Fala, Dr. X!
Sempre fui defensor das Torcidas Organizadas. Não só a IAV, como todas elas. Inclusive as dos rivais. Sempre pensei e concordei que elas são responsáveis pelas festas nos estádios. Sempre pensei que o fim das T.O´s só agravaria o problema ao invés de solucioná-lo. Já fui muito criticado por isso. Já fui acusado de ter o rabo preso com elas, de receber dinheiro delas para falar bem, de ser integrante de T.O.
Já trouxe aqui no blog, algumas sugestões de como corrigir os problemas e ainda fazer o clube ter lucro com a existência das T.O´s. Mas infelizmente, parece que foi tudo em vão. Parece que queimei a moringa em vão e que o que eu buscava, nada mais era do que uma utopia.
Conheço o Papagaio (presidente da IAV) e sei do seu comprometimento com a paz e sei de seus inúmeros projetos para que a violência dentro e fora dos estádios acabe. Ele mesmo sabe que já defendi várias vezes o seu trabalho. Mas infelizmente, nada disso foi ou é suficiente. Afinal, o próprio Papagaio não é onipresente e não pode estar em cada esquina que estiver um "torcedor" com a camisa da IAV.
Sei que muita coisa é exagerada e que muita coisa é deturpada em matérias desse tipo. Mas tem cenas ali, que não manipuladas. Tem cenas ali que foram reais. De que adianta defender e tentar regulamentar, se assistimos à cenas dos tais "comandos" chegando ao estádio "tocando terror"? Já não basta o mundo inteiro contra nós? Empresto as palavras do Grande Mestre Dallborgha: Pombas! Eu fico desgraçado da minha cabeça!
Depois de tudo o que sofremos e ainda estamos sofrendo, com a interdição do estádio, os seguidos adiamentos do julgamento do recurso do Coritiba, a insistência da Globo em marginalizar toda a torcida do Coritiba, ainda temos que ver e no fundo dar razão ao que falam de nós? Isso não entra na minha cabeça. Como pode alguém saber de tudo o que estão fazendo com o Coritiba e ainda ir para o estádio pensando apenas no seu "comando" e em seu "poder"? E o Coxa onde fica nisso tudo? Baixa a bola pô! Estamos na _erda e não precisamos de ninguém pra espalhá-la ainda mais. Pior ainda, se esse alguém está teoricamente do nosso lado. Não é hora de mostrar "poder". É hora de mostrar união. Parem o mundo que eu quero descer.
É inadmissível que pessoas façam o que fizeram do lado de fora do Couto Pereira no domingo, quando o espírito de toda a nação alviverde seja o da paz e da tranquilidade. É inadmissível que pessoas se utilizem do nome do Coritiba para praticar atos de vandalismo. Em pleno jogo de volta ao Couto, um torcedor é preso armado na porta do estádio. Eu sinceramente não consigo entender isso. E justamente por não entender esse tipo de atitude, que a partir de hoje, passo a não mais apoiar as Organizadas e aceitarei todas as medidas do clube, STJD e MP com relação à elas. Juro pra vocês, que é com dor no coração que faço isso. Não sou integrante de nenhuma T.O. Mas já fui integrante do MUC, Jovem, Mancha e IAV e sei que dentro delas, existe muita gente de bem. Já andei muito pra cima e pra baixo com as T.O´s. Quando eu ainda as defendia, eu o fazia com propriedade. Eu sabia muito bem o que estava falando. Eu vivi isso. Mas hoje em dia, ficou provado que tem muita gente que se escora no escudo da torcida para promover o terror. E isso, eu não admito. O Coritiba em primeiro lugar SEMPRE.
Sofreremos um bom tempo, sem as festas nos estádios. Sofreremos um bom tempo, com o estádio parecendo uma geladeira. Mas eu prefiro sofrer por um tempo com o fim das Organizadas, do que sofrer para o resto da minha vida pelo fim do Coritiba. Basta um escorregão, um peido pra fora da cueca e o STJD, CBF, Globo e toda midia vendida do Brasil, nos acusarem novamente. Não pensem que eles querem justiça não. Eles querem acabar com o Coritiba. Para eles, não somos nada. Absolutamente nada. E não serei eu a dar razão e motivos para eles.
Pelo bem e pela sobrevivência do Coritiba, não defenderei mais as Organizadas. Cada um é responsável por seus atos. Quem vai ao estádio, que vá para torcer pelo Coritiba e só! Polícia e cadeia para quem sair da linha. Essa é a solução.
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