Falando de Bola
Enfim a primeira vitória fora de casa aconteceu.
Após alguns jogos onde os três pontos passaram “raspando”, sejam por falta de sorte, falta de competência ou até mesmo a falta de um “algo mais”, seja em qualidade ou mesmo vontade dos atletas, o Coritiba trouxe uma importante vitória de Minas Gerais.
O adversário, provavelmente o time mais fraco do campeonato, não pode ser usado como parâmetro para definir qual será o rumo do Coritiba no campeonato, porém a vitória em momento nenhum pode ser desprezada, principalmente pelo possível estrago que uma derrota faria.
Os três pontos, importantíssimos, podem devolver a motivação que faltava aos jogadores Alviverdes, mas ainda é preciso mostrar mais do que foi visto no jogo contra o América.
O recuo após a marcação do primeiro gol e a “frouxa” marcação em alguns momentos da partida podem ser fatais, como foi observado na partida contra o São Paulo, onde erros individuais e coletivos quase transformaram o jogo em uma das piores goleadas sofridas pelo Coritiba dentro do Couto Pereira.
Por outro lado, se o Coritiba se mostrar “ligado” durante os noventa minutos, com gana e vontade de vencer, será um adversário muito difícil de ser batido, principalmente nos jogos a serem disputados ainda no Couto Pereira.
Se conseguir vencer os doze jogos que restam em casa, conquistando 36 pontos, o Coritiba poderá encaminhar uma excelente classificação no campeonato. Mas para isso é necessário manter o foco e entrar com grande disposição nos jogos fora de casa para que possa trazer pontos precisos.
Os dois próximos jogos, contra o Palmeiras em casa e Flamengo fora, quarto e segundo colocado respectivamente deverão mostrar muito do que pretende realmente o Coritiba nesta competição.
No primeiro semestre, o Coritiba se notabilizou por ser um time altamente ofensivo. Goleadas e mais goleadas marcavam a temporada Alviverde.
Um jogador em especial, começava a se destacar como artilheiro e destaque técnico da equipe. O meia Davi, com sua canhota precisa aparecia como um dos principais jogadores do time, sendo objeto de desejo de vários times do futebol brasileiro.
Mas, aos poucos foi caindo de produção. Sua última boa partida foi na final da Copa do Brasil, onde atuando praticamente como um volante, na segunda etapa, mostrou muita garra e ainda marcando um belíssimo gol, que trouxera esperança a torcida Alviverde.
Uma contusão o afastou do time titular, e após vários “boatos”sobre uma possível negociação e questões contratuais o deixaram com a “cabeça no mundo da lua”, mas não no Coritiba.
A expulsão infantil contra o São Paulo provou o quão distante esse jogador está atualmente.
Não é possível que um jogador que foi um dos grandes destaques do time, senão o principal tenha esquecido como se joga futebol.
É preciso que Davi coloque a cabeça no lugar, agradeça a Deus por estar em um clube que lhe dá todas as condições de desenvolver seu trabalho e volte a se dedicar somente ao Coritiba.
É bom jogador, tem um bom poder de finalização, mas é preciso estar focado, pois o mundo do futebol é muito dinâmico. Um dia se está por cima, mas no outro estará por aí, com seu empresário batendo a porta de clubes buscando uma nova oportunidade.
O exemplo do “gringo”Ariel, hoje praticamente dispensado pelo Racing Santander está aí, mais próximo do que o próprio Davi imagina.
O jogador que tiver boa cabeça saberá qual será o melhor caminho a seguir:
Ou dá o seu melhor em prol do Coritiba, ou então, virará um novo Ariel.
Em contra-ponto a “falta de vontade”de Davi, aparece a liderança, a técnica, a garra e a qualidade do meia Tcheco, hoje um dos principais jogadores do time.
Não pretendo polemizar no final desta coluna, mas aos que pedem a saída de Marcelo Oliveira, gostaria de saber quais seriam as sugestões para o comando técnico do Coritiba.
Acho que o bom trabalho que Marcelo Oliveira vem desenvolvendo a frente do grupo de jogadores não pode ser assim interrompido por alguns insucessos.
O Campeonato Brasileiro é um torneio muito difícil, e as surpresas que aconteceram em alguns resultados vêm provando a qualidade do torneio que o Coritiba está disputando.
Além disso, é preciso que seja observado o alto número de contusões que tem afetado o elenco Alviverde e que tanto atrapalham o treinador na montagem da equipe.
O que é necessário realmente é a contratação de mais um ou dois jogadores para posições pontuais, como comando de ataque e armação.
Quero agradecer publicamente aos inúmeros e-mails recebidos por leitores do Blog, pedindo a volta dos textos.
Após um período de “férias forçadas”, voltarei a trazer aos amigos COXAnautas textos sobre o Coritiba e o futebol em geral.
Saudações Alviverde
Ricardo Honório
Dedico esta coluna ao amigo Rodrigo Sibut, o principal motivador para que ela acontecesse.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)