Falando de Bola
O que esperar de um time que nos últimos quatro confrontos, dos quais três eram contra adversários diretos na luta contra o rebaixamento, conseguiu somar apenas um ponto em doze disputados?
O que acontece com um time que consegue duas inimagináveis vitórias, contra Cruzeiro e Grêmio e depois contra adversários teoricamente mais fracos consegue apenas um ponto?
Apesar de reconhecer que o elenco não é tão capacitado tecnicamente quanto achei no começo da competição, não acredito que este seja o principal problema do Coritiba atualmente. Pois se fosse, o time Alviverde seria atropelado nas partidas disputadas contra os líderes do campeonato.
Pelo contrário, quem atropelou foi o Coritiba, que passou pelo Grêmio como um rolo compressor.
Alguns podem afirmar que o time é fraco e que só venceu estas duas partidas porque jogou na base da superação. Mas se isso realmente aconteceu, porque nos jogos contra Portuguesa, Vasco e Criciúma, o Coritiba jogou aquele futebol apático que vem sendo uma constância durante este campeonato?
São tantas questões sem respostas, e que tem levado o Coritiba de “vento em popa” para a segunda divisão.
Mas e ainda é possível o Coritiba continuar na primeira divisão do futebol brasileiro em 2014?
Sim, é possível, desde que os atletas tenham vergonha na cara, honrem seus nomes e ganhem, no mínimo, dois dos três jogos que faltam.
Pode parecer loucura imaginar que um time que venceu apenas um jogo em dezessete disputados fora de casa possa vencer Inter ou São Paulo longe do Couto Pereira, além do Botafogo em casa, para não depender de outros resultados. Mas quando a possibilidade matemática ainda existe, temos que acreditar no “imponderável”.
Eu só jogarei a toalha quando não houver mais nenhuma possibilidade matemática. Enquanto ela ainda existe, prefiro crer que os jogadores que vestem a camisa do meu time do coração tenham caráter e hombridade e dêem o sangue dentro de campo pelo Coritiba.
O presidente Vilson efetivou Tcheco para as últimas três partidas da competição. Diz o presidente que este foi um pedido dos jogadores.
Certa ou não, esta medida trará ainda mais responsabilidade aos atletas. Se antes a continuidade do Coritiba na primeira divisão só dependeria deles, agora isso fica ainda mais evidenciado.
Agora está na cabeça de Tcheco e nos pés dos atletas. Acredito que estes dias que antecedem o jogo contra o Inter servirão mais para um trabalho psicológico e de motivação do que propriamente um trabalho técnico.
É óbvio que o “novo” treinador Alviverde deverá trabalhar jogadas, principalmente de modo a garantir a segurança defensiva contra D´Alessandro, Leandro Damião e Cia, mas de nada adiantará trabalhos táticos se a cabeça dos jogadores continuar no “mundo da lua”.
E continuo acreditando que para este trabalho de motivação seja extremamente pertinente a presença de Dirceu Kruger ao lado de Tcheco e dos jogadores.
Quem sabe também a diretoria do Coritiba não possa trazer antigos jogadores, como os campeões brasileiros de 1985, para passar para alguns atletas que não se mostram muito empenhados, qual o real significado em se vestir a camisa verde e branca do Coritiba Foot Ball Club.
Agora é hora de somar todos os esforços possíveis fora de campo, esperando que um milagre aconteça dentro dele.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)