Falando de Bola
O fato do Coritiba não ter enfrentado nenhum grande adversário nesta caminhada pode servir de consolo para o choro de nossos rivais, porém para a torcida Coxa isso é o que menos importa, pois com ou sem grandes adversários no caminho, o título da Copa do Brasil terá o mesmo significado.
Talvez o fato da caminhada Coxa até as semifinais ter sido facilitada pela queda dos “grandes” Botafogo e Santos, não se trate apenas do “fator sorte”, mas sim de uma marcha gloriosa que já pode estar escrita para aqueles que acreditam na força do destino.
Este ano deixamos “cair por terra” a mística das conquistas estaduais em anos que terminavam em nove, títulos esses que ocorreram seguidamente de 1959 a 1999.
Porém, talvez o destino esteja nos reservando algo ainda mais grandioso, e quem sabe não esteja nascendo a mística dos 12 anos, que se tornaria perpétua com a conquista deste torneio nacional.
Mas e o que seria a tal “Mística dos 12 anos”?
Em 1973, o Coritiba disputava o Torneio do Povo, que reunia grandes equipes do futebol brasileiro. A última partida foi disputada na Fonte Nova, que estava lotada de torcedores do Bahia. O empate garantia o título ao Coritiba, e Hélio Pires, quase no final da partida, marcou o gol que igualou a partida em 2x2 e deu o primeiro título em nível nacional ao Coritiba.
Em 1985, em uma noite mágica no Maracanã, o Coritiba de Enio Andrade, Rafael, Lela, Índio, entre outros, empata em 1x1 no tempo regulamentar. O empate prossegue na prorrogação, levando a decisão para os pênaltis. Ado, um craque do Bangu chuta para fora o sexto pênalti carioca, mas o experiente zagueiro Gomes, converte o seu e dá o título de campeão brasileiro ao Coritiba.
Em 1997, um torneio promovido pela CBF convoca grandes times do futebol brasileiro, como Coritiba, Corinthians, São Paulo, Botafogo, Vitória, mais alguns menores como Paraná Clube, Operário/MS e Rio de Janeiro/RJ, e realiza um campeonato em nível nacional, com a realização de uma única partida final, disputada no Couto Pereria, onde o Coritiba enfrentaria o Botafogo/RJ.O Coritiba era comandado por Rubens Minelli e o grande nome do time era o atacante Cleber Arado. Após um empate por 3x3 no tempo normal, o Coritiba levou a melhor na disputa de pênaltis, vencendo por 7x6.
Observamos então que desde 1973, o Coritiba tem conquistado algo em nível nacional de doze em doze anos, e tem a chance agora em 2009, de manter esta escrita, conquistando o título da Copa do Brasil.
Quem sabe não está nascendo aí uma nova caminhada gloriosa do maior clube do estado do Paraná.
Obs. Não foi citada a conquista da Série B em 2007, já que a comparação envolve a participação de equipes também da primeira divisão do futebol brasileiro.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
Em tempo: Estarei em viagem a trabalho em um período de praticamente dez dias, o que fará com que o Blog seja atualizado pelos amigos Thiago e Samir, já que o tempo e o acesso a internet serão escassos. Espero voltar para o jogo da volta no Alto da Glória, onde o Coritiba selará a classificação a final da Copa do Brasil. Bom trabalho meus amigos!
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