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Ricardo Honório25/07/17, 15h39
Falando de Bola

1º desafio: acertar a cozinha

O técnico Marcelo Oliveira foi apresentado oficialmente no dia de hoje, vestiu o uniforme e já começou a trabalhar.

Teve um longo papo com o grupo de atletas e depois acompanhou o treinamento ao lado do diretor Alex Brasil.

O desafio na sua segunda passagem não será simples. Pegará um time que vem em queda livre no campeonato brasileiro, distante dois pontos apenas da zona de rebaixamento.

Quem viu o Coritiba nas seis primeiras rodadas fica a se perguntar se é o mesmo time das últimas dez. Do jogo contra o Bahia até a derrota para o Flamengo, foram seis derrotas, três empates e apenas uma vitória. Números extremamente baixos para um time que conseguiu quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota até entrar em queda livre.

Grande parte desta sequência ruim pode ser creditada ao baixo rendimento defensivo, além de várias falhas individuais que geraram gols que poderiam ser evitáveis.

Nas cinco primeiras rodadas, o Coritiba sofreu apenas dois gols, na vitória contra o Atlético Goianiense e na derrota para o Santos. Da sexta a oitava rodada, o time teve três empates e levou apenas os dois gols no empate contra o Botafogo, porém, a partir da nona rodada, o time parece que sofreu um colapso coletivo.

A defesa parou de marcar, o meio-campo parou de marcar e criar e o ataque parou de marcar e fazer gols.

E com isso, os números de gols sofridos passaram de 04 em oito rodadas para 22 em dezesseis rodadas. Ou seja, o time Alviverde levou 18 gols em apenas 8 partidas, o que dá uma média de 2,25 gols por jogo. Desde a derrota para o Grêmio, na 9º rodada que o Coritiba não deixa de sofrer gols. Já são 8 jogos em sequência tendo a sua meta vazada.

Nas 16 rodadas até o momento, o Coritiba teve cinco duplas de zagas diferentes, além de utilizar o garoto Thalisson Kelven contra o Fluminense.

A dupla Márcio e Werley foi a que mais atuou juntas. Sem contar o gol sofrido contra o Santos, quando Márcio entrou após o Coritiba levar o gol no começo do primeiro tempo, esta dupla jogou 10 jogos e sofreu 8 gols, com uma média de 0,8 gol sofrido por partida.

Wallison Maia e Werley atuaram na estreia contra o Atlético/GO e no início da partida contra o Santos. Foram 2 gols em 2 jogos, média de 1 gol por jogo. Walisson Maia e Márcio também atuaram em 2 jogos e sofreram 4 gols, média de 2 por jogo. Márcio e Luizão fizeram 2 jogos e sofreram 6 gols, média de 3 por partida. E Walisson Maia e Luizão atuaram em 1 partida, e sofreram 2 gols.

Analisando friamente os números, percebe-se que a queda do sistema defensivo do Coritiba se acentuou após a contusão de Werley, que vinha fazendo uma excelente dupla com Márcio, apesar da dupla ter sofrido 6 gols nas últimas três partidas em que atuaram juntos.

Após a saída de Werley, a defesa Alviverde tem tido atuações bastante irregulares, levando 12 gols em 5 jogos, uma média de 2,4 gols por partida.

Para a estréia de Marcelo Oliveira contra o Atlético/MG, a tendência é que Márcio e Luizão continuem formando a dupla de zaga, já que Werley ainda não tem sua presença garantida, e Walisson Maia continua entregue ao Departamento Médico.

Acertar o sistema defensivo será o primeiro grande desafio de Marcelo Oliveira no comando do Coritiba, pois se o time conseguir diminuir o número de gols sofridos, pode voltar a fazer uma boa campanha no campeonato brasileiro.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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