportamento autoritário, hostil,
prepotente e arrogante dos dirigentes e ocupantes de cargos de superintendência e chefia dessa empresa é
bem possível sim que haja o finaciamento em questão. Lembro que a COPEL é uma excelência no setor elétrico
e que o seu grande problema são pessoas que ocupam qualquer posto gerencial ou exerce muita influência para
agir como se fosse os donos da empresa.
Dica enviada pelo Rafael
Aí Dr. X
O Leonardo Mendes Jr., ex editor de esportes da GP, tem uma opinião que vai de encontro com a da maioria verde da cidade.
Arena Copel é o mesmo que por dinheiro público em estádio
por Leonardo Mendes Júnior
A solução “milagrosa” para a conclusão da Arena da Baixada é maquiar o investimento de dinheiro público no estádio. E maquiar muito mal, diga-se de passagem. Pois apenas vão deixar de tirar o dinheiro diretamente dos cofres do governo do estado para atacar o bolso da Copel, empresa de capital misto, controlada pelo governo, mas com acionistas e papéis na bolsa de valores. Aliás, os acionistas da Copel devem estar achando ótimo o desejo do governo em investir 40 milhões de reais em um estádio de futebol. Muito mesmo para quem teve lucro líquido de 1 bilhão em 2009.
Um dinheiro que não tem justificativa para ser investido. A Copel não concorre com ninguém, não precisa fazer propaganda nem divulgar seu nome para ganhar clientes novos ou manter os que tem.
Certamente vai crescer o coro do “40 milhões são pouco perto daquilo que o estado vai ganhar com a Copa”. O próprio Romanelli, autor do projeto de lei da Arena Copel, recorreu a este discurso para justificar sua ideia. Uma justificativa rala, típica de quem está pensando mais em votos e politicagem do que em investir bem o nosso dinheiro.
Sou contra investir dinheiro público em estádio para a Copa do Mundo. Seja em Curitiba, seja onde for. São Paulo torra R$ 3 milhões por ano na manutenção do Pacaembu. O Maracanã deu prejuízo de R$ 10 milhões em 2006. Dinheiro simplesmente jogado no lixo, que deveria ser investido em coisas muito mais úteis para os contribuintes. Ou poderia ser aplicado no esporte mesmo, mas de maneira mais racional.
O mesmo vale para o governo paranaense. Se há a disponibilidade de 40 milhões para investimento, que se coloque esse dinheiro, por exemplo, em melhorias de infraestrutura em Curitiba e região metropolitana para a Copa, coisas que efetivamente vão ficar para a população depois do Mundial. E a Copel, se tem toda essa grana disponível, que invista em melhorias nos seus serviços, ainda longe do ideal.
Agora, colocar todo esse dinheiro em um estádio de futebol e querer que a população aplauda e meter um carimbo de idiota na nossa testa.
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