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Ricardo Honório24/08/14, 23h20
Falando de Bola

A queda de Roth

A demissão tardia, diga-se de passagem, de Celso Roth fará com que esta coluna deixe de lado neste post a análise da derrota para o Palmeiras.

Não é hora de falar do que passou, apesar da colocação quase que permanente na zona de rebaixamento estar bem viva na memória do torcedor Alviverde.

As carências, os erros, além dos “destemperos” de alguns jogadores estão cada dia mais evidentes e difíceis de esconder.

O Coritiba passa por uma situação muito difícil e que vai se agravando ainda mais quando não se consegue tirar pontos de times que estão brigando pela mesma situação no campeonato.

A troca de técnico neste momento era estritamente necessária. Celso Roth não é um técnico ruim. Na verdade acho-o no mesmo nível de todos estes “gaúchos” que estão por aí. Mas o fato é que um treinador que não consegue ter um bom aproveitamento dentro de casa e tem um “saldo” de 3 vitórias e 8 derrotas em dezessete jogos não poderia continuar a frente do time Alviverde.

Jogadores de futebol precisam de uma sacudida. Alguns titulares já não rendiam mais por estarem acomodados. Outros desmotivados por não estarem sendo utilizados, como deve ser o caso do lateral Carlinhos. E isso tudo influencia no psicológico de um grupo, ainda mais quando se encontra nas últimas colocações sem dar mostras de reação.



Acredito que a vinda de Marquinhos Santos neste momento passe mais pela opção de um treinador que conhece o clube, a maioria dos jogadores e ainda tem bom entrosamento com o craque Alex e o ex-jogador Tcheco, do que propriamente pela competência do treinador.

Particularmente acho que a volta de Marquinhos Santos será benéfica para o Coritiba. O time deve voltar a render, principalmente nos jogos dentro de casa, apesar de que só a mudança de treinador não vai resolver todos os problemas do clube.

Apenas espero que Marquinhos tenha personalidade e não aceite passivamente as eternas alegações de que o Coritiba não possui dinheiro para contratar e também que o mercado anda difícil e inflacionado.

Não pode ser o fato de ter sido “convocado” pelo presidente para salvar o Coritiba, que o fará ir até o final com este grupo, sem a vinda de mais nenhum reforço.

A vinda de Marquinhos neste momento é bem mais positiva, mesmo que tenha sido demitido a menos de um ano atrás, do que a vinda de treinadores medianos que viriam dentro do teto salarial do clube. E pelo teto salarial não se esperava mais do que um PC Gusmão.

É muito mais vantagem para o Coritiba trazer um treinador que já conheça o clube e parte do grupo de jogadores, do que um ilustre desconhecido que chegasse aqui e tentasse implantar uma nova metodologia de trabalho.

E para os supersticiosos de plantão, a reestreia de Marquinhos acontecerá contra o Flamengo pela Copa do Brasil, mesmo adversário que foi goleado por 3x0 na estréia do treinador em 2012.


Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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