Falando de Bola
A linda vitória contra o Flamengo, a excelente atuação de Rodrigo Heffner, a má fase técnica que passa o atacante Marcos Aurélio, e a péssima colocação do Coritiba na tabela de classificação poderiam ser excelentes motivos para o treinador René Simões armar o Coritiba mais ofensivo para o próximo jogo contra o Náutico.
A ousadia teria como base, o lado direito do Coritiba, tanto defensivamente como ofensivamente.
Como tirar do time o jogador Rodrigo Heffner que fez uma excelente apresentação contra o Flamengo, tendo participação direta em três gols?
Por outro lado, como não fazer Marcio Gabriel, que vinha sendo um dos destaques do time, retornar ao time titular após cumprir suspensão automática?
A resposta pode estar não só na má fase de Marcos Aurélio e na fragilidade do lado esquerdo da defesa do Náutico, como também na velocidade e poder ofensivo dos atacantes do “Timbu”.
O Náutico terá o desfalque do zagueiro Vagner que atua pelo lado esquerdo e que foi expulso contra o Galo. Já o lateral Anderson Santana ainda não convenceu a sua torcida de que pode ser o titular absoluto da posição.
Vagner, ex-Coritiba, capitão e principal zagueiro da equipe, deverá ser substituído por Negretti ou Galiardo, ou então, se o treinador quiser armar um time mais ofensivo optando pela entrada do meia uruguaio Acosta, recém contratado junto ao Corinthians e que pode fazer sua reestréia, armando o time no 4-4-2.
Já Anderson Santana, costuma deixar espaços em seu costado que poderá ser aproveitado pelo Coritiba.
Por outro lado o ataque do Náutico é veloz e perigoso, com Gilmar, em grande fase, e Carlinhos Bala, que costumam jogar pelos flancos do campo, razão pela qual René Simões precisa estar muito atento aos lados direito e esquerdo.
Por essas colocações do “Timbu” e a má fase de Marcos Aurélio, o treinador Alviverde poderia deixar o pragmatismo de lado e armar um esquema diferente para esta partida, jogando com dois laterais direitos.
Rodrigo Heffner seria mantido na equipe titular atuando mais plantado, jogando em uma linha de quatro, com Pereira, Cleiton e Jailton, com este último atuando pelo lado esquerdo, no lugar de Felipe.
A meia cancha seria formada também com uma linha de quatro jogadores, com Pedro Ken, Leandro Donizete, Marcelinho e Carlinhos.
Nota-se que teoricamente com duas linhas de quatro, os lados do campo estariam fechados para os ataques do Náutico.
E no ataque a maior surpresa desta formação, com a escalação de Marcio Gabriel junto com Bruno Batata, que deverá atuar no lugar de Ariel.
Marcio vem em boa fase, e um jogador veloz, agudo e que sabe concluir em gol, e que poderia muito bem ser aproveitado em uma função mais ofensiva, atuando como um verdadeiro ponta-direta, para tentar explorar a fragilidade do lado esquerdo da defesa do Náutico.
O Coritiba não perderia em ofensividade, pois com a bola nos pés, tanto Marcelinho quanto Carlinhos Paraíba poderiam se juntar aos dois homens de ataque, principalmente Marcelinho, que faria o Coritiba jogar em um 4-3-3 quando estiver com a bola nos pés e caindo pelo lado esquerdo.
Marcos Aurélio, seria uma excelente arma no banco de reservas, podendo entrar na segunda etapa se o esquema não funcionar.
Essa é apenas uma sugestão de uma alternativa tática para o Coritiba, principalmente para aproveitar a fragilidade do adversário e também a boa fase dos dois laterais direitos do time.
Chegou à hora de Renè Simões ousar e armar a equipe ofensivamente, pois a torcida não tolerará mais atuações pífias e covardes como a apresentada na derrota para o Corinthians.
Se este assunto é uma loucura deste colunista ou então uma sugestão ousada, só o próprio treinador Alviverde poderá dizer.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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