Falando de Bola
Nas arquibancadas uma bela festa, um Green Hell maravilhoso, capaz de intimidar os jogadores adversários, a Império cantando alto, empurrando aos demais torcedores Alviverdes, que lotaram o seu espaço, para empurrar o Coritiba para cima do “Todo Poderoso” Timão.
Dentro de campo um jogo bem jogado, com oportunidades de gols para ambas as equipes.
Um tendencioso juiz que estava louquinho para complicar a partida, pois lances idênticos eram marcados para o Corinthians e não para o Coritiba.
Falta próxima a área para o Coxa, apenas uma foi marcada. Em compensação o Corinthians teve várias, não obtendo sucesso apenas pelo fato da zaga Alviverde estar bem postada.
E no banco de reservas dois treinadores com posturas completamente diferentes na partida, e é daí que eu faço a análise título desta coluna.
Ney Franco mais uma vez foi audacioso, como vem sendo a tônica do seu trabalho. No segundo tempo, após o Corinthians ter empatado, o técnico Alviverde foi audacioso até demais quando abriu completamente o time.
Arrisco-me a dizer que o Coritiba só não perdeu a partida de ontem pelo fato de ter jogado no ataque, tática que preocupou o técnico adversário, que preferiu segurar o seu time.
E é justamente pelo fato de Mano Menezes ter segurado o seu time, que começo a minha análise do time corintiano.
Não diria que foram os jogadores do Corinthians que se acovardaram, mas sim o seu treinador.
Mano Menezes mandou a campo, uma equipe recheada de defensores, deixando a criatividade nos pés do raçudo, mas limitado Jucelei e de Elias, que mesmo fazendo uma partida discreta, deu o passe para o gol de empate.
O Corinthians entrou com uma linha de quatro zagueiros de área, isso mesmo, quatro zagueiros: Balbuena, Chicão, Paulo André e Diego.
Na meia três volantes: Marcelo Mattos, Jucelei e Elias, e mais um zagueiro/lateal esquerdo: Marcelo Oliveira.
Os únicos homens ofensivos da equipe eram Dentinho e Souza, que fez muito bem o papel de pivô, ganhando todas da zaga Alviverde.
A tática de Mano Menezes deixou claro que o Corinthians vinha para buscar o empate, se acovardando perante o glorioso Coritiba e sua torcida.
No início o Corinthians até teve o domínio do jogo, principalmente pela força física de seus jogadores, mas logo o Coritiba, com mais categoria na meia-cancha, dominou o jogo chegando ao gol, em uma bela cabeçada de Jailton.
Na segunda etapa, tentando buscar o empate, Mano resolveu tirar o zagueiro/lateral Marcelo Oliveira para a entrada do atacante Bill, o que melhorou a ofensiva corintiana, pois com três atacantes, o Coritiba ficou sem a sobra na zaga.
Mano, porém não desmanchou a sua linha de quatro zagueiros atrás, mostrando que estava preocupado com o Coritiba.
Após o Corinthians ter empatado, o “medroso” Mano Menezes recuou novamente o seu time, colocando o lateral Alessandro no lugar do atacante Souza, que vinha fazendo uma boa partida e incomodando a zaga Coxa, mostrando que o segundo gol corintiano poderia acontecer a qualquer momento, pois Ney Franco tinha aberto totalmente o time.
Quando o Coritiba voltou a pressionar no final da partida, Mano fechou o seu extremo defensivismo colocando mais um volante Moradei, no lugar de Jucilei, jogador que puxava os contra-ataques corintianos.
Com isso o jogo se encaminhou para um empate por 1x1, resultado que agradou os corintianos, que desde o início da partida vieram somente para conseguir um empate.
A tática utilizada por Mano Menezes me decepcionou totalmente, ao contrário do que percebi no trabalho de Ney Franco, já que sou um apaixonado pelo futebol bem jogado ofensivamente.
Mano, pode até ser um bom treinador, mas provou também que não deixa de ser um “filho da mídia”, já que é endeusado pela crônica paulista.
Se ganhar uma segunda divisão do futebol nacional e uma Copa do Brasil são motivos para ser idolatrado pela imprensa, o mesmo deveria acontecer então com Ney Franco, campeão da Copa do Brasil pelo Flamengo, e Renè Simões, campeão da segundona pelo Coritiba.
Ao jogo de ontem deixo os meus aplausos a Ney Franco, que mesmo correndo o risco de perder a partida, não se acovardou e seguindo o lema da torcida Alviverde “foi em busca da vitória”, ao contrário de seu colega, que preferiu se retrancar perante o “Glorioso” Coritiba.
O jogo de ontem me trouxe duas certezas:
A primeira é que a torcida do Coritiba, hoje, faz a festa mais bonita vista nos campos brasileiros.
A segunda é que se não houver armações fora de campo para beneficiar os times cariocas, o Coritiba não cai de jeito nenhum para a segunda divisão.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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