Falando de Bola
Esta infeliz frase foi dita por Luiz Felipe Scolari, o popular “Felipão” no dia de sua apresentação como técnico da Seleção Brasileira de Futebol.
Antes de entrar no mérito sobre a sua “nomeação” ou “indicação”, é preciso dissertar sobre mais uma das “pérolas” deste arrogante treinador, que após recentes fracassos, destacando a pífia passagem pelo Chelsea e comandar a maior parte da campanha do Palmeiras que levou o time a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, ganha de presente a missão de comandar a seleção de futebol na disputa da Copa do Mundo de 2014.
Uma pessoa que “ganha” um cargo tão representativo em seu país, deveria ter mais cuidado quando fala de uma categoria de trabalhadores que com certeza vive com muito mais problemas, sejam eles financeiros, emocionais, stress e porque não pressionados, do que os milionários personagens do mundo do futebol.
É fato que treinar a seleção nacional em uma Copa em seu país não deve ser tão simples quanto parece, principalmente quando este país é o mais reconhecido no mundo do futebol e o maior detentor de títulos de Copas do Mundo, cinco no total.
Mas cada profissão tem o seu grau de dificuldade, e ser bancário do Banco do Brasil tem também a sua importância, muito grande por sinal.
E ao contrário do que pensa Felipão, um bancário sofre muita pressão em seu trabalho, como ver os usuários reclamar das longas filas e do tempo de espera, das metas que precisam mensalmente ser alcançadas, dos seguros que precisam ser vendidos, da política interna que muda a cada troca do comando por indicações políticas, da diminuição a cada dia do quadro de funcionários em razão da política de salários e da saúde ocupacional, cada vez mais em segundo plano.
Enquanto isso o milionário Felipão firma contratos milionários, viaja em primeira classe, se hospeda em hotéis luxuosos, viaja o mundo para observar jogadores, tem todo um suporte funcional e logístico por trás, além da já conhecida badalação e bajulação que norteia o mundo do futebol.
O que é a pressão para Felipão como treinador da Seleção Brasileira de Futebol?
A sua nomeação como treinador da Seleção Brasileira mostra o quanto anda “desatualizada” a Confederação Brasileira de Futebol, comandada por José Maria Marin. Quem???
Convocações políticas, jogadores sem a mínima qualidade para vestirem a camisa canarinho, amistosos inúteis do ponto de vista técnico, jogos “caça-níqueis”, e o anúncio de Felipão como a cereja que faltava no bolo intragável feito por Marin e seu ajudante Del Nero.
Um técnico desatualizado que nos últimos anos ganhou apenas o título de Campeão da Copa do Brasil, contando com a descarada ajuda da arbitragem, não poderia ser a opção para comandar a seleção em um período tão importante, mesmo que já tenha sido campeão mundial à frente do Brasil.
Felipão é conhecido pela liderança e por ser um treinador que mexe muito com o lado emocional do jogador, porém há muito tempo apenas o lado motivacional não faz mais um time ganhar jogo. É preciso muito conhecimento técnico e tático, coisa que o treinador parece não possuir no momento, tendo em vista os seus trabalhos após a conquista da Copa do Mundo.
Nomes mais competentes e atuais existiam como Muricy Ramalho, Abel Braga, Tite e até Wanderley Luxemburgo, o meu preferido dos técnicos brasileiros.
E principalmente o espanhol Guardiola seria um nome muito mais interessante do que Felipão, e poderia trazer de volta o interesse do brasileiro pela sua seleção, fato que anda em baixa há muito tempo, pois o recente anunciado, com declarações deste tipo, com certeza conseguiu a antipatia de grande parte da população brasileira.
O futebol brasileiro, do “Fuleco”, do Marin, do Del Nero, do Felipão, do dinheiro público em obra privada, das obras sem licitação, dos super faturamentos, dos apadrinhamentos, dos favorecimentos, anda cada vez pior e se muita coisa não melhorar fora de campo, existe uma possibilidade muito grande de vermos um total fiasco dentro de campo, como já começou fora dele, como o ridículo “Fuleco”.
Mas talvez o anúncio de Felipão leve o torcedor Coxa-Branca a ver um lado positivo nisso tudo.
Quem sabe o treinador não repare uma grande injustiça e convoque o menino de ouro Alex para fazer parte do grupo que tentará o hexacampeonato mundial.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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