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Ricardo Honório02/12/13, 15h40
Falando de Bola

Onde está o bom senso?

Pablo dos Santos Alves, árbitro filiado a Federação Capixaba de Futebol será o juiz da partida entre São Paulo e Coritiba no próximo domingo, decisiva para as pretensões Alviverdes em se manter na primeira divisão do futebol nacional!

O árbitro, além de nascido no Rio de Janeiro, era filiado a Federação Carioca de Futebol até o ano de 2009, quando se transferiu para o Espírito Santo, passando a aspirante do Quadro FIFA em 2011.

O interessante na escalação deste cidadão é que os responsáveis pelas designações dos trios de arbitragem, “não se deram conta” de que os dois principais interessados no resultado da partida do Coritiba, são Fluminense e Vasco da Gama, dois times “coincidentemente” cariocas, assim como o juiz da partida.

A infeliz “coincidência” mostra no mínimo um despreparo dos homens que fazem parte da Comissão de Arbitragem, assim como a enorme falta de Bom Senso.

O Brasil possui árbitros nos 26 estados e também no Distrito Federal. Excetuando os estados do Paraná e São Paulo que irão participar da partida, mais o estado do Rio de Janeiro, interessado diretamente no resultado da partida, a Comissão de Arbitragem poderia escalar um juiz de alguma das outras 24 unidades da Federação, mas infelizmente não levou em consideração o interesse de Vasco e Fluminense no resultado do Coritiba.

Que fique bem claro que não estou aqui duvidando do caráter do árbitro carioca, mas sim fazendo uma crítica a falta de bom senso existente na Comissão Nacional de Arbitragem.

E por falar em Bom Senso deixo aqui mais uma vez o meu apoio a este movimento que tenta mudar as estruturas do futebol nacional.

Não vou questionar se as solicitações são pertinentes ou não, ou se só “agradam” a uma classe de jogadores, mas o fato é que este movimento pode fazer história no futebol brasileiro e pela primeira vez tirar o poder que está centralizado nas mãos de alguns cartolas.

E somente este lado democrático já teria o meu apoio, pois o futebol no Brasil não é apenas um jogo, mas faz parte da cultura popular nacional e é a paixão e o único divertimento de milhões de brasileiros.

E vou mais além, acho que os protestos de cruzarem os braços, tocarem a bola ou sentarem dentro de campo já não está dando mais o reflexo esperado. Talvez seja hora de uma atitude mais emblemática. Quem sabe, uma greve.

Uma greve dos jogadores do futebol brasileiro, no país da Copa do Mundo e há poucos meses do início deste grande torneio, com certeza traria a repercussão necessária para que os atletas pudessem ter êxito na mesa de negociação com a CBF.

Algumas vaias foram ouvidas no Couto Pereira na partida de ontem, quando os jogadores sentaram no gramado. Para mim as vaias, feitas por uma minoria, se refletem mais na complicada situação que o Coritiba está na tabela do que propriamente no movimento em si. Ou seja, tentam imputar ao Bom Senso FC e principalmente ao seu líder, o craque Alex, a fraca campanha do Coritiba na competição, quando deveriam ter orgulho do grande líder deste movimento ser jogador e declarado torcedor do Coritiba.

A vitória contra o Botafogo trouxe a possibilidade de o Coritiba depender apenas de si para fugir da segunda divisão.

Dentro de campo muita raça. Fora de campo muito apoio por parte do torcedor.

Os “operários” literalmente deram o sangue pelo time (que o diga o valente Gil), enquanto os craques resolveram a partida.

Mas de nada adiantará esta vitória se o mesmo espírito de luta e “coração no bico da chuteira” não estiverem presentes no jogo contra o São Paulo, em Itu, no próximo domingo.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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