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Ricardo Honório09/06/09, 12h29
Falando de Bola

O Manifesto

Acho oportuna toda e qualquer tipo de manifestação, desde que pacífica e ordeira.

Vivemos em um país livre e democrático, longe da ditadura que nos assolou na década de 60.

Portanto não seria eu a pessoa para criticar o manifesto que a Império irá fazer antes do jogo contra o Flamengo.

Porém acho que as diretrizes deste manifesto não estejam sendo conduzidos da melhor maneira, ou mesmo, da mais correta.

Pedir a saída de um presidente eleito pelos sócios não é a solução para o momento do Coritiba.

Temos sim que cobrar dele as realizações das inúmeras promessas, que até agora não passaram do papel.

De que adianta tirarmos Cirino, se quem assumiria seria o Marcos Hauer, seu vice-presidente?

A mesmice e a inoperância continuariam sendo a tônica da diretriz Alviverde.

Já em relação ao diretor de futebol podemos sim cobrar mudanças, pois Homero Halila que entrou como interino após a saída de Edson Mauad, continua dando as cartas, mesmo sem o real conhecimento de futebol.

Porém, Halila é muito importante para o clube, diria que da atual diretoria ele é o homem mais confiável e que poderia trazer um melhor retorno para o clube, em se tratando de trabalho.

Hoje, Homero Halila poderia voltar a cuidar do patrimônio do clube, atribuição que fazia com perfeição em outrora.

Mas para o cargo de diretor de futebol é preciso alguém com mais experiência e vivência no mundo da bola, sem antes é claro, ter laços estreitos com o Coritiba.

Acho que a torcida deveria cobrar sim, mas atitudes e não saídas, pois a saída de Cirino, hoje, não resolveria a situação do Coritiba.

Já em relação à cobrança em relação a saída imediatas dos jogadores Pereira e Vicente, me deixaram um pouco perplexo, principalmente em relação a saída do experiente zagueiro.

Para mim, Pereira não é o zagueiro dos sonhos, e tampouco seria titular do meu time, porém é notório o seu crescimento nos últimos jogos, sendo o melhor zagueiro do time, desde o primeiro confronto contra o Inter.

Credito a má fase da defesa Alviverde diretamente ao treinador René Simões, o responsável por tirar Cleiton da equipe titular, em uma formação defensiva que vinha dando certo com Ivo Wortmann.

Cleiton, se não é outro primor de zagueiro, vinha muito bem, sendo um dos pilares da defesa menos vazada do Campeonato Paranaense. Após sofrer uma contusão, não voltou mais ao time titular, coincidindo com a péssima fase da defesa Alviverde.

Sem Cleiton no time, Rodrigo Mancha, que vinha jogando muito bem, passou a ter más atuações jogando pelo lado direito, onde mostra dificuldades no “bote” aos zagueiros adversários.

Portanto amigos, pedir a saída imediata do Pereira soa como um desconhecimento futebolístico do que vem acontecendo dentro de campo atualmente.

Em relação a Vicente venho falando que não serve para o Coritba desde que este atleta foi contratado, mas infelizmente o Diretor de Futebol acreditou no futebol deste atleta, como se acredita em um “Conto da Carochinha”.

Acontece que os jogadores são extremamente “corporativistas”, e a pedida para a saída imediata destes dois atletas pode soar muito mal dentro do grupo de jogadores, e como reflexo disso prejuízo para o próprio Coritiba.

Repito mais uma vez, não sou contra o manifesto proposto pela Império, muito pelo contrário, mas sim as diretrizes que estão sendo tomadas.

Já passou da hora da diretoria acordar, mas não será pedindo a saída do presidente que as coisas irão melhorar.

Eu seria favorável sim, se além da saída do presidente, todo o G9 renunciasse, aí eu poderia dizer que o manifesto teria efeito positivo.

Mas somente a saída do presidente Cirino não resolveria o problema de gestão verificado dentro do Coritiba.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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