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Ricardo Honório21/02/12, 12h37
Falando de Bola

Homens e Meninos

Muita coisa ruim vem cercando o clássico Atletiba fora de campo. Pela primeira vez teremos o maior jogo local com apenas a torcida mandante.

Isso é ridículo. Prova que não temos pessoas capazes de controlar seus próprios impulsos, no caso os “torcedores” e pessoas (autoridades) que não tem capacidade e eficiência para controlar estes “torcedores”.

Mario Celso Petraglia, mais uma vez, conseguiu o que queria. Não acredito que ele esteja tão preocupado assim com a segurança dos torcedores, mas está mais preocupado em vencer o clássico na marra e acabar com a invencibilidade de dois anos do Coritiba.

Em um festival de indecisões e horrores, decidiram em cima da hora, que o jogo só será visto por uma torcida.

Além de tudo isso, ainda somos obrigados a ver um Atletiba sendo marcado para a quarta-feira de “cinzas”, o que demonstra a total incapacidade de Helio Cury e seus funcionários em comandar o futebol local.

Isto prova a incompetência de todos os envolvidos no caso.

Quero ver como será resolvido à questão envolvendo o jogo do segundo turno. Será que teremos o mesmo critério de torcida única?

Confesso que não terá a menor graça para o espetáculo vermos apenas uma torcida no Couto Pereira. Será muito mais gostoso que “eles e seu presidente” estejam para ver o show do time e da torcida Coxa-Branca.

Dentro de campo, este jogo, cercado de tanta expectativa, separará homens de meninos.

É nele que os grandes jogadores se destacam e que os “cabeças de bagre” se encolhem.

Apesar da empolgação da imprensa local com o time atleticano, sem sentido em minha opinião, é notório que o Coritiba tem mais time e mais experiência para decidir este jogo em seu favor.

Mas para que isso seja confirmado dentro de campo, é preciso que os jogadores Alviverdes joguem com o coração e alma e partam pra cima do adversário.

A vantagem do empate é “deles”, portanto não interessa ao Coxa ficar estudando e esperando o adversário. Tem mesmo que partir pra cima, principalmente pelo fato de que a defesa é o ponto fraco do time atleticano.

É hora do algo mais. É hora de compensar aquilo que faltou no ultimo Atletiba do Campeonato Brasileiro, quando uma atuação pífia e sem alma tirou do Coritiba as chances de conquistar uma vaga na Taça Libertadores.

A disposição, raça e garra têm que ser a tônica dos jogadores do Coxa nesta partida. Se o adversário disputar uma bola com disposição, é necessário que os Alviverdes entrem com muita mais disposição.

A torcida, mesmo que de longe, apoiará e vibrará com cada desarme, cada rebote ganho na raça. Se o Coritiba ganhar na disposição, a técnica prevalecerá e naturalmente levará o time Alviverde à vitória.

É neste jogo que atletas como Lincoln e Renan Oliveira deverão fazer a diferença e mostrar que suas contratações foram acertadas. Aliás, a movimentação do trio de meias do Coritiba será a principal arma do time para superar a lenta e violenta zaga do adversário.

No ataque a experiência de Marcel será mais importante que a juventude de Caio Vinicius e será justamente nesta partida que o centroavante do Coritiba terá a chance de provar que não voltou ao clube de origem apenas para ser mais um.

Enfim, é hora dos meninos mostrarem que são homens e provarem dentro de campo, que independente das trapalhadas dos dirigentes fora dele, o Coritiba tem totais condições de vencer fora de casa, com ou sem a presença de sua torcida.



Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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