Falando de Bola
Onze pontos distante da zona do rebaixamento. Décima segunda colocação na tabela de classificação. Esta é a situação atual do Coritiba faltando oito rodadas para o término do Campeonato Brasileiro.
Situação bem diferente daquela que assombrava o torcedor Alviverde há poucas rodadas atrás.
Após perder, de virada, para o Santos por 2x1, o Coritiba tinha praticamente um campeonato particular a frente, alheio ao restante da competição.
Dos times que iria enfrentar, apenas o São Paulo não era candidato direto para fugir do rebaixamento.
O primeiro confronto foi contra o Sport, na Ilha do Retiro. Um pênalti cometido por Robinho ao apagar das luzes, tirou a possibilidade do Coritiba trazer um ponto na bagagem e conseqüentemente aproximou o time pernambucano do Alviverde, distante apenas 1 ponto do grupo que incluía os quatro grupos que vão para a segunda divisão.
Veio o jogo contra o São Paulo e a esperança de vitória começou com o gol do Coritiba marcado por Everton Ribeiro, de pênalti. Mas o gol de Osvaldo, ao final da partida jogava um balde de água fria na torcida Coxa e mantinha perigosamente o time Alviverde próxima a zona de rebaixamento.
E os jogos seguintes eram fundamentais para definir qual rumo o Coritiba tomaria na competição, pois teria confrontos diretos com equipes que também buscam o mesmo objetivo, ou seja, manter-se na primeira divisão.
Os confrontos diretos foram retomados contra a Ponte Preta, e como era de se imaginar, foi um jogo muito difícil. O complicado 1x0, com um gol de raça de Deivid, fechou com sucesso a primeira vitória da difícil série.
Mas era no jogo seguinte que a torcida Alviverde saberia realmente o que esperaria o Coritiba no restante da competição.
O Palmeiras, algoz na final da Copa do Brasil, vinha há seis pontos do Coritiba, e uma vitória da equipe do Palestra complicaria a situação do Coritiba, já que aproximaria o time palmeirense na tabela.
Mas o Coritiba, de Marquinhos Santos, foi inteligente e soube conter a pressão palmeirense.
Jogando de maneira prática, o time Coxa-Branca conseguia impedir os avanços do adversário e quando percebeu que poderia ir pra cima, não pensou duas vezes. Nem o gol marcado por Deivid e ridiculamente anulado pelo bandeira foi capaz de esfriar os ânimos do time Alviverde, que em uma boa jogada de contra-ataque conseguiu uma penalidade máxima, batida com maestria pelo atacante tão esperado pela torcida.
A vitória foi importante não só pelo crescimento na tabela de classificação, mas principalmente por praticamente jogar uma pá de cal no adversário, que ficava então 9 pontos atrás do Coxa.
Além disso, a vitória mostrou que se a decisão da Copa do Brasil fosse decidida apenas na bola, o Coritiba dificilmente deixaria escapar as chances de ser campeão.
O terceiro confronto da difícil série aconteceria contra o Bahia, equipe que tinha a terceira melhor campanha do returno.
Jogando em casa, com o apoio de seu torcedor, o Coritiba abriu o placar com o zagueiro Luccas Claro, recém promovido a titularidade, após a excelente atuação contra o Palmeiras.
Mas o gol do adversário, ocorrido em falha coletiva da zaga e do goleiro Vanderlei, daria tons dramáticos à partida.
De um lado o Coritiba, que tentava manter a série de vitórias e se afastar cada vez mais. Do outro o Bahia, com jogadores experientes e que também tentava se afastar da zona de rebaixamento.
O perdedor deste jogo continuaria sendo o primeiro time fora do rebaixamento e o time a ser batido pelos que vêem atrás.
Mas quem tem Deivid, tem “cheiro” de gol. E o atacante Alviverde cabeceou com estilo vencendo o bom goleiro Marcelo Lomba e dando mais uma vitória ao time Coxa.
Desde que estreou no Coritiba, Deivid já marcou 5 gols e foi o responsável direto nas vitórias contra a Ponte Preta, Palmeiras e Bahia.
Essa é a diferença do jogador diferenciado. Quando o time precisa dele, não existe omissão. Ele vai lá e resolve.
A série de confrontos diretos terminará contra o Náutico, nesta quarta-feira.
Quem sabe, o diferenciado Deivid não resolva a “parada” mais uma vez.
Nem o torcedor mais otimista poderia imaginar que o Coritiba poderia, na metade de outubro, chegar à oitava posição na tabela de classificação.
E é justamente isso que pode acontecer na rodada deste meio de semana.
Para isso basta vencer o Náutico e contar com as derrotas do Botafogo para o Vasco da Gama, do Santos para o Atlético/MG e um empate ou vitória do Corinthians na partida contra o Cruzeiro.
E com isso, o Coritiba vai subindo na tabela, se afastando cada vez mais da zona perigosa e deixando cada vez mais perto a chegada do “talento” para comandar, dentro de campo, a equipe no ano que vem.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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