Falando de Bola
Uma partida de futebol foi o que não ocorreu no encharcado gramado do Olímpico.
Falha do árbitro da partida, que não deveria dar condições de jogo.
Uma chuva contínua, que deixou o gramado impraticável.
Os dois times não conseguiam tocar e nem conduzir a bola, e o que mais se viu no Olímpico ontem foram os chutões da intermediária.
Assim que passavam do meio-campo, Grêmio e Coritiba tentavam sem sucesso os lançamentos para a área.
E em um jogo onde a bola não rolava, o gol só poderia sair de bola parada. E foi justamente o que aconteceu.
Escanteio cobrado por Léo Gago, e André Lima, na pequena área, cabeceou para marcar o único gol da partida, dando a vantagem do empate para o time gremista.
Vanderlei que fez uma ótima partida, salvando o Coritiba em várias oportunidades no jogo de ontem, falhou no gol de André Lima.
Bola na pequena área tem que ser do goleiro. Ainda mais sendo um goleiro de 1,95m.
Era bola para Vanderlei sair socando, com segurança, gritando que era sua, e tirando para fora da área.
Mas não, ficou estático no gol e viu André Lima se apoiar em Demerson para marcar o único gol da partida.
Juiz nenhum marcaria a falta do atacante gremista, principalmente quando ela é favorável ao mandante da partida.
O problema de Vanderlei é confiar em excesso em sua zaga, quando deveria acontecer exatamente o contrário, a zaga deveria confiar no goleiro.
Algo precisa ser revisto defensivamente no Coritiba, pois o time tem tomado inúmeros gols em bolas levantadas para a sua área.
Seja falta de concentração, desatenção ou falta de comunicação, o fato é que o Coritiba precisa parar de tomar este tipo de gol.
Fica a impressão que nas jogadas de ataque, os defensores Alviverdes parecem ter molas nos pés, tamanho o sucesso neste tipo de jogada. Já nas bolas defensivas, parecem que estão com pregos nas chuteiras, visto o número de gols tomados.
Marcelo Oliveira fez certo na escalação inicial da equipe. Com o gramado encharcado a técnica não prevaleceria perante a força.
Era o típico jogo para dois atacantes de área, para aproveitar os “balões” e bolas alçadas à área. Mas o Coritiba não tinha no banco nenhum jogador com esta característica.
A opção por quatro volantes na segunda etapa matou a criatividade do time, deixando evidente que o Coritiba tentaria resolver o jogo na base da força, o que não aconteceu, pois foi justamente a força ofensiva que faltou ao time quando o Grêmio abriu o placar.
No final das contas a chuva acabou sendo benéfica ao time Coxa-Branca que conseguiu trazer um placar perfeitamente reversível para Coritiba.
Mas é preciso muito cuidado com a bola aérea do Grêmio, para que o time Coxa-Branca não fracasse, mais uma vez, nas bolas levantadas.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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