Falando de Bola
" Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição..."
Se formos analisar o empate de ontem pelos resultados que o Coritiba vinha tendo com Celso Roth, o movimentado 0x0 contra o Atlético/MG não deixaria de ser um resultado satisfatório.
Mas para um time que começa a fincar raízes na zona do rebaixamento, o empate torna-se mais um daqueles resultados que poderão ser lamentados no final do campeonato.
O jogo de ontem praticamente foi mais do mesmo do que o Coritiba vinha apresentando anteriormente, com a diferença de que o time apresenta mais iniciativa, começa a ter maior controle do jogo e finalizar mais a gol.
Celso Roth priorizava muito a defesa, levava seus jogadores à exaustão por ter de marcar o tempo inteiro o seu adversário. Com isso, alguns jogadores acabavam não tendo pernas na hora de criar as jogadas. É a velha história do meia-atacante que deveria ter a liberdade para jogar ofensivamente, mas que no esquema do treinador a sua maior obrigação era acompanhar os laterais e volantes adversários.
E acredito que a evolução com Marquinhos Santos passe justamente pelo fato do sistema defensivo estar se comportando de maneira sólida (não levou gols nos dois jogos disputados dentro de casa), sem que o time tenha a preocupação exclusiva da marcação.
O time tem criado boas chances, tem atuado de forma mais compacta e ofensiva. Consegue ter o controle do jogo, defender bem e ainda criar oportunidades, porém o que fazer se alguns atletas não conseguem ter a tranqüilidade necessária para fazer os gols que o Coritiba tanto precisa para ter suas raízes cortadas da zona do rebaixamento?
Ontem isso ficou evidente, o time cria, mas alguns atletas desperdiçam, seja por falta de qualidade ou por falta de tranqüilidade.
E isso não vai mudar da noite para o dia.
Gil é um dos maiores exemplos no time atual. É um jogador lutador, tem muita raça, é eficiente na marcação, porém quando chega dentro da área, à indecisão entre cruzar ou chutar a gol toma conta dos seus pensamentos.
Já Keirrison, talvez dono da melhor oportunidade do jogo, ainda está longe, bem distante, da forma física e técnica ideal. E a diretoria, comissão técnica, seja lá quem for não pode deixar o campeonato transcorrer em sua totalidade esperando o jogador desabrochar definitivamente.
Se não aconteceu em 18 rodadas, com a pressão que virá pela frente, é que realmente não acontecerá mais.
”...Até quando esperar a plebe ajoelhar,
esperando a ajuda de Deus...”
*A letra da grande canção da Plebe Rude cai muito bem para o Coritiba neste momento.
O lado positivo da partida de ontem, foi a boa participação de Martinuccio nos poucos minutos em que atuou.
Um bom cruzamento para Zé Love, que acabou na trave de Victor aliás, o goleiro conseguiu desviar levemente com o corpo a bola que tinha endereço certo , e a excelente jogada que teria destino certo, se Victor não fechasse o ângulo para Keirrison.
Apresentando melhores condições físicas, tende a ser uma boa alternativa para o time Alviverde.
Darei o meu pitaco no time do Coritiba.
Com a possibilidade de estréia de Rosinei e a melhora física de Martinuccio, eu escalaria estes dois atletas desde o início contra o Flamengo.
Será um jogo interessante para ambos, já que como o Flamengo deverá ir para cima do Coritiba, o time Alviverde terá muitos espaços para jogar nos contra-ataques.
E estes dois jogadores podem atuar com qualidade no jogo com esta característica. Rosinei, principalmente, que poderá puxar os contra-ataques pelo lado direito.
Como Gil e Robinho não passam por um bom momento, a partida do Maracanã é propícia para Marquinhos Santos testar um novo time, mais encorpado no ataque e com maior rapidez na meia-cancha.
E com Martinuccio no time, o craque Alex poderá atuar de maneira mais recuada, dando mais qualidade ao setor de meia-cancha.
Vanderlei, Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Helder, Rosinei, Alex e Dudu; Zé Love e Martinuccio.
Este seria o meu time.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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