10

Ricardo Honório30/11/15, 14h42
Falando de Bola

Hora de afundar a Nau Vascaína

1989, o Coritiba tinha um dos melhores times de sua história. Um meio-campo mágico comandado pelo craque Tostão, o maior jogador que vi com a camisa Alviverde. Na zaga Vica comandava o setor defensivo e na frente Chicão marcava gols de tudo o que era jeito.

Aquele time tinha bola para ser campeão brasileiro, mas não foi. De possível campeão brasileiro foi parar na terceira divisão, graças a uma canetada do Sr. Ricardo Teixeira.

Tudo porque o Coritiba tinha perdido um mando de campo por uma confusão aprontada pelo goleiro Rafael, então goleiro do Sport/PE, e iria enfrentar o Santos em Juíz de Fora.

O problema é que o Coritiba queria jogar no mesmo horário de Vasco x Sport, que se enfrentariam em Recife, pois o time pernambucano disputava com o Alviverde a última vaga para a segunda fase do campeonato nacional.

Porém, os “gênios” diretores do Coritiba na época, conseguiram uma liminar no STJ para que o Coritiba não entrasse em campo contra o Santos. O time Alviverde não foi a campo, a CBF cassou a liminar e o final da história todo mundo já sabe.

O Vasco acabou se sagrando campeão brasileiro com um gol de Sorato na final contra o São Paulo.

2003, o Coritiba perde de 2x1 para o Vasco, em um jogo marcado por falhas da arbitragem em favor do time carioca.

Após a partida, o ônibus Alviverde, dentro do estacionamento de São Januário, foi invadido por torcedores do time carioca, que assaltaram e espancaram a delegação Alviverde.

O experiente meia Jackson, o que mais apanhou, chegou a ficar inconsciente.

2011, o Coritiba encantava o Brasil com um time altamente ofensivo, chegando à marca de vinte e quatro vitórias consecutivas. Nas quartas de final da Copa do Brasil, um incrível 6x0 sobre o Palmeiras de Felipão, no Couto Pereira.

A final foi contra o Vasco. Na primeira partida em São Januário, 1x0 para o time carioca, em uma partida marcada por uma arbitragem tendenciosa e por artimanhas fora de campo, como vestiário com cheiro de formol e a impossibilidade dos jogadores Alviverdes reconhecerem o gramado e fazer o aquecimento, em razão do portão que levaria ao gramado estar trancado.

Na segunda partida, um pênalti claríssimo de Dedé em Leonardo no segundo tempo não foi marcado pelo árbitro Sálvio Fagundes Spínola, que também deu poucos minutos de desconto mesmo com as várias “ceras” do goleiro Fernando Prass, e assim mesmo com a derrota por 3x2, o Vasco foi campeão da Copa do Brasil.

2015, o Coritiba tem a grande oportunidade de mandar o time vascaíno para a segunda divisão e exorcizar um dos grandes males do futebol brasileiro atual, o Vasco da Gama e seu presidente Eurico Miranda.

Por mais que a mídia esteja tratando como heroica a recuperação vascaína, o fato é que o time tem sido, mais uma vez, ajudado pelas arbitragens, fato claríssimo na última partida, na marcação de um pênalti inexistente (no máximo deveria ser marcada a falta em dois lances pela imprudência do goleiro Vanderlei), além do meia Nenê, que estava pendurado, não ter recebido o cartão amarelo pela cotovelada no jogador santista.

Com os olhos do Brasil inteiro voltados para este jogo, os atletas do Coritiba tem a grande oportunidade de resgatar o orgulho da torcida Coxa-Branca, vencendo o jogo, assim garantindo a permanência na primeira divisão, e consequentemente mandando o Vasco de Eurico Miranda para a Série B.

Após um ano marcado por várias trapalhadas, dentro e fora de campo, o Coritiba tem a chance de terminar a temporada de forma histórica, para o bem do futebol brasileiro.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

-1 11

A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.

85 Ver todos os comentários