Falando de Bola
Mais uma bela apresentação, principalmente no primeiro tempo, e o Coritiba, de Marcelo Oliveira, consegue sua segunda goleada em três clássicos disputados em 2011
Soberano deste o início da partida, com muita movimentação da meia-cancha, o Coritiba precisou de pouco mais de vinte minutos para abrir o placar, com um golaço de Davi, uma grata surpresa neste início de temporada.
Davi, que começou como centroavante no Paulista de Jundiaí, já é ao lado de Bill e Paulo Baier, um dos artilheiros do campeonato com oito gols.
O detalhe é que enquanto o veterano meia atleticano marcou praticamente todos os seus gols em cobranças de penalidade máxima, os jogadores do Coritiba anotaram com a bola rolando, uma vez que o Coritiba ainda não teve nenhum pênalti a seu favor nesta temporada.
Voltando ao jogo, Bill, em mais uma jogada de extrema frieza dentro da área, marcou o segundo gol do Coritiba.
A partir daí, o Coritiba começou a jogar em ritmo de treino, tocando facilmente a bola, deixando os adversários atordoados.
Antes de marcar o terceiro gol, com o excelente zagueiro Emerson, o Coritiba perdeu Bill e Pereira, ambos por contusão.
A saída de Pereira foi naturalmente preenchida por Jeci, não só em sua posição dentro do gramado, como na faixa de capitão. Já no ataque, pela ausência de um homem de referência, o treinador Alviverde optou pelo velocista Anderson Aquino, o que mudou um pouco a característica da equipe na frente.
Com a ausência de Bill, que vem fazendo muito bem o papel de pivô, o Coritiba não conseguia segurar a bola na frente.
Como o jogo estava praticamente decidido o time Alviverde diminui o ritmo. Eltinho também saiu por contusão e assim Marcelo Oliveira queimou todas suas substituições no início da segunda etapa.
Como alguns jogadores aparentavam cansaço, principalmente os armadores, o Coritiba tocava a bola sem objetividade, irritando a torcida, que esperava mais gols. Com isso o Paraná se aproveitou e fez dois bonitos gols, diminuindo o placar e dando esperanças ao seu torcedor.
Mas em uma bonita jogada do zagueiro Emerson, o oportunista Anderson Aquino marcou o quarto gol dando números finais ao placar.
Os principais destaques do Coritiba nesta partida foram o zagueiro Emerson e o volante William.
Emerson, além de defender com qualidade, apareceu muito na frente, marcando dois gols, um deles anulado, além de uma bela assistência para o quarto gol da equipe.
William substituiu a altura o excelente Leandro Donizete. Marcou bem e saiu pro jogo com qualidade, principalmente em arranques pelo lado direito, mostrando que o Coritiba está muito bem servido na posição.
Menções honrosas para Léo Gago, o motor da meia-cancha e para Rafinha, que além de correr muito, foi muito importante na marcação, roubando várias bolas, inclusive a que originou o primeiro gol do Coritiba.
A nota preocupante da partida foram às saídas de Pereira, Eltinho e Bill por contusões musculares.
As lacunas deixadas por Pereira e Eltinho podem ser perfeitamente supridas por Jeci e Lucas Mendes, mas a saída de Bill preocupa, uma vez que Leonardo, o outro atacante de referência da equipe, está ainda afastado por contusão.
Lucas Mendes, apesar de ser zagueiro de origem, fecha tranquilamente na linha de quatro zagueiros no setor defensivo, no esquema proposto pelo treinador Alviverde, o que não resulta em grande prejuízo na posição.
Apesar de Anderson Aquino fazer boas partidas toda vez que entra no decorrer dos jogos, a característica da equipe é alterada, uma vez que ele não tem a característica de pivô, nem de fazer a marcação aos zagueiros adversários.
Talvez seja necessária a contratação de outro atacante ainda para o Campeonato Paranaense.
A queda de rendimento apresentado na segunda etapa da partida de hoje é um fato completamente normal.
Alguns jogadores encontram-se desgastados pela maratona de jogos, além do intenso ritmo que a equipe imprime durante as partidas.
O Coritiba parece que joga ligado em 220 wolts, e isso faz com que os jogadores tenham um grande desgaste físico durante os jogos.
E isso afeta três jogadores em particular, os meias atacantes Davi, Marcos Aurélio e Rafinha, que sofrem com a dura marcação e precisam se movimentar muito para criar as jogadas.
No jogo contra o Paraná, como Marcelo Oliveira teve que queimar suas três substituições, o trio de armadores, mesmo desgastados, teve que agüentar até o final, o que justificou a queda de rendimento na segunda etapa.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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