Falando de Bola
A partida que teoricamente seria a mais fácil de ser vencida nesta seqüência final do campeonato brasileiro praticamente ratificou o rebaixamento do time Alviverde para a segunda divisão.
Alguns ainda dirão que a matemática ainda permite sonhar com a permanência na primeira divisão. Provavelmente eu mesmo viria aqui no Falando de Bola para dizer que isso realmente é possível, mas abro os olhos, puxo na lembrança o que este time fez até agora no campeonato e vejo que não há a mínima chance.
Este time desalmado que entrou em campo contra o Figueirense não tem a mínima condição de garantir que o Coritiba dispute a Série A em 2016.
E para aqueles que ainda sonham, lembrem-se que na próxima rodada, o Coritiba enfrenta nada mais nada menos o melhor time da competição, em uma partida em que todos os olhos do futebol brasileiro estarão voltadas para ela. O Corinthians só não comemorará o título neste jogo em razão de atuar um dia antes do seu adversário direto.
As vezes se tem a impressão de que a própria diretoria quer o rebaixamento do time, em razão de suas atitudes, ou melhor, falta delas.
Nunca em minha vida de torcedor Alviverde vi um presidente tão passivo, além de conformado.
É certo que Bacellar foi colocado ali como um fantoche, no sentido literal da palavra. Quem mandaria realmente seriam os principais articuladores da Chapa Coxa Maior, como André Macias e Ricardo Guerra.
O primeiro vinha conseguindo o seu intento, aparecendo o tempo todo na mídia. Já o segundo abandonou o barco que ele mesmo ajudou a construir na primeira oportunidade.
Quando Macias praticamente foi execrado do clube, esperava-se que as coisas mudassem no Alto da Glória, mas não tudo continuou na mesma mediocridade que começou a ser vista desde o início da temporada.
Somente um presidente tão passivo e desentendido do mundo da bola manteria um treinador que em praticamente seis meses não conseguiu dar um padrão de jogo ao time, muito menos tirá-lo definitivamente da zona do rebaixamento.
E o Departamento de Futebol?
Será que o presidente sabe o que fazem André Mazzuco, Maurício Andrade e Valdir Barbosa, pois o torcedor com certeza não sabe.
Aliás, o Coritiba deve estar se acostumando com a mediocridade e incompetência, pois tem funcionário praticamente enraizado no clube, mesmo com poucos resultados efetivos.
Outra coisa interessante, é que Eder Bastos, auxiliar de Ney Franco em sua primeira passagem no Coritiba, e que é de conhecimento geral a sua extrema competência e conhecimento de bola, o qual pude constatar em todas as conversas que tive com ele, não veio junto nesta segunda vez, para que o Coritiba mantivesse Marcelo Serrano, que trabalhava com Marquinhos Santos.
Porém, se o treinador anterior foi mandado embora, não seria plausível que seu auxiliar também fosse junto, para que Ney Franco pudesse trazer o seu homem de confiança, e que já tinha feito um bom trabalho no Coritiba?
Isso só mostra um pouco de como as coisas são geridas dentro do clube Alviverde. Funcionários que não dão resultados são mantidos eternamente em seus cargos.
Esperava-se que um fato novo, com a demissão de toda comissão técnica e também de membros do Departamento de Futebol, mas tudo o que se vê no Coritiba é a inércia, marca que se tornará registrada na gestão "Maior".
Como se diz que "desgraça pouca é bobagem", agora o freqüentador mor do Departamento Médico do clube resolve ir a imprensa para destilar seu ódio contra a diretoria.
Mostrando ser desprovido de inteligência, tal qual a grande maioria dos boleiros, o atacante Keirrison não poderia ter escolhido hora mais imprópria para expor o clube.
Não sei o que o jogador quis provar com sua atitude, mas com certeza não foi ajudar o clube que ele se diz torcedor e com grande identificação.
Mas isso é só mais um fato acontecido no Coritiba, que virou sinônimo de incompetência, gerido por uma diretoria eleita em uma composição ridícula, feita "nas coxas", para tirar na marra o antigo presidente.
O que começou mal, não poderia terminar de outro jeito.
Apesar de ainda faltarem cinco jogos, o ideal é que este sofrimento acabe logo, para que no ano que vem, a torcida possa gritar:
Vamos subir Coxa, vamos subir Coxa, ahhhhhhhh!!!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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