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Ricardo Honório05/11/12, 12h03
Falando de Bola

Muralha

Após a saída do atacante Bill, a chegada do atacante Marcel parecia ser a solução dos problemas ofensivos do time.

Marcel teve uma excelente passagem em 2003, e apesar de algumas temporadas apagadas após aquela temporada, sua contratação era prevista de expectativa por parte da torcida Coxa.

Mas infelizmente o atacante não deu certo, os outros atacantes da equipe não vinham dando conta do recado e o Coritiba “sofria” com a falta de um matador.

Mas a ausência de um matador não significava necessariamente que o time padecia da falta de gols.

No primeiro turno do campeonato brasileiro o Coritiba chegou a figurar diversas vezes como um dos ataques mais efetivos. Em contrapartida a defesa apareceu em grande parte como a mais vazada da competição.

A média de gols marcados dizia que o ataque era eficiente. A média de gols sofridos apontava que a defesa não vinha bem.

Mas mesmo assim, o torcedor creditava na falta de um atacante matador o fracasso em algumas situações, como a perda do título da Copa do Brasil e a fraca campanha no Campeonato Brasileiro.

O experiente Deivid foi contratado e dentro de campo logo deu uma resposta positiva. Gols foram sendo marcados, vitórias importantes foram sendo conquistadas.

Mas um detalhe chamava atenção.

Se no primeiro turno a média de gols era alta, no segundo turno ela começou a diminuir, porém o Coritiba deu um grande salto na tabela.

Após a vitória frente ao Flamengo por 3x0, na estréia de Deivid, o Coritiba não conseguiu marcar mais de dois gols em uma partida, assim como também sofreu mais de um gol apenas em duas partidas.

Foram três vitórias, Ponte Preta, Palmeiras e Atlético/MG, pelo placar de 1x0, assim como outros três resultados positivos, Atlético/GO, Bahia e Náutico, pelo placar de 2x1.

Dois empates, um pelo placar de 1x1 contra o São Paulo, e outro por 0x0 contra o Grêmio.

E três derrotas, uma, para o Sport, pelo placar mínimo, e duas, para Fluminense e Santos, pelo placar de 2x1.

O que se nota é que após a 23º rodada, o Coritiba apresentou um futebol de resultados e que vem sendo eficiente. Venceu seus jogos por placares apertados, porém vendeu caro todas as suas derrotas, principalmente para Sport e Santos, jogos decididos depois dos 40 minutos da segunda etapa.

É importante lembrar que antes da 23º rodada, o Coritiba sofreu três ou mais gols em oito partidas, fato extremamente incomum para um time, que nos últimos campeonatos, sempre se notabilizou por possuir uma defesa extremamente eficiente.

Chega-se a conclusão de que a estrutura tática defensiva implantada pelo novo treinador é um dos principais responsáveis, senão o principal, pela recuperação do Coritiba dentro do Campeonato Brasileiro.

Um registro sobre o jogo contra o Atlético/MG.

Fiquei extremamente decepcionado com o time mineiro. Achei que para um time que fazia uma grande campanha no Campeonato Brasileiro, a postura tática seria diferente.

O medroso Cuca armou sua equipe com três volantes, e com isso a bola não passava pela meia-cancha. Era ligação direta o tempo todo, tentando encontrar Ronaldinho Gaucho e Bernard que atuava como pontas. Detalhe, jogavam pelo mesmo lado.

Os zagueiros Leonardo Silva e Rever tentavam o tempo inteiro lançar a bola para o ataque, consagrando os defensores do Coritiba Escudero e Luccas Claro, que fizeram uma grande partida.

O lateral Marcos Rocha, de Seleção Brasileira, foi anulado pelo jovem Denis, assim como Junior Cesar anulado por Victor Ferraz.

Leandro Donizete, Fellipe Souto e Serginho, os volantes do Galo, se preocupavam em marcar os meias do Coritiba, não conseguindo em nenhum momento avançar com a bola ao ataque. E quando tentavam, Gil e William tratavam de evitar qualquer avanço dos volantes.

Bernard e Ronaldinho deram algum trabalho devido a qualidade individual, mas ficaram muito aquém do futebol que possuem.

Ontem o verdadeiro craque foi Everton Ribeiro.




Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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