Falando de Bola
Londrina e Maringá farão a final do campeonato paranaense de 2014.
O time maringaense chega à decisão com a vantagem de decidir em casa, vantagem que é relativa caso não conquiste um bom resultado na primeira partida.
O time tem quatro bons jogadores que podem fazer a diferença. O lateral-direito Reginaldo, o meia Max e os atacantes Cristiano e Gabriel Barcos.
Já o Londrina fez uma primeira fase irregular e só conquistou a vaga nas quartas de final ao vencer o Coritiba na última partida da primeira fase.
Seus principais destaques são o zagueiro Dirceu, o meia Rone Dias e os atacantes Joel e Arthur, autor de três gols na goleada de 4x1 sobre o Atlético Paranaense.
Acredito em uma final muito equilibrada, onde um bom sistema defensivo poderá fazer a diferença sobre dois ataques que vem se destacando na reta final. O time de Maringá tem um ataque mais eficiente, porém o Londrina tem uma defesa mais segura. E isso deverá garantir o equilíbrio.
Se fosse apostar em uma equipe, diria que o Londrina deverá conquistar o título de campeão paranaense de 2014.
O atacante Arthur, ex - Coritiba, foi o grande nome dos jogos decisivos das semi-finais ao marcar os três gols que garantiram o Londrina na final.
Um amigo uma vez me disse que o jovem Arthur, quando ainda estava no Coritiba, que seu estilo de jogo era parecido com o de Kleber “Gladiador”, atualmente no Grêmio, mas que por ser um atleta novo, tinha tudo para evoluir e se tornar um jogador mais decisivo que o gremista.
Mas para que isso acontecesse era necessário que a torcida do Coritiba tivesse paciência com ele, já que era um atleta jovem, introvertido fora de campo, vindo de família humilde no sertão cearense e que passava por problemas familiares (teve um irmão assassinado no Ceará).
Arthur chegou a fazer alguns gols pelo Coritiba, o mais decisivo deles o da vitória contra o Atlético/MG no último minuto pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
Mas o seu lado introvertido e os problemas familiares o atrapalharam e as chances de jogar foram se tornando escassas, assim como a paciência da torcida do Coritiba acabou e o jogador acabou indo jogar no Figueirense, onde também não fez uma boa Série B, mas subiu junto com o time catarinense para a Série A.
Mas será que se a torcida do Coritiba tivesse com Arthur, um jovem de 21 anos, a mesma paciência que tem com Keirrison, o jogador não estaria fazendo bons jogos este ano pelo time Alviverde?
Não acho errada a paciência que a torcida tem com K9, até porque sou um dos que acreditam em sua recuperação, mas às vezes a torcida exagera na cobrança a determinado jogador, principalmente por ele não ter crescido nas categorias de base do clube.
Vanderlei, Victor Ferraz, Luccas Claro, Leandro Almeida e Diogo (Carlinhos); Baraka, Gil, Robinho e Alex; Roni (Jajá) e Keirrison (Julio Cesar ou Zé Eduardo)
Este seria o possível time para iniciar o Campeonato Brasileiro se ele fosse iniciado hoje.
É possível perceber algumas carências na equipe, principalmente no setor ofensivo.
Keirrison e Julio Cesar não conseguiram convencer no Campeonato Paranaense pegando defesas mais frágeis e Zé Eduardo se mostra longe das condições físicas ideais para suportar um longo campeonato brasileiro, tornando extremamente necessária a contratação de um centroavante.
Baraka veio para ser o volante titular, mas a chegada de outro primeiro volante é importantíssima, principalmente por se tratar de uma posição que costuma ser punida com vários cartões. E não dá para o Coritiba enfrentar as principais equipes do futebol brasileiro com Gil e Germano formando a dupla de volantes.
As laterais continuam sendo o “Calcanhar de Aquiles” do time, principalmente com a má fase do lateral-esquerdo Carlinhos, um dos principais nomes do Coritiba na reta-final do Campeonato Brasileiro de 2013.
Norberto que veio contratado para ser o lateral-direito não foi aproveitado por Dado Cavalcanti na posição, assim como o ex-paranista Moacir, que não convenceu quando foi escalado como titular, dando passagem para a volta de Victor Ferraz, que também não convenceu, mostrando fragilidade, principalmente na parte defensiva.
Pelo lado esquerdo, com a má fase de Carlinhos, o jovem Diogo voltou ao time titular, mas também não mostrou futebol suficiente para se tornar o dono da posição.
A defesa precisa de pelo menos mais um jogador, para suprir as ausências dos titulares, já que a irregularidade de Chico deixou frágil o miolo de zaga.
A meia-cancha além da necessidade já citada de pelo menos mais um volante, precisa da chegada de mais um armador, para disputar a posição com Robinho, que faz um 2014 muito aquém dos bons jogos que fez no ano passado.
Celso Roth é o novo treinador do Coritiba.
Uma excelente notícia, principalmente pelo fato do momento atual do Coritiba exigir um nome forte, um técnico de personalidade forte, que saiba isolar o elenco dos problemas diretivos do clube, além de saber trabalhar com um elenco que hoje se mostra limitado.
E Celso Roth tem todas estas características.
O Coritiba deverá voltar a jogar em um estilo guerreiro, marcando forte na meia-cancha e saindo com rapidez para os contra-ataques, usando principalmente os lados do gramado.
O time Alviverde poderá atuar com três homens de marcação na meia-cancha, deixando Alex livre para criar e se juntar aos dois homens de frente.
O treinador gaúcho gosta de jogar com um homem de referência na frente, fazendo o “estilo” pivô, característica que o Coritiba não possui atualmente.
Chegou a semi-final da Taça de Libertadores de 2001 comandando o Palmeiras e ao título em 2010, quando comandava o Inter, que no Campeonato Mundial foi eliminando pelo Mazembe.
Junto com ele, virão o preparador físico da seleção brasileira Paulo Paixão e o auxiliar técnico Beto Ferreira. Com o novo preparador físico e o treinador de goleiros Carlos Pracidelli, o Coritiba passa a ter dois integrantes da comissão técnica de Felipão.
De todos os nomes citados para treinar o Coritiba, o nome de Celso Roth é o que mais agrada, principalmente pelo seu perfil disciplinador e guerreiro, mostrando acerto da diretoria Alviverde na escolha do novo treinador.
Com o novo técnico, é possível que em pouco tempo comecem a desembarcar novos jogadores para deixar a equipe em condições de não brigar somente para fugir da zona do rebaixamento.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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