Falando de Bola
Em qualquer torneio que se dispute, seja futebol, vôlei, basquete, etc, onde houver a possibilidade de um clube campeão, a taça estará lá para ser entregue ao vencedor, independente do local da partida, seja a casa do triunfante ou do perdedor.
E nesta semana, dias que antecedem um clássico, que tem tudo para ser um grande jogo, o assunto que vem a tona, é se a taça de campeão paranaense caso o Coritiba, no mínimo, consiga um empate, será entregue na Baixada.
Confesso que não consigo entender esse tipo de “coronelismo” que ronda as atitudes do time da Baixada.
O fato que já aconteceu em 2008, quando o Coritiba teve que improvisar uma taça para dar a volta olímpica, tem tudo para se repetir este ano, reforçando a imagem de time pequeno a mau perdedor, características típicas de um time, que passa a imagem de um time grande, mas apenas na teoria, pois na prática este tipo de atitude agiganta ainda mais a imagem do Coritiba.
Para um time ser grande, é preciso que a mentalidade de seus dirigentes seja tão grande quanto. Não adianta apenas dizer que é grande, se suas atitudes são pequenas.
E este tipo de atitude só reforça ainda mais a rivalidade entre suas torcidas, chegando ao ponto da violência extrema fora de campo.
A paz precisa ser propagada, e para isso é necessário que os dirigentes saibam reconhecer a superioridade de seu rival, pois isso já é um grande começo para colaborar para o fim da violência entre as torcidas.
No fundo, a entrega da taça é apenas uma formalidade, pois o que vai interessar realmente é a vitória que fará o Coritiba igualar o recorde brasileiro de vitórias consecutivas, e o título que confirmará ainda mais a supremacia Alviverde em relação ao seu maior rival.
A imprensa também tem sua parcela de culpa neste caso.
No episódio em 2008, procurou-se uma série de justificativas para avalizar a atitude do Atlético.
Poucos foram os jornalistas que se manifestaram contrários ao que fizeram os dirigentes atleticanos.
E a principal justificativa de se evitar a violência, com a revolta de sua torcida, não pode ocorrer, pois um time que tem uma torcida de selvagens não pode ter condições de sediar uma Copa do Mundo em seu estádio.
É hora de a imprensa procurar fazer um futebol paranaense forte, e não justificar os desmandos do time do “coronel”.
O mesmo aplica-se a Federação Paranaense de Futebol, que deveria fazer valer os direitos de seus associados, no caso o Coritiba.
Deixo uma pergunta no ar:
Se realmente o Coritiba não é mais o seu principal rival, como dizem os atleticanos, que consideram times como São Paulo e Inter/RS com maior rivalidade atualmente, qual o motivo de tamanha pequenez ao se recusar a entregar a taça ao campeão dentro da Baixada?
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
rhonorio@twitter.com
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