Falando de Bola
O time do Coritiba lembra exatamente um filme de western.
Mas não os clássicos de John Wayne ou os italianos com Clint Eastwood.
Lembra aqueles onde o mocinho corre, cerca, encurrala o bandido o filme inteiro, e no final quando bandido está sem ter para onde correr, o mocinho titubeia e em vez de sacar o seu revolver e fuzilar de vez seu oponente, prefere tentar resolver na conversa.
Ao tentar algemar o bandido, o mocinho esquece que do outro lado tem um perigoso fora da lei, que rapidamente saca seu revólver e fuzila o mocinho, quando era este que deveria fazê-lo.
É exatamente isso que o Coritiba faz.
Domina o jogo, marca muito, dá o sangue, joga com raça, mas na hora de matar o adversário lhe falta competência e com isso o outro time na primeira chance que tem trata logo de fazer a sua parte, matando o jogo e dificultando as coisas para o time Coxa.
Nos filmes de western, para matar um bandido era preciso paciência, sabedoria e acima de tudo frieza. Nunca se matava um oponente com displicência, pois um erro seria fatal.
E foi justamente a paciência, a sabedoria e a frieza que faltaram para Junior Urso, Rafinha, William e Gil, que sozinhos na cara do adversário, conseguiram desperdiçar a única bala que tinham em seu revólver.
Escutando as rádios após a partida de ontem não me causou surpresa alguns “entendidos” da bola tentando diminuir o peso dos erros da arbitragem em face dos erros de finalização da equipe do Coritiba.
Eu penso de maneira diferente.
Perder gols faz parte do jogo. Perder gols faz parte da incapacidade técnica, da falta de frieza do jogador. Perder gols faz parte em função de o outro lado ter um goleiro tentando evitá-los.
Porém, uma arbitragem tendenciosa, fraca e limitada não faz parte do jogo. O árbitro caseiro e mal intencionado vai minando a outra equipe.
Ontem, o péssimo juiz Wilton Pereira Sampaio “errou” em três lances capitais e ainda na jogada que Everton Costa sairia sozinho na cara do gol, mas ao ser puxado pelo calção foi parado sem que o juiz ao menos marcasse a infração, quando ela deveria ser anotada e o jogador do Palmeiras expulso, já que era o último homem.
É fácil para alguns discursarem sobre erros técnicos da equipe, porém esta mesma equipe é tri-campeã estadual e chegou com méritos à final da Copa do Brasil, mesmo com os tão falados erros de ataque.
Enquanto continuarem passando “a mão” nas cabeças tendenciosas destes “juízes” amadores, os times paranaenses continuarão sendo saqueados sem a menor cerimônia quando enfrentarem os times do eixo.
Pior do que perder a partida, pior do que ser roubado é escutar vários foguetórios na cidade de Curitiba nos gols do Palmeiras e após a partida.
São atitudes como essas que farão os clubes paranaenses continuarem a fazer parte do segundo ou terceiro escalão do futebol brasileiro.
A rivalidade é sadia sim, porém entre jogos contra clubes de outros estados, ou principalmente do eixo Rio/SP era dever dos paranaenses se unirem em prol do clube do seu estado.
Enquanto isso continuar, o espaço na mídia continuará a ser insignificante e isso influencia diretamente na economia dos clubes, pois com espaço reduzido, as cotas serão cada vez mais desproporcionais em relação aos “grandes times”.
A derrota foi dolorida, principalmente quando se vê o Coritiba jogar muito mais do que o Palmeiras.
O título está difícil sim, mas não impossível.
Com o Couto Pereira lotado, as chances de o Coritiba reverter o placar são muito grandes.
É hora de apoio, de união, de fazer história.
É hora da torcida do Coritiba fazer a maior festa já vista em campos brasileiros e empurrar seu time em busca da vitória!!!
Eu acredito, Coxa campeão da Copa do Brasil de 2012.
Raça Verdão, você é campeão!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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