Falando de Bola
O Coritiba começou perdendo no campeonato brasileiro. Mas o que esperar de um time que na era dos pontos corridos venceu só oito partidas em mais de uma centena? Um aproveitamento de menos de 10% em vitórias nos jogos disputados longe do Couto Pereira.
Nenhuma novidade, portanto a derrota do time Alviverde para a Chapecoense.
No jogo, o time Alviverde até que começou bem, abrindo o placar no oportunismo de Rafhael Lucas, mas as constantes falhas dos jogadores não tardaram a acontecer, e antes da metade do segundo tempo o Coritiba já estava perdendo o jogo.
Primeiro o goleiro Bruno, com as mãos moles e os braços curtos, não segurou o chute da intermediária do volante Eli Carlos. Nem o acúmulo de gente a frente da área e a curva da bola podem ser considerados como atenuante na falha do goleiro Alviverde.
Se estivesse mais bem posicionado a bola não teria entrado.
E o segundo gol, a individualidade exagerada de Negueba resultou em uma roubada de bola do adversário e na jogada rápida pelo lado direito, o oportunista Roger apareceu para dar números finais ao placar.
O Coritiba começa o campeonato saindo atrás na luta para fugir do rebaixamento ao perder três pontos para um adversário direto nesta briga.
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Algo aparece estar errado nas entranhas do vestiário Alviverde.
Ao expor publicamente dois jogadores, o técnico Marquinhos Santos cometeu o maior pecado que um treinador pode ter. E quando o técnico perde o controle ou o respeito de seus atletas, é muito difícil recuperá-lo.
Dentro de campo, Marquinhos continua insistindo com algumas peças que todos sabem que não rendem quando são escalados.
A insistência com Pedro Ken na meia-cancha mostra a teimosia do treinador, mas mostra também a ineficiência diretiva e do próprio treinador na montagem do elenco.
Outra mostra de como anda o Coritiba dentro de campo, foi à entrada do meio Rodolfo na partida de ontem.
Como é possível um jogador que não foi opção no Campeonato Paranaense para enfrentar adversários mais fracos, ser escalado para entrar em um jogo do Brasileirão? Qual é o critério que o treinador tem utilizado para definir as suas opções?
E fica cada vez mais evidente a dificuldade que Marquinhos têm quando precisa substituir ou mudar a estrutura tática durante as partidas. O time Alviverde dificilmente consegue melhorar quando o treinador resolve entrar em ação.
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O goleiro Bruno falhou mais uma vez, a segunda em dois jogos seguidos. Mesmo em pouco tempo para avaliar melhor, é visível que não será a solução para o gol do Coritiba neste campeonato.
A diretoria precisa urgente trazer um goleiro experiente, até para trazer tranquilidade aos próprios companheiros dentro de campo, mas enquanto isso não acontece, e caso William Menezes ainda não tenha condições físicas, nada mais justo do que recolocar Vaná como titular da meta Alviverde.
Rumores vindos do jogo da Baixada dão conta que o Coritiba está tentando a contratação do experiente goleiro Dida, hoje, terceira opção no gol do colorado.
Mesmo distante da sua melhor forma, a possível chegada de Dida, com sua qualidade e experiência, pode solucionar o problema da meta do Coritiba.
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A diretoria e o Departamento de Futebol do Coritiba poderiam ir até a Baixada fazer um estágio com os dirigentes atleticanos em como fazer bons campeonatos brasileiros e contratar bons jovens valores.
Entra ano, sai ano, o Atlético faz campanhas melhores e revelam jogadores que trazem excelente retorno financeiro para o clube.
No Coritiba se espera o jogador ter 22, 23 anos para colocarem no time titular, sob a alegação de que ele precisa ser mais bem preparado antes de ser colocado para jogar no profissional.
Na Baixada tem jogador sendo lançado com 17, 18 anos e dando resultado dentro de campo.
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Até quando imperará o silêncio sobre as “denúncias” de Augusto Mafuz em sua coluna na Tribuna do Paraná?
Um conselheiro da nova geração confirmou que o Coritiba doou dinheiro para a campanha de Ricardo Gomide para a presidência da Federação Paranaense de Futebol.
Quem virá a público esclarecer sobre esta doação?
É o mínimo que se espera de uma diretoria que tinha como uma das plataformas de campanha a “Transparência”.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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