Falando de Bola
Pensei muito se deveria escrever um texto felicitando o Coritiba pelo seu centenário. Não é pelo fato do clube não estar vivendo um ano como eu gostaria que acontecesse, mas sim pelo fato de eu não ter habilidade para escrever sobre um acontecimento tão importante.
Sei que os amigos colunistas do COXAnautas devem escrever sobre isso, e muito bem por sinal, com fez o amigo Alex em sua maravilhosa coluna Parabéns e obrigado!.
Mas não posso deixar de deixar minha homenagem neste acontecimento único, o qual só viverei apenas uma vez em minha vida.
O Coritiba representa praticamente tudo em minha vida, e vem apenas atrás de Deus e da minha família.
Foi com o Coritiba que tive grandes alegrias e grandes decepções na minha vida, mas mesmo nas maiores decepções, o meu sentimento Coxa-Branca nunca cessava, pelo contrário aumentava ainda mais.
Foi pelo Coritiba que inúmeras vezes deixei namoradas, família, compromissos de lado, só para ir ao Alto da Glória ou acompanhar o Verdão mesmo pela televisão.
Não tive o mesmo prazer que meu pai, que viu grandes jogadores como Zé Roberto, Dreyer, Negreiros, Krueger, Hidalgo, Luiz Freire, Tião Abatia, Paquito, Célio, Pescuma, Aladim, Oberdan, Cláudio, Nilo, Orlando, Leocádio, Dirceu, entre outros.
Mas vivi vários momentos inesquecíveis para mim, pois:
Foi na madrugada de 01 de agosto de 1985 que eu, então com 9 anos, dormi feliz da vida enrolado pela bandeira do novo campeão brasileiro. Lembrou de ouvir minha mãe pedindo para que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro fechasse o gol de Rafael nas cobranças de penaltis.
Foi em 1986, que vi Tostão, meu maior ídolo, pela primeira vez com a camisa do Coritiba, conquistando o título regional em cima do extinto Pinheiros. Lembro do terceiro gol do Coritiba, marcado pelo ponta-esquerda Ademir, e que logo após este gol a torcida invadiu o campo para comemorar.
Foi em 1989 que vi uma máquina de jogar futebol, comandada por Tostão, maior jogador que vi com a camisa Coxa.
Foi em 1995 que vi um emocionante Atletiba, vencido pelo Coritiba por 3x0, que levou o time à primeira divisão do futebol brasileiro, com um time de craques como Alex, Pachequinho, Ademir Alcântara, Dida, e jogadores raçudos como Zambiasi.
Foi em 1997 que vi o Coritiba vencer o Botafogo na final do Festival Brasileiro de Futebol, devolvendo a dignidade Alviverde.
Foi em 1999 que vi o time comandado por Abel Braga e Cleber, superar o favoritismo do Paraná Clube e acabar com um tabu de dez anos sem títulos estaduais.
Foi em 2003 que voltei a ver o Coritiba campeão regional, em uma final contra o valente Paranavaí.
Foi em 2004 que vi Tuta calar a Baixada, conquistando o bicampeonato com um time que tinha jogadores como Fernando, Miranda, Adriano, Luis Mário e Aristizabal.
Foi em 2007 que vi o Coritiba voltar a Série A do Campeonato Brasileiro, como campeão da Série B, com uma heróica vitória sobre o Santa Cruz, gol do herói Henrique Dias.
Foi em 2008, que vi o Coritiba mais uma vez calar a Baixada, e mais uma vez o herói foi o iluminado Henrique Dias.
Os títulos que vi podem até não ter sido tão numerosos assim, mas como já diria o Rei Roberto Carlos:
Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!
Parabéns Coritiba, que este momento se repita por muitos e muitos anos.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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