Falando de Bola
A noite deveria ser gelada no Alto da Glória, porém o clima frio ficou apenas no ar, já que dentro de campo e nas arquibancadas e cadeiras, o clima era quente.
Foi uma noite épica, uma noite em que o orgulho de ser Coxa-Branca ficou ainda mais evidenciado, uma noite em que os guerreiros dentro de campo, nunca deixaram de lutar.
Os jogadores Alviverdes incorporaram o espírito Coxa-Branca e vestiram a camisa Alviverde como sua segunda pele.
Em nenhum momento esmoreceram, muito pelo contrário, corriam atrás da bola como se ela fosse o último prato de comida, não desistindo das jogadas, e nem de tentar os dois gols que levariam o Coritiba a final da Copa do Brasil.
Do outro lado, o “poderoso” Inter, tão decantado pela crônica nacional, jogava acuado, com medo dos guerreiros verdes que estavam do outro lado.
Os dois gols não vieram, mas o único gol da partida foi lindo, e premiou o jogador que mais personifica a mística da raça Alviverde.
Ariel não é um primor técnico, porém compensa suas limitações com muita garra, o que o fez conquistar de vez seu lugar no coração da torcida Alviverde.
Alguns jogadores se destacaram mais do que outros, mesmo com todos mostrando muita disposição dentro de campo. Os dois principais foram:
Marcio Gabriel ganhou de vez a posição de titular, com muita velocidade deixou em pavorosa o lado esquerdo da defesa do Inter. Como este colunista já tinha analisado quando da sua contratação, se este jogador aprimorar seus cruzamentos, tem tudo para ser o grande destaque do time.
Leandro Donizete um leão, um monstro. Não se deixou intimidar pelas presenças do duro Guinazu e do violento Magrão. Comandou a meia cancha com desarmes e saídas de bola. Cansou no final, mas fato completamente justificável, já que correu o jogo inteiro.
Outros ainda merecem destaque como o grande goleiro Vanderlei e o incansável Carlinhos Paraíba, que saiu contundido após ser pisado por um desleal adversário.
O fato negativo foi a presença da arbitragem, que se não influenciou diretamente no resultado, conseguiu ao segurar e amarrar o jogo, irritar aos jogadores e a torcida Alviverde.
Para coroar a noite de gala, meus sinceros parabéns a linda torcida Alviverde, que ontem deu um espetáculo de arrepiar, principalmente ao gritar o conhecido Coxxaaaaaaaaaaaa, após o gol marcado por Ariel.
A tão esperada classificação não veio, mas fica a sensação do dever cumprido, da luta dentro de campo, e da dignidade dos jogadores, que honraram o manto sagrado Alviverde.
Se a torcida e aos jogadores eu dei os meus parabéns e o meu muito obrigado, o mesmo não posso fazer com a diretoria.
O que fizeram com a camisa Alviverde a colocar o patrocínio de uma dupla de cantores foi de chorar, foi de se sentir envergonhado, por ver tamanha mancha na história de um clube centenário.
Fica aqui o meu protesto, pelo fato de ver a história Alviverde sendo vendida por qualquer trocado.
Agora o foco se volta para o Campeonato Brasileiro, onde somos lanternas.
A diretoria precisa trabalhar de verdade e trazer jogadores que cheguem para serem titulares.
Algumas posições são extremamente carentes, principalmente a ala-esquerda e um armador para dividir o espaço com Marcelinho Paraíba.
Jogadores como Demerson, Leozinho, Segocia e Bruno Batata ainda são incógnitas e não podem ser chamados de reforços, mas sim de apostas.
Porém não são todas as apostas que dão certo, e um clube tradicional como o Coritiba não pode viver só de apostas, pois quem muito aposta, corre o risco de ficar sem nada no final.
Informações extra-oficiais dão conta que o bom zagueiro Gum, da Ponte Preta, pode estar chegando.
Este jogador já tinha sido indicado por este colunista em uma matéria aqui mesmo no Blog sobre o mercado paulista. Se este fato se confirmar, será uma excelente aquisição e que trará mais segurança a zaga do Coritiba.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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