Falando de Bola
Confesso que custei a abrir os olhos para o que acontecia com o time do Coritiba, o qual considero, sem pensar duas vezes, o pior que já vi com a camisa Alviverde.
O meu sentimento Coxa-Branca sempre me dizia que uma hora ou outra o time ia vencer, jogar um bom futebol e se livrar da zona do rebaixamento.
A boa seqüência após a vitória contra o Flamengo não iludiu só a mim, mas a muitos torcedores.
Mas esta última seqüência de vitórias mostrou realmente a verdadeira face do Coritiba da "Coxa Maior", dos "Indomáveis", de Bacellar, e de Ney Franco e sua turma: Um time apático, sem vibração, sem alma, sem futebol, sem garra, sem vontade de vencer, sem nada.
E um time com todos estes adjetivos só tem um caminho, que é a segunda divisão.
Não vejo mais esperanças nenhuma de que o Coritiba conseguirá escapar deste triste roteiro, apesar da matemática ainda permitir. Mas por mais irracional que eu seja quando se trata do amor pelo Coritiba, fechei meus olhos esperando a morte chegar, ou melhor, o rebaixamento chegar!
Não há o que se falar dentro de campo, quando os resultados falam por si próprio.
Porém, algumas coisas ficam como dúvidas pairando no ar:
Para que servem os times Sub 18, Sub 20 e principalmente o Sub 23, se o lateral direito titular é um zagueiro improvisado, e o seu reserva Ivan, é um jogador sem a mínima condição de vestir a camisa do Coritiba?
Será que no Sub 23 não tem um meia atacante que possa trazer rapidez ao time, que hoje está refém da lentidão de Lúcio Flávio e Ruy?
Desde o começo do campeonato o time não tem um primeiro volante, que proteja a frente da zaga de maneira eficiente. O Sub 23 não teria um atleta com estas características?
A sobrevida no campeonato foi conquistada com Walisson Maia e Juninho na zaga, mas por que Walisson foi preterido por Rafael Marques, que não está em sua melhor forma?
Por que Kleber, mesmo não rendendo, tornou-se intocável no time?
O atacante Michel veio com o status de principal goleador do campeonato gaúcho de 2015. Porém, até hoje, recebeu apenas uma única chance no time titular. Quem avaliou a vinda de um atleta que não entra em campo, apesar da baixa produtividade ofensiva do time?
O que aconteceu com Evandro, que mesmo depois de salvar o time em alguns jogos, nunca mais foi relacionado?
As perguntas acima deveriam ser respondidas não só pelo treinador, mas também pelo excessivo número de pessoas que trabalham no Departamento de Futebol.
Alguém saberia dizer qual a função de André Mazzuco atualmente? E quais foram os seus resultados desde que foi contratado em 2008?
Quais jogadores foram revelados por Mazzuco desde o início do seu trabalho no clube e qual o retorno financeiro de suas revelações?
Qual o real trabalho de Maurício Andrade no Coritiba, já que de futebol parece entender muito pouco?
O que faz Joaquim Barbosa, o homem que veio com status de diretor de futebol, mas que de efetivo até agora não se viu praticamente nada.
Quem manda atualmente no Departamento de Futebol e no Coritiba?
Será que Ney Franco só continua no clube pela sua amizade com o Dr Macedo, de quem é amigo pessoal?
São várias perguntas, tanto dentro como fora de campo, mas o que menos se vê atualmente no Coritiba é a transparência, bem diferente do que foi prometido na campanha da Chapa Coxa Maior.
Portanto, as respostas para elas não serão vistas. Pelo contrário, o torcedor do clube continuará sendo enrolado, ou até mesmo enganado, como foi no "estelionato eleitoral" que elegeu a chapa Coxa Maior.
Enquanto isso, o clube caminha a passos largos para a segunda divisão.
E esse é apenas o começo de uma gestão que prometia modernizar o clube e levá-lo a alcançar vôos inimagináveis.
Infelizmente o que era para ser inicio de uma nova era no clube, tornou-se a crônica de uma morte anunciada.
Quem ainda não desistiu de 2015, sábado as 21:00 horas, o Coritiba tem um último sopro de esperança.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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