Falando de Bola
Seis rodadas faltam para o final do campeonato, dezoito pontos em disputa, dos quais acredito que se o Coritiba conquistar dez, escapa do rebaixamento.
Porém, a confiança que eu tinha antes já não existe mais. Não sei nem se o Coritiba ganha do Figueirense, teoricamente o jogo mais tranqüilo, se é que podemos chamar assim, mas por outro lado um jogo na prática dificílimo, por se tratar de um time também lutando contra o rebaixamento.
Estarei no Couto Pereira no sábado, não pelos jogadores, não pela comissão técnica, não pela diretoria, mas sim pelo clube.
Não é a preocupação pelo rebaixamento, muito menos o "apoio incondicional" ao time neste momento que me fará estar no jogo no próximo sábado. Assim como faço há no mínimo trinta e quatro anos, estarei no Alto da Glória pelo Coritiba Foot Ball Club.
O meu apoio, todas as pessoas que estão lá no clube neste momento, não terão mais.
O presidente Bacellar e sua cúpula diretiva, a comissão técnica, este bando de jogadores, mesmo que existam alguns poucos compromissados, não terão mais o meu apoio, mas sim o meu silêncio, maneira que tenho de mostrar o meu descontentamento.
Não apoiarei mais as pessoas que estão ajudando a afundar o Coritiba há anos. Não apoiarei e nunca vou apoiar os famosos Projetos que só prejudicam o clube desde 2008, e fizeram várias pessoas ficar penduradas "mamando nas tetas" da Instituição.
Aliás, senhor presidente, como está o caso dos Indomáveis? Diz a lenda que ainda existem pessoas envolvidas no caso e que continuam na folha de pagamento do clube.
Minha paciência acabou. Desde 1989 vejo que o Coritiba só anda para trás. Salvo um ou outro ano que o time fez boas campanhas, mas nunca conseguiu mantê-las por dois anos seguidos, o resto foi só vexame.
A triste rotina do time Alviverde tem sido intercalar-se em tentar fugir do rebaixamento, com temporadas disputando a segunda divisão.
Não dá para entender como times como a Ponte Preta, por exemplo, consegue disputar campeonatos brasileiros de maneira mais regular, com orçamento muito menor, enquanto o que mais se vê no Coritiba são incompetências diretivas que afundam o clube ano após ano.
Os jogadores não terão mais meu apoio. Não fazem mais do que a obrigação. Aliás, nem a obrigação estão fazendo. Se preocupam mais com sua vida fora de campo, recheada de carrões, roupas de grife, jóias de gosto duvidoso, e mulheres, muitas mulheres, do que com a sua profissão.
Apesar de não concordar com a tentativa de invasão do vestiário, não tenho pena de nenhum jogador que estava ali, com exceção do goleiro Wilson, único que tem se mantido regular desde que foi contratado.
A paciência do torcedor tem limite, principalmente com jogadores como Thiago Galhardo, que mostrou toda a sua coragem e solidariedade com seus colegas de time, indo se esconder no vestiário adversário. Tenho certeza de que se este atleta estivesse cumprindo com suas obrigações, não teria nenhum motivo para fugir do torcedor.
Textos de apoio ao time aqui no Falando de Bola, os leitores não verão mais neste ano.
E quanto a diretoria que foi elegida pela ridícula chapa Coxa Maior, cumpram o que prometeram. Sejam homens, assumam suas responsabilidades e tirem o Coritiba desta situação.
Portanto, espero que 2015 termine da melhor maneira para o Coritiba, se possível com a permanência na primeira divisão.
E ano que vem, independente de estar na primeira ou segunda divisão, que seja feita uma limpa no clube, principalmente no Departamento de Futebol.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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