Falando de Bola
Esperei até hoje para escrever sobre a decisão da Copa do Brasil. Muito já se falou sobre o assunto, comentários, colunas, reportagens, enfim, tudo o que tinha que ser dito já foi.
Não entrarei no mérito se Marcelo Oliveira errou ou não, até por que é ele quem treina a equipe e quem vive o dia a dia de seus jogadores e sabe as opções que tem no elenco.
Era óbvio que se a opção escolhida não desse certo, ele seria taxado como um dos responsáveis pela perda do título, por outro lado se a tática escolhida trouxesse o título para o Alto da Glória, ele seria endeusado e guardado para sempre na Galeria dos Heróis Alviverdes.
Portanto, não é justo colocá-lo como vilão, até porque com certeza a escolha provavelmente não foi decidida única e exclusivamente por ele, mas sim em comum acordo com sua competente comissão técnica.
O mesmo se aplica para Edson Bastos, que já salvou o Coritiba em tantas oportunidades, e nos últimos anos já conquistou dois campeonatos estaduais e duas Séries B.
Vida de goleiro não é fácil. É o único jogador em campo, que precisa estar ligado os noventa minutos e não pode falhar nunca, sob pena de ser massacrado pela opnião pública. Quantas vezes os atacantes já perderam gols inacreditáveis e não sofreram o mesmo tipo de pressão que o goleiro sofre. O goleiro não deixa de ser um homem normal como todos os outros, estando suscetível a falhas sim.
Porém, se Marcelo Oliveira e Edson Bastos podem e devem receber todo o apoio da torcida Alviverde, o mesmo não se aplica a outros dois personagens, que acabaram sendo, em parte, responsáveis pela perda do título.
Fernando Prass e Sálvio Spínola. O primeiro, além da lamentável atuação teatral, que poderia lhe render a alcunha de “homem de porcelana”, ainda foi extremamente desrespeitoso com a torcida do clube que lhe tirou do ostracismo.
Já o segundo, além de ter sido totalmente complacente com as atuações teatrais de Fernando Prass, Diego Souza e Felipe, fez uma arbitragem totalmente parcial, apitando tudo para o lado vascaíno e deixando de apitar lances capitais para o time Alviverde, como no claríssimo pênalti de Dedé em Leonardo.
Não considero isso como um choro de perdedor, mas sim fatos relevantes que levaram o Coritiba a perder um importante título dentro do Couto Pereira.
Parte agora o Coritiba para o difícil Campeonato Brasileiro. O time tem 3 pontos em 9 disputados.
A principal tarefa da diretoria e comissão técnica é levantar o moral dos jogadores, que apesar do abatimento evidente, precisam ser reanimados.
Com o elenco que tem, o Coritiba tem totais condições de fazer um excelente campeonato, brigando por uma vaga na Libertadores e também disputar o título, porque não?
E a caminhada rumo ao título nacional começa agora no próximo domingo, no Rio de Janeiro contra o Botafogo, time que brigava com o Coritiba contra o rebaixamento em 2009.
E nada melhor do que vencer o Botafogo, dentro de sua casa, para que os jogadores ganhem a moral necessária para continuarem encantando a torcida Coxa.
E como diria o compositor Paulo Vanzolini, na conhecida canção Volta por cima:
Levanta, sacode a poeira, e dá a volta por cima..
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
twitter.com/rhonorio
Dedico esta coluna ao aos meus irmãos Marcelo, que veio de Belém para o jogo, e Fernando, residente no Maranhão, que devido a compromissos profissionais não pode estar no Couto Pereira, além do novo amigo João, um "catarina" gente boa que se encantou com a torcida Alviverde.
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