Falando de Bola
Hoje o técnico Luiz Felipe Scolari convocou os 23 jogadores que farão parte do elenco da seleção brasileira que disputará a Copa das Confederações, a partir de junho.
O Brasil caiu em um grupo difícil, com Itália, México e Japão. O outro grupo é formado por Espanha, Uruguai, Taiti e Nigéria.
Os dois primeiros de cada grupo de classificam para as semifinais.
Os jogadores convocados são:
Goleiros:
Julio Cesar (Queens Park Rangers)
Diego Cavalieri (Fluminense)
Jefferson (Botafogo)
Laterais:
Daniel Alves (Barcelona)
Jean (Fluminense)
Marcelo (Real Madrid)
Filipe Luis (Atlético de Madrid)
Zagueiros:
Thiago Silva (Paris Saint Germain)
Rever (Atlético Mineiro)
Dante (Bayer Munique)
David Luiz (Chelsea)
Meias:
Fernando (Grêmio)
Hernanes (Lazio)
Luiz Gustavo (Bayer de Munique)
Paulinho (Corinthians)
Jadson (São Paulo)
Oscar (Chelsea)
Lucas (Paris Saint Germain)
Bernard (Atlético Mineiro)
Atacantes:
Hulk (Zenit)
Neymar (Santos)
Fred (Fluminense)
Leandro Damião (Internacional)
Cornetadas
O estilo pragmático de Felipão trazia a expectativa de uma convocação previsível. Mas a grande surpresa na convocação foi a ausência dos experientes meias Ronaldinho Gaúcho e Kaká.
A ausência de Ronaldinho causa grande surpresa principalmente pelo futebol que o jogador vem mostrando no Atlético/MG e também pelo fato de ser o mais experiente dos jogadores da seleção brasileira.
Nesta posição, Felipão optou por levar jogadores mais jovens como Oscar, Bernard, Lucas e Jadson, atletas comprovadamente talentosos, mas a falta de experiência poderá pesar em jogos em que o Brasil poderá atuar contra seleções tradicionais como Itália, Espanha e Uruguai.
Seria importante a convocação de Ronaldinho Gaúcho, que passa por grande fase, para liderar a seleção brasileira neste momento. O atleta do Galo poderia ser convocado para o lugar de Jadson que passa por momento ruim no São Paulo.
Interessante também o fato de que os quatro meias convocados, dois tem estilos mais clássicos de atuar mais centralizados, como Oscar e Jadson, enquanto os outros dois, Lucas e Bernard usam mais a velocidade para armar as jogadas.
Outro ponto a ser destacado são as laterais. O técnico brasileiro optou por levar Jean, um volante improvisado, quando teria outros bons nomes à disposição, como Rafinha do Bayer de Munique.
Pelo lado esquerdo a opção por Filipe Luiz, que faz uma temporada bem discreta no Atlético de Madrid impediu que o versátil Adriano do Barcelona e que poderia atuar pelos dois lados viesse a ser convocado.
A convocação de Adriano abriria mais uma vaga para outra posição, que poderia ser utilizada no ataque ou na meia-cancha.
Para o gol e miolo de zaga, Felipão optou por levar jogadores experientes como Julio Cesar, rebaixado no Campeonato Inglês com o Queens Park Rangers, e Thiago Silva, campeão francês com o Paris Saint Germain.
Nestas duas posições, além de jogadores experientes, Felipão optou por levar o que tem de melhor no momento.
Para a cabeça de área, Fernando e Paulinho deverão ser titulares, mas o treinador brasileiro poderia levar o corintiano Ralf em vez de Luiz Gustavo, aproveitando assim o entrosamento da melhor dupla de volantes do futebol brasileiro no momento. A grande surpresa foi a ausência de Ramirez, do Chelsea.
Para o ataque, talvez a única surpresa tenha sido a não convocação de Alexandre Pato, que foi preterido por Leandro Damião, que ainda não conseguiu desencantar na seleção. Com isso, Fred passa a ser o provável titular ao lado de Neymar. O outro convocado foi Hulk, que atualmente joga no futebol russo e não tem feito uma boa temporada.
Talvez esteja aí o grande “calcanhar de Aquiles” da seleção, pois com exceção de Neymar, os demais jogadores não são unanimidade para a posição.
Mesmo com as ausências surpreendentes de atletas como Ramirez, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Alexandre Pato, a convocação da seleção brasileira não deixa ser no estilo “mais do mesmo”, mostrando pelos atletas convocados que o Brasil terá muita dificuldade e precisará trabalhar muito se quiser fazer um bom papel na Copa das Confederações.
A grande expectativa estará depositada nos pés de Neymar, mas tal qual como Ronaldinho Gaúcho, o craque santista ainda não conseguiu mostrar na seleção brasileira o mesmo futebol que apresenta quando joga com a camisa do seu time.
Pelos nomes apresentados, pela falta de jogadores tarimbados com a camisa da seleção e pela sua qualidade técnica, o meia Alex, do Coritiba, poderia perfeitamente fazer deste grupo de jogadores.
Mas o mais importante que a convocação é a necessidade desta seleção brasileira criar um carisma, uma simbiose com o torcedor brasileiro, fato que está bem distante atualmente e que pode ser comprovado com as vaias recebidas pelos jogadores quando os jogos são disputados no Brasil.
A convocação de onze jogadores, praticamente a metade, de atletas que atuam no futebol brasileiro pode ser o início para uma identificação com a camisa canarinho.
Mas é fundamental que dentro de campo os jogadores comprovem que são capazes e merecem vestir a camisa da Seleção Brasileira.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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