Falando de Bola
Jogando com muita raça, com um homem a menos desde os 17 minutos do primeiro tempo, o Coritiba venceu o Arapongas por 2x0, conquistando sua 11º vitória consecutiva no campeonato regional, além da 14º seguida somando as disputas do campeonato paranaense e Copa do Brasil.
Em um jogo extremamente complicado, principalmente pelo péssimo juiz e pela infantilidade de Rafinha, o Coritiba começou em marcha lenta, sendo dominado na meia-cancha pelo bom time do interior.
Com o juiz não marcando praticamente nada, o “pau comeu solto”, e após levar um tranco de Wellington, o meia Rafinha, em uma atitude totalmente intempestiva, correu atrás do adversário e acertou-lhe um covarde soco pelas costas, sendo imediatamente e acertadamente expulso pelo juiz.
Isso complicou e muito a situação do Coritiba, pois além de não ter mais Rafinha em campo, o meia Davi não fazia também uma boa partida, fazendo com que Marcos Aurélio ficasse sobrecarregado na armação das jogadas. Isso fazia com que Anderson Aquino ficasse praticamente isolado no meio de três defensores do Arapongas.
Mas como quando se tem um craque em campo, o jogo pode ser resolvido em uma jogada, Marcos Aurélio acertou mais um belo lançamento para Anderson Aquino, que foi derrubado por trás pelo último homem do adversário, que levou apenas o cartão amarelo, quando deveria ter sido expulso, mostrando mais um grave erro da arbitragem.
Marcos Aurélio, com categoria, marcou o primeiro gol do Coritiba na partida, e também o primeiro gol de pênalti na temporada.
O gol tranqüilizou um pouco a situação do Coritiba, porém os jogadores iam se irritando com a péssima condução de jogo pelo péssimo árbitro Rodolpho Toski Marques.
No segundo tempo, o panorama não mudou muito. O Arapongas tinha mais posse de bola, porém era ilusória já que trocava muitos passes entre a defesa e a intermediária.
O Coritiba tentava na raça, a defesa estava bem postada, com Emerson e Jeci, no meio Léo Gago comandava as ações e Marcos Aurélio tentava, praticamente sozinho, as jogadas ofensivas.
Apesar de estar com um homem a menos, o time Alviverde era soberano na partida, mostrando muita maturidade, técnica e raça, e com isso praticamente não era ameaçado pelo adversário.
E quando o jogo está difícil e amarrado, chama o craque que ele resolve. Após um belo passe de Davi, em sua única boa participação na partida, Marcos Aurélio cortou o zagueiro e bateu de canhota fazendo um golaço, um dos gols mais bonitos marcados no Alto da Glória nesta temporada, marcando o segundo gol e dando números finais ao placar.
O Coritiba ainda teve algumas boas chances de gol, com Léo Gago e Anderson Aquino, mas o placar ficou mesmo no 2x0.
Dois jogadores em especial chamaram a atenção nesta partida.
Marcos Aurélio foi o dono do jogo, o craque do time e é o novo dono do time.
Mostrando um futebol de muita técnica, fez jogadas espetaculares, em um misto de conclusões a gol, assistências, domínio e posse de bola.
Sem dúvida alguma hoje é o principal nome do futebol paranaense.
O outro destaque foi o volante Léo Gago , que além de comandar a meia-cancha com raça e categoria, vem dando lançamentos espetaculares, fazendo com maestria as inversões de jogo. Comparações a parte, tem lembrado os grandes craques do passado, como Gérson, o Canhotinha de Ouro.
Quando o jogo está amarrado, Léo Gago consegue descobrir um jogador livre do outro lado, fazendo inversões que criam boas chances de ataque ao Coritiba.
A bola fora do jogo, não poderia ser diferente, vai para dois personagens.
O primeiro é Rafinha, que mesmo irritado com a marcação e entrada dura do adversário, não pode cair na provocação, e pior, dando-lhe um soco visível por todos no estádio, quem dirá do juiz que estava a menos de 5 metros do lance.
Rafinha precisa controlar seus impulsos, pois isso mancha as belas apresentações que tem feito com a camisa Alviverde.
É hora de colocar a cabeça no lugar e aceitar conselhos de quem pode lhe ajudar muito no futebol. Bola ele tem, mas falta-lhe maturidade.
O outro personagem negativo do jogo é o péssimo juiz Rodolpho Toski Marques, que posso considerar como o dono da pior arbitragem que vi em quase trinta anos que vou ao Couto Pereira.
Tentando criar um estilo próprio de apitar, deve ter-se confundido com futebol americano, pois deixava os choques correrem solto, sem nada fazer.
Além disso, mostrou falta de critério quando deixou de expulsar o zagueiro do Arapongas que fez o pênalti, e também falta de maturidade quando expulsou o treinador Marcelo Oliveira, que apenas vinha reclamando da péssima condução por parte do juiz.
Fico imaginando o que leva o senhor Afonso Vitor de Oliveira, presidente da Comissão de Arbitragem a escalar um “árbitro” de 20 anos para apitar um jogo de tamanha importância.
Não sei se é ingenuidade por parte do ex-árbitro ou falta de critério, ou até ignorância, pois é inadmissível que um juiz deste “naipe” seja escalado para apitar jogos de futebol de um campeonato profissional.
Se fosse apitar na Suburbana, com certeza levaria uns tapas ainda dentro do gramado.
O leitor Diogo Fontana mandou um e-mail comentando sobre o juíz, que já teve problemas em dois jogos da suburbana. Em 2009, o zagueiro Rogério Prateat, ex-Coritiba e jogando pelo Vila Fanny correu atrás do juíz, o ameaçando, após ser expulso. Em 2010, o mesmo juíz apanhou do time do Urano, após explusar cinco jogadores do time da Vila São Pedro.
Agora o próximo adversário é o Irati, que sempre complicou a vida do Coritiba.
Mas com o futebol que vem jogando, o Coxa tem tudo para atropelar o time de Sérgio Malucelli.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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