Falando de Bola
E lá se foi Ney Franco. Talvez não devesse nem ter voltado.
Seus últimos trabalhos no Vitória e Flamengo, foram muito ruins. Em nenhum dos últimos clubes que trabalhou, conseguiu ficar até o final do contrato.
Voltou ao Coritiba em razão de seu trabalho na Série B em 2010, quando deu o título ao time Alviverde. Ali começou a ser montado o time que encantou o Brasil em 2011.
Em seis meses pouco conseguiu fazer. Não deu padrão tático ao time, muito menos conseguiu livrá-lo definitivamente da zona do rebaixamento.
Um fato que mostrou a sua ineficiência a frente do comando técnico do time era a indefinição entre os volantes Cáceres e Alan Santos. Uma hora jogava um, outra hora jogava outro. E ambos não conseguiam render quando escalados como titular.
Como ele vai o auxiliar técnico Marcelo Serrano. Este já vai tarde. Aliás, não deveria nem ter vindo.
O treinador já foi. Resta agora saber o que o presidente Rogério Bacellar está esperando para fazer uma limpa também no Departamento de Futebol.
Pachequinho comandará o time contra o Corinthians.
A sua indicação causou surpresa, pois todos esperavam que Tcheco fosse colocado ao menos como interino. Mas lá pelas bandas do Alto da Glória dizem que o fato do ex-meia ter participado do processo de fritura do técnico Marquinhos Santos pode ter pesado contra neste momento.
Será a primeira experiência de Pachequinho como treinador do time principal, justamente em uma hora em que a última coisa que deveria ser feita é experimentar alguém no comando técnico do time.
Junto com Pacheco, estará Marcio Goiano, ex- lateral direito, que participou de um dos últimos grandes times do Coritiba, o de 1998.
Antigamente ambos trabalhavam no Departamento de Captação do clube. Atualmente não sei o que estavam fazendo, porém não se tem notícias que estavam trabalhando diretamente na comissão técnica de Ney Franco.
O fato do Coritiba ter apenas cinco jogos até o final da competição e do grupo estar destroçado emocionalmente, indica que neste momento um motivador funcionará muito mais do que um estrategista.
Um estrategista não terá tempo necessário para impor a sua filosofia de trabalho.
Pachequinho tem história no clube. Foi o grande ídolo de um momento conturbado na história do Coritiba.
Era jogador de seleção brasileira, porém foi acometido por várias lesões nos joelhos que o impediram de ascender vôos mais altos em sua carreira.
Sua ligação com o Coritiba poderá ajudar neste momento no trato com os seus comandados.
O que pesa contra é sua inexperiência, e talvez sua falta de pulso para lidar com o elenco neste momento complicadíssimo.
Seu principal desafio será juntar os cacos, e separar os jogadores que estão com vontade de tentar tirar o Coritiba desta situação, o que não será nada fácil.
Talvez a sua escolha não seja mais acertada neste momento, o que mostra uma diretoria e um Departamento de Futebol completamente perdidos. Se tem a impressão de que irá como tampão para um jogo, onde poucos acreditam na conquista de qualquer ponto que seja, enquanto se trabalha na contratação de um novo treinador.
Mas a história de Pachequinho dentro do clube precisa ser respeitada, e resta a torcida acreditar que o ex- ponta esquerda terá totais condições de ajudar o Coritiba neste momento.
Que os Deuses do Alto da Glória iluminem Pachequinho e Marcio Goiano!
O título de campeão brasileiro de 1985 foi a maior alegria que a torcida Coxa já viveu.
Nunca me esquecerei do dia 31 de julho de 1985.
Ali, os heróis Alviverdes calaram o Maracanã e fizeram um carnaval fora de época na fria Curitiba.
Dentro os heróis, o negro da camisa 10, já se mostrava um jogador moderno. Defendia e atacava com a mesma qualidade. Fazia todas as funções da meia-cancha. Se jogasse hoje, teria vaga na seleção brasileira.
Mas em sua época, era covardia concorrer com jogadores como Zico, Sócrates, Pita, Zenon, Neto, Everton, entre outros craques.
Mas para a torcida Alviverde, este craque estará sempre na seleção dos melhores.
Obrigado Toby, por tudo. Vá com Deus, e que a sua passagem seja serena!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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