Falando de Bola
Adaptando o refrão da excelente música do Rei Roberto Carlos serviria muito para ilustrar a atuação do Coritiba na derrota para o Grêmio.
Ney Franco armou muito bem a equipe, porém não contava com o caminhão de gols perdidos pelos atacantes, que na hora de decidir as jogadas, displicentemente as concluíam.
Displicente como Ângelo, que mais parecia um bailarino do Ballet Bolshói do que propriamente um jogador de futebol. Aliás, do jeito que levantou os braços para Perea passar, parecia que estava sofrendo um assalto, daquele tipo “mãos ao alto”, isso é um assalto.
O Coritiba realmente não jogou mal, mas é sabido que a sorte não acompanha os incompetentes. Se tivesse a competência para pelo menos fazer um gol, com certeza a história seria diferente.
Mas competência mesmo teve o colombiano Perea, que, aliás, estava sendo dispensado do Grêmio há dois meses atrás. Perea fez um gol muito mais difícil do que as oportunidades perdidas pelos atacantes Thiago Gentil e Rômulo.
O gol perdido por Rômulo foi daqueles de chutar o sofá, esmurrar a televisão, bater a cabeça na parede, xingar até a quinta geração da família do atacante.
Aliás, se basearmos pelo gol perdido, está explicado o motivo dele ser reserva de Wellington Paulista no Cruzeiro.
Talvez eu tenha visto outro jogo, mas mesmo jogando bem, vi um Coritiba totalmente displicente em campo, um time sem vibração nenhuma, achando que iria resolver tudo jogando “só no sapatinho”.
O Coritiba de hoje foi mais uma vez o reflexo de sua diretoria, um time sem alma, sem vibração.
Vendo o Coritiba de hoje, me remeto ao passado, mais propriamente em 2005, quando via o time jogar bem, perder um caminhão de gols, e no final do ano acabar rebaixado a segunda divisão.
E é esse o meu medo, que o filme de 2009 tenha o mesmo final infeliz de 2005.
Não vou entrar no mérito do contrato de Marcelinho Paraíba, mas que tem “boi na linha”, isto tem.
E justamente quando o Coritiba mais precisa se concentrar para sair desta incômoda situação, estes fatores servem ainda mais para deixar os ânimos aflorados, principalmente do torcedor, que se vê como o grande palhaço da história.
Já passou da hora do senhor Felipe Ximenes vir a público explicar o contrato, que segundo dizem, ele mesmo conseguiu fazer Marcelinho assinar.
Será que este contrato existe mesmo, ou seria mais uma das promessas desta diretoria incompetente?
Seria interessante que o omisso conselho do Coritiba ficasse atento aos possíveis candidatos da “situação”, mas infelizmente a maioria do conselho faz parte desta mesma panela que vem envergonhando o centenário do clube.
E com isso quem paga o pato é o torcedor Coxa-Branca.
O próximo confronto decidirá o centenário do Coritiba. Uma derrota neste jogo e provavelmente tudo irá por água baixo.
Será que o “presidente” Jair Cirino continuará sorrindo se o time for rebaixado à segunda divisão?
O Atletiba vem sendo um divisor de águas nos últimos campeonatos nacionais, e neste não será diferente.
Uma vitória devolverá a tranqüilidade ao Alto da Glória, por outro lado, uma derrota será uma catástrofe de proporções gigantescas.
Será neste jogo que veremos se existem homens no Alto da Glória ou um bando de covardes descompromissados.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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