Falando de Bola
Escrever sobre o Coritiba tem se tornado uma rotina cansativa e estressante.
Dificilmente achamos motivos para exaltar alguma coisa que venha do Alto da Glória, principalmente dentro de campo, que é o foco principal deste Blog.
E isso não vem de hoje. Há tempos o torcedor Alviverde não tem motivos para comemorar alguma coisa. Podemos dizer que o torcedor Coxa vive de conquistas estaduais, a última no ano de 2013.
As duas finais de Copa do Brasil foram as últimas grandes alegrias vividas pelos Coxas-Brancas, mas que infelizmente "bateram na trave" e deixaram o torcedor com o sentimento do "quase".
Mas aquele time, montado por Marcelo Oliveira, resgatou o orgulho de todos os Coxas. Dava gosto de ir ao Couto Pereira ver aquele time jogar. Não foram poucas as partidas que em 15 minutos de jogo o Coritiba já estava vencendo por dois ou três gols de diferença, em um ritmo avassalador.
A goleada de 6x0 no Palmeiras em 2011 foi o grande ápice daquele time, enchendo de orgulho os torcedores que compareceram naquele noite épica de 05 de maio de 2011.
Mas como num passe de mágica tudo voltou ao normal.
Desde o campeonato brasileiro de 2012 que o Coritiba luta apenas para não ser rebaixado, sem ambição nenhuma, apenas fazendo figuração e sendo saco de pancadas no torneio disputado pelos grandes do futebol brasileiro.
Fora de campo alguma coisa precisava ser feita. E no final de 2014, alguns conselheiros insatisfeitos com o rumo da gestão de Vilson Ribeiro de Andrade se amotinaram e articularam a formação de uma oposição.
Detalhe já conhecido do público Coxa-Branca, os conselheiros, em sua maioria, eram os mesmos que já vinham ocupando todas as diretorias do Coritiba desde a época de Giovanni Gionédis, sempre fazendo oposição a quem um dia eles apoiaram.
Montaram uma chapa de última hora, onde alguns nomes foram colocados apenas para preencher vagas existentes no G5, sem possuírem entre si um mínimo de empatia, dando a impressão de querer vencer a eleição de qualquer maneira, sem se preocupar realmente com o futuro do Coritiba, em um ato de egoísmo, vaidade e molecagem.
Mais uma vez promessas de um Coritiba transparente, moderno e vencedor, além de um novo projeto apresentado, mesmo filme já visto na campanha do presidente Jair Cirino, onde foi apresentado o Projeto Vencer, que sabe lá em qual gaveta das salas do Couto Pereira se encontra arquivado.
Mas esqueceram os "novos velhos" conselheiros que dificilmente algo dará resultado quando em um grupo de cinco pessoas se encontram membros que não confabulam das mesmas idéias.
E assim o G5 da Chapa Maior foi se dissolvendo rapidamente, como se fosse diluído em ácido.
Sobraram dois, o presidente Bacellar, que parece ter sido alçado a este cargo da mesma forma que foi Jair Cirino em 2008, e André Macias, um dos "novos velhos" conselheiros e um dos articulares principais da Chapa "Coxa Maior". Dois nomes que em nenhum momento foram unanimidade entre os torcedores.
Das várias promessas de campanha, gritos de vitória, comemorações efusivas por terem tirado o presidente Vilson Ribeiro de Andrade do clube, o que se vê hoje é um Coritiba sem alma, dentro e fora de campo, um clube com a passagem quase comprada para a segunda divisão, que enfrenta sérios problemas administrativos e de vaidades, e que está longe de retomar o caminho das vitórias.
É a triste rotina que vem acompanhando o Coritiba no últimos anos, rotina essa que vem sendo sempre conduzida direta ou indiretamente pelas mesmas pessoas.
E quem perde com isso é somente o próprio Coritiba. As últimas tabelas de classificação do Campeonato Brasileiro mostram isso.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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