Falando de Bola
Como os “Deuses do Futebol” foram generosos com o Coritiba na noite de ontem.
Quis o destino, ou melhor, os “Deuses do Futebol” que o retorno do Coritiba a divisão de elite do futebol brasileiro fosse marcado por um verdadeiro golaço.
Golaço este que começou com a espetacular jogada do craque Tcheco, aquele mesmo que saiu daqui dizendo que um dia voltava, e como foi importante sua volta, mesmo não sendo titular e não estando no melhor das suas condições físicas.
Quiseram ainda os “Deuses do Futebol” que a jogada de cinema* de Tcheco fosse concluída com maestria pelo excelente Marcos Aurélio, melhor jogador tecnicamente do elenco, mas que andava meio cabisbaixo com suas fracas atuações, que culminou com sua ida para o banco de reservas.
* Se este gol de Marcos Aurélio tivesse acontecido na década de sessenta ou setenta, com certeza iria para as telas do cinema brasileiro na transmissão do saudoso Canal 100, na voz de Cid Moreira.
Penso que somente a torcida Coxa, ou talvez apenas parte dela, acreditaria neste retorno triunfal em um ano praticamente perfeito, que além do título paranaense, do título da Copa BH, também poderá terminar com o título da Série B.
Título este que tem que ser comemorado sim, pois é um título de expressão nacional, mesmo que seja em uma divisão inferior.
O que importa é que o Coritiba, que é grande para nós Coxas, mas que precisa provar em cenário nacional que é realmente um clube grande, voltou ao convívio dos grandes clubes do futebol brasileiro, e com a tão sonhada organização interna no clube, tem tudo para sonhar com vôos mais altos.
Todos estão de parabéns, desde Vilson Ribeiro de Andrade, presidente de fato e que nos dá a esperança de termos um grande dirigente por muitos anos, passando pelo competente Felipe Ximenes, que com maestria montou uma excelente equipe, sabendo segurar jogadores fundamentais e dispensando quem não acrescentaria nada, terminando por toda a comissão técnica e jogadores que assumiram e firmaram um grande compromisso com o clube e honraram não só a camisa do Coritiba como também os seus nomes.
O técnico Ney Franco merece um capítulo a parte, até mesmo uma homenagem neste singelo texto.
Difícil, ou quase impossível, ver no futebol brasileiro hoje em dia, treinadores e jogadores compromissados, que honram sua palavra e cumprem seu contrato até o final.
Pois Ney é destes homens sérios que não abandonam o barco e mesmo que ele esteja afundando, segue na proa, tentando uma última salvação.
E o comandante Ney conseguiu, salvou o barco do Coritiba de afundar nas águas do futebol brasileiro, ressurgindo das cinzas, e o fazendo voltar mais forte do que nunca.
Quantas vezes discordei de algumas mudanças táticas ou de jogadores que Ney fazia, mas o importante é que o treinador Alviverde foi extremamente competente no que se dignou a fazer em prol do Coritiba Foot Ball Club, provando que quem está lá vivendo o dia a dia do clube e dos jogadores, conhece muito mais do que qualquer analista de futebol.
Não tenho a menor dúvida que o Coritiba volta mais forte, e se o projeto continuar sendo comandado por pessoas sérias e compromissadas, o Coritiba tem tudo para voltar ou a se firmar como um grande do futebol brasileiro.
A você Ney Franco o meu muito obrigado, desejo-lhe muito sucesso a frente da Seleção Brasileira Sub-20, e pode ter certeza que com um treinador como você a frente desta seleção, voltarei a ter um enorme prazer em sentar a frente da tv para ver uma seleção brasileira jogar.
E queiram os “Deuses do Futebol” que o novo técnico do Coritiba seja competente, sério e dedicado como você.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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