Falando de Bola
Péricles Chamusca tem a possibilidade de escalar o mesmo time pela terceira partida seguida.
O time novamente se acertou. Leandro Almeida deu consistência na defesa. Gil e Carlinhos acertaram as laterais. William e Junior Urso encaixaram jogando juntos e estão bem não só na marcação, como na saída de bola. Robinho voltou a jogar bem e continua sendo o motor da meia-cancha Alviverde. Alex, bem Alex continua sendo Alex, e Julio Cesar, enfim, começa a mostrar um bom futebol.
E o Coritiba terá no banco ainda opções como Deivid, Lincoln e Keirrison.
Quando a fase é boa, até o Departamento Médico esvazia.
O Coritiba tem hoje em seu elenco talvez o melhor goleiro do futebol embaixo dos três paus.
Digo, embaixo dos três paus, pois fora deles continua um sufoco.
O dia que Vanderlei usar a altura que tem a seu favor, e aliá-la a coragem para sair do gol, o Coritiba terá o goleiro mais completo do futebol brasileiro.
Não esquecendo que não tem boa saída de bola com os pés. Deveria aproveitar a presença e qualidade de Alex para aprender como se bate na bola.
Sempre torci o nariz para as atuações de Luccas Claro no time titular. Para os patamares do futebol atual, o achava um zagueiro muito baixo. Além disso, percebia-o um pouco desligado às vezes nos jogos, dando muito espaço para os atacantes.
Mas as suas últimas atuações, contra Cruzeiro e Grêmio me fizeram repensar. Ao lado de Leandro Almeida anulou jogadores como William, Borges, Barcos, Kleber e Vargas, atacantes de peso no futebol brasileiro.
Sua velocidade aliada a sua compleição física tem feito a diferença a favor do Coritiba atualmente, e conseqüentemente fazendo com que a zaga Alviverde passe por boa fase.
A boa fase do Coritiba que chegou justamente em um momento em que todos desconfiavam da equipe, não é por acaso, nem fruto da sorte.
As duas semanas “cheias” que Péricles Chamusca teve para trabalhar o time, além do tempo que os atletas tiveram para se recuperar do desgaste dos jogos que acontecem duas vezes por semana foram à tônica da recuperação Alviverde.
Esse é o “bom senso” que todos os envolvidos com o futebol pedem.
Como se cobrar o trabalho de um treinador ou resultados de um time, se não há tempo hábil para trabalhar.
Analisando friamente, o único tempo que os times possuem para trabalhar as suas equipes é a pré-temporada que acontece em janeiro. Muito pouco para um calendário que se estende de fevereiro a dezembro.
Ao ler a infeliz matéria do jornal Tribuna do Paraná assinada pelo ainda mais infeliz “jornalista” Rafael Nascimento comprovei ainda mais que a qualidade do jornalismo esportivo paranaense anda cada vez mais em baixa.
Poucas, mas felizmente boas, são as exceções.
Sobre o Alex, pelo que conheço, duvido que esteja acertando com outro time, pelo contrato que tem em vigor com o Coritiba e ainda pela indefinida situação do time Alviverde no campeonato.
Todos sabem que ele é um caso raro de um jogador que deixa melhores propostas de lado pelo amor do seu time do coração.
Mas o fato é que as suas declarações polêmicas e sinceras incomodam muito mais o meio futebolístico do que alguns acham.
Não só a torcida Alviverde como o futebol paranaense em geral (dirigentes, jornalistas, radialistas, torcedores) deveriam se orgulhar de ter uma pessoa tão representativa vestindo a camisa de um clube do estado.
Mas infelizmente nem todos pensam assim.
Bem, quanto ao “jornalista” citado, deveria se envergonhar de tantas bobagens escritas.
Aliás, além da infelicidade do texto, ele não poderia ter vindo em momento mais inapropriado, justamente quando a torcida tentava criar um ambiente positivo ao time.
Ainda bem que a tal matéria se mostrou o quão insignificante é perante a grandeza do Coritiba.
Ahhh, a torcida do Coritiba. Como é bom ver e ouvir a torcida do Coritiba.
Aquela que se mobiliza, que faz a diferença, que canta, que pula, que nunca abandona, que empurra o time, que vaia o adversário, que faz o Couto Pereira literalmente sair do chão.
E foi incorporando o espírito da Alma Guerreira que a torcida do Coritiba foi decisivamente o 12º jogador do time nas duas últimas partidas.
Não tenho a menor dúvida de que o fraco jogador Pará, do Grêmio, tremeu quando viu o maior bandeirão do futebol brasileiro.
Como é prazeroso ir ao Couto Pereira quando o time decide jogar bola e a torcida empurrar os jogadores.
Imaginem o que será o Alto da Glória no jogo contra o Corinthians se o Coritiba conseguir duas vitórias, fato plenamente possível, nas duas próximas partidas.
Adilson Batista é o novo técnico do Vasco. Conhecido por já ter livrado três equipes do rebaixamento, o novo treinador vascaíno já deve estrear contra o Coritiba.
A equipe Alviverde pode esperar um Vasco fechado, com três volantes na meia-cancha e tentando jogar no contra-ataque, mesmo com o mando a seu favor.
Tenho a impressão de que o Coritiba jogará a primeira pá de cal no Vasco e fará com que as cercanias de São Januário entrem em uma crise gigantesca.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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