Falando de Bola
Ao analisar friamente o Londrina, percebe-se que o time "pé vermelho" não se destaca pelas individualidades.
Talvez com exceção do irregular armador Celsinho e do bom lateral direito Lucas Ramon, (ambos não devem jogar a partida de domingo)o time londrinense não tem mais nenhum jogador que se destaque e que mereça ser vigiado de perto pelos jogadores do Coritiba.
O goleiro Vitor e o lateral esquerdo Allan Vieira são os outros bons valores, nada mais do que isso. Mas o goleiro não é melhor do que os que o Coritiba tem a sua disposição, assim como o lateral esquerdo não joga mais do que Carlinhos.
Mas analisando desta forma, e chegando a conclusão de que o Londrina não tem destaques individuais, o que torna a partida de domingo uma pedreira para o Coritiba?
Primeiro que o Londrina, apesar da carência de qualidade técnica, possui um bom entrosamento e uma formatação tática definida
E segundo que a principal arma que o Coritiba deverá enfrentar no domingo é a desvantagem no placar. Poder jogar com a vantagem do empate, ou até mesmo perder por um gol de diferença para levar a partida para os penaltis, é o principal trunfo do Londrina.
Com isso o técnico Cláudio Tencatti poderá usar do expediente que é utilizado por equipes limitadas tecnicamente e que já foi observado na primeira partida da final.
Poder jogar retrancado, com praticamente todos os jogadores atrás da linha da bola, esperando o erro do adversário, e abusando das bolas longas para os atacantes. Foi assim que o Londrina venceu a primeira partida.
O Coritiba fez um jogo discreto, bem abaixo de suas possibilidades, não teve um pênalti claro a seu favor, é verdade, mas o gol do adversário só saiu por uma falha de posicionamento dos zagueiros Luccas Claro e Welinton. Ou seja, o Londrina utilizou da única arma que possuía, os lançamentos longos, e esperou um erro do time Alviverde.
E quase fez o segundo gol também em um erro defensivo do Coritiba, quando Helder perdeu, por desatenção, uma bola dominada dentro da área.
De resto, o time londrinense não teve qualidade técnica ofensiva para incomodar o Coritiba.
Por outro lado, a sua zaga é a menos vazada do campeonato. Só tomou seis gols até o momento.
E o grande desafio do time Alviverde, melhor ataque da competição, será superar o bom sistema defensivo do Londrina.
E para isso acontecer, o Coritiba talvez precise de um fator surpresa. A entrada de um armador no lugar de um dos volantes pode ser um caminho para o time Alviverde fugir do ferrolho defensivo que será armado pelo técnico Cláudio Tencatti.
Os dois armadores que o técnico tem a disposição são os jovens Rodolfo e Zé Rafael, que até agora não mostraram um bom futebol no campeonato. Mas quem sabe esta partida pode ser um grande "divisor de águas" para um deles. Nada melhor do que uma decisão para que o jogador prove o seu valor. E, apesar da pouca idade, talvez nem tão pouca assim para o futebol atual, ambos tem qualidade técnica para ao menos dar uma alternativa tática diferente para Marquinhos Santos.
"Em 1990, Paulo César Carpegiani ousou a dar a titularidade a um jovem meia chamado Emerson, e ele arrebentou em uma partida decisiva contra o Paraná, vencida pelo Coritiba por 4x0."
Quem sabe não seja a hora de mais um jovem arrebentar com a camisa Alviverde, pois não acredito que a simples troca de Alan Santos por Rosinei trará um fator novo de criação para o Coritiba.
" Porém algo me diz que Leandro Almeida entra no lugar de Alan Santos, com o Coritiba atuando com três zagueiros e liberando os laterais para atuar como alas espetados em cima dos laterais do Londrina, pressionando o adversário para dificultar a saída de bola."
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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