Falando de Bola
Será que restou alguma dúvida sobre qual é o esquema tático mais adequado para o time Coxa-Branca, após a vitória contra o América/RN?
Após abrir 3x0 na primeira etapa, Nei Franco resolveu ousar no segundo tempo.
Aproveitou que dois jogadores de marcação (Lucas Mendes e Leandro Donizete) estavam pendurados com dois cartões amarelos, e colocou em campo dois jogadores com características mais ofensivas (Tcheco e Marcos Aurélio).
As alterações foram corretas, e na ótica de torcedor fiquei extremamente satisfeito no momento, pois quem não gosta de ver alterações que deixem seu time mais ofensivo, com mais jogadores de qualidade para buscar os gols, principalmente contra um adversário que não oferecia a menor resistência.
Mas infelizmente o “tiro saiu pela culatra” e o que era para funcionar acabou favorecendo o adversário, que encontrou mais espaço para jogar, conseguindo diminuir o placar, após boa jogada do “parrudo” atacante Marcelo Brás.
A entrada de Andrade consertou a marcação na meia-cancha, e combinado com a postura ofensivo e desorganizada do adversário, devolveu o domínio da partida ao Coxa, que conseguiu marcar mais dois gols em jogada de contra-ataque.
O grande destaque da partida foi o meia-atacante Rafinha.
O “dono do time” participou ativamente marcando um gol, dando assistências para os gols de Leonardo e Marcos Aurélio, além de um chute no travessão.
Um fato relevante a ser notado é a condição física de Rafinha, que praticamente no final da partida deu um “pique” espetacular para marcar o quarto gol Alviverde.
Outro destaque foi o ala-esquerdo Triguinho, típico jogador com características de ter que “matar um leão por jogo” para cair nas graças do torcedor.
O ala-esquerdo jogou muito bem, fazendo um gol e contribuindo com uma assistência, além de cumprir seu papel na marcação.
Após um péssimo início no Coritiba, o jogador parece finalmente ter se encontrado e começa a mostrar que pode ser extremamente útil.
Não acredito que apenas a evolução física do jogador tenha sido o principal motivo de sua subida de produção.
Para mim a mudança de esquema tático, passando do 4-3-2-1 para o 3-4-2-1, dando-lhe maior liberdade para atacar foi o principal fator.
O passe que o meia Tcheco deu para Rafinha marcar o quarto gol é um artigo em extinção no futebol brasileiro, principalmente se considerarmos que o lançamento foi de “trivela”.
Além da qualidade nos lançamentos, Tcheco cadencia o jogo e distribui as jogadas com extrema categoria e grande visão, e mesmo não estando em suas condições físicas ideais, tem sido muito útil quando participa dos jogos.
Isso prova que ao contrário do que mostra a evolução física e o futebol brucutu, os jogadores veteranos, de qualidade, têm cada vez mais espaço no futebol atual.
O próximo jogo do Coritiba contra o Sport/PE, de Marcelinho Paraíba tem tudo para ser o grande marco do Coritiba na competição.
Mas isso é assunto para uma próxima coluna.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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