Falando de Bola
Após o difícil, apertado e importante triunfo contra o Vitória, o Coritiba parte agora para mais uma complicada partida, contra o Botafogo no Rio.
Além de muita atenção dentro das quatro linhas, o Coritiba precisa estar com os “olhos abertos” em tudo que deverá ocorrer fora dela também.
Não acredito mais que não existam armações no mundo do futebol, como acreditava em outrora, lá quando tinha meus cinco anos, e ainda acreditava em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Bicho Papão, dentre outras coisas que só existem na imaginação de uma criança inocente.
A partir do momento em que minha inocência foi deixada de lado, tive uma grande desilusão com o mundo do futebol, principalmente por ver que nem sempre a paixão clubística, dos homens que decidem o futebol fora de campo, é deixada de lado.
Vemos cada vez mais decisões absurdas favorecendo alguns times com mais força política ou mais lobby, principalmente dentro da CBF, isso para não falar o nome do lugar onde são julgados os acontecimentos dentro e fora das quatro - linhas.
Não é demais lembrar que em 2005 o Coritiba foi “garfado” em um confronto direto contra o Flamengo, no Rio, que valia a luta direta pelo rebaixamento. O final da partida, com o resultado de vitória Flamenguista, foi totalmente manipulado pela arbitragem, que decidiu o jogo em favor dos cariocas.
Todos sabem que “ninguém”, principalmente a emissora de TV detentora dos direitos de transmissão e a CBF, têm interesse na queda de dois clubes cariocas, portanto se o Coritiba não se preparar nos bastidores, não tenho dúvida que fatores extra-campo surgirão do nada.
O que mais temo é que os "especialistas da bola, ou de armações no mundo a bola" já estejam de olho na difícil tabela que o Coritiba terá até o final da competição.
É bom lembrar que em 1985, o Coritiba só foi campeão brasileiro, graças à influência e o trabalho de Mozart Giorgio junto a CBF, pois em caso contrário, o gol em impedimento de Marinho do Bangu, validado pelo bandeirinha, não teria sido anulado por Romualdo Arppi Filho.
Como os tempos são outros, a influência já não existe mais, todos os fatores extra-campo deverão ser combatidos com muita garra e disposição dentro de campo, além é claro de uma noite iluminada dos atacantes.
Não há “garfada” que resista a um futebol bem jogado, misturando técnica, tática certa, disposição, garra, marcação e boa pontaria.
E time por time, o Coritiba é muito superior ao Botafogo.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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