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Ricardo Honório06/03/13, 14h22
Falando de Bola

Coisas que não entendo

A mídia de outros estados vem ressaltando a organização do clube e as excelentes campanhas nas últimas temporadas.

Há muito tempo o Coritiba não era tão comentado positivamente em todo Brasil.

A última “aparição” em destaque do clube Alviverde tinha sido em caráter extremamente negativo, após a batalha campal ocorrida no gramado do Couto Pereira, após o rebaixamento do clube em 2009.

Esta divulgação nacional é resultado de um excelente trabalho administrativo do clube que resulta em excelentes resultados dentro de campo, como a hegemonia do futebol estadual há três anos, a chegada em duas finais de Copa do Brasil e a boa campanha no Campeonato Brasileiro de 2011, além do recorde de vitórias consecutivas, que está registrada no Guiness Book.

Mas por aqui, em âmbito estadual, o que é ressaltado está longe de ser considerado como um fator positivo.

A fraca e confusa arbitragem do jogo contra o Londrina resultou em situações surreais observadas não só nos comentários após a partida, como também em matérias escritas no dia seguinte.

A mais emblemática e absurda delas foi à matéria escrita pelo jornal “Tribuna do Paraná”, supondo que o esquema dos “bruxos da arbitragem” poderia estar novamente rondando o futebol paranaense.

E o motivo principal desta confiança seriam algumas reclamações de outros clubes, que não o Coritiba, sobre erros das arbitragens em alguns jogos deste campeonato.

O time Coxa-Branca teria sido “beneficiado” na vitória contra o J. Malucelli e na última partida contra o Londrina.

Não irei comentar sobre os “erros”, pois não vejo o Coritiba líder invicto do campeonato em razão de benefícios da arbitragem, mas sim fruto da sua competência, conforme dito no início deste texto.

A matéria, objeto de capa do jornal, chega a ser no mínimo “estranha”, para não dizer tendenciosa. O jornalista relator do texto foi no mínimo infeliz e perdeu uma grande oportunidade de calar-se perante tamanho absurdo descrito em suas linhas.

Este episódio mostra o quanto o quadro de jornalistas esportivos deste estado anda carente de bons profissionais.

Por outro lado, nomes como Cristian Toledo, Leonardo Mendes Junior e Nadja Mauad se mostram verdadeiros oásis em meio a um imenso deserto de mediocridade.

Enquanto o Coritiba é citado positivamente por profissionais que ultrapassam as fronteiras do Paraná, dentro de sua própria casa é questionado sobre os favorecimentos a qual tem sido beneficiado, e ainda sobre o nível de suas atuações que não tem “agradado” os cronistas esportivos deste estado.

Os fatos levantados na referida matéria só demonstram claramente o quão inerte e sem representatividade se mostra a Federação Paranaense de Futebol, que em nenhum momento se manifesta e protege seus afiliados diante de verdadeira “diarréia escrita”.

Muito estranho que neste momento de superioridade visível do Coritiba perante aos demais clubes do campeonato paranaense, um jornalistas levante dados relativos ao ano de 2005.

É inadmissível aceitar que um time que tem apenas duas derrotas nos últimos 77 jogos do campeonato paranaense, tenha conseguido estes números sem mostrar competência dentro de campo, apenas se prevalecendo de “erros de arbitragem”.

Erros dos árbitros a parte, o Coritiba, dentro de campo, tem feito muito bem a sua parte. Ganhando os jogos e chegando mais perto do tetracampeonato estadual, para desespero de alguns “profissionais”.

Para encerrar, apenas um dado em relação ao questionamento sobre o nível das atuações do Coritiba até o momento.

Como fazer um time, que jogou onze partidas em quarenta e um dias, dar espetáculos dentro de campo, se praticamente não se há tempo suficiente para treinar?

A foto que ilustra este texto mostra claramente que qualquer bobagem pode ser escrita quando se tem a caneta ou um teclado em mãos. Cabe as pessoas de bom senso saber separar o joio do trigo.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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