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Ricardo Honório18/09/15, 11h24
Falando de Bola

Para lavar a Alma Guerreira

A vitória de ontem é daquelas para se lembrar por muito tempo.

O Coritiba na zona do rebaixamento pegava um time muito motivado, vindo de seis vitórias consecutivas, feito que levou o time carioca ao G4, e além disso enfrentaria um estádio completamente lotado de flamenguistas, mais precisamente 67.011 pessoas.

Praticamente toda a crônica nacional, com exceção de alguns poucos paranaenses, já dava como favas contadas a vitória flamenguista.

Porém, esqueceram que do outro lado estava um time guerreiro, que não merecia estar na zona do rebaixamento, pois existem vários, e não são poucos, times mais pobres tecnicamente que o Coritiba.

E a vitória não poderia vir de um jeito mais surpreendente, como o pênalti marcado, sim senhores, o primeiro pênalti marcado para o Coritiba neste campeonato, e um gol que em primeiro momento poderia levantar a dúvida do impedimento.

Palmas e mais palmas para o trio de arbitragem, capitaneado pelo árbitro baiano Marielson Alves Silva, que não se deixou levar pelo estádio lotado e pela pressão de estar apitando um jogo de um time adorado pela mídia nacional, e teve uma atuação perfeita, como deveria ser em todas as partidas.

O jogo tinha tudo para ser daqueles nervosos, e foi. Mas o gol logo no início da partida trouxe a pressão para o lado flamenguista, e aí evidenciou-se a diferença entre atuar em sua casa e em uma casa estranha, apesar das arquibancadas lotadas.

Quem estavam lá era os simpatizantes, torcedores pouco acostumados a empurrar o seu time no estádio, e logo após o segundo gol Alviverde, a pressão das arquibancadas que deveriam ajudar o time carioca teve efeito contrário, e as vaias surgiam com intensidade.

Sem tranqüilidade para jogar e não contado com a excelência do sistema defensivo do Coritiba, o Flamengo teve domínio de bola, mas pouco incomodou. O domínio se tornava ilusório, pois o goleiro Wilson pouco foi acionado.

E assim o Coritiba conquistou uma excelente vitória, fazendo três pontos que o tiram da zona do rebaixamento e que deixa o time Alviverde e sua torcida motivadíssimos para o Atletiba de domingo.

Com o time inteiro jogando uma grande partida, seria injusto apontar destaques individuais, porém os dois jovens zagueiros Juninho e Walisson merecem ser exaltados.

Walisson é regular, dificilmente falha e vem muito bem no jogo aéreo. Já Juninho é um monstro, dificilmente perde uma dividida e parece estar em todos os lugares da zaga ao mesmo tempo.

A excelente atuação, mais uma vez, dos jovens zagueiros mostra o quanto tempo e dinheiro o Coritiba perdeu com Leandro Almeida.

Outro que merece destaque é o volante Alan Santos, que teve uma grande atuação na frente da zaga e deu qualidade na saída de bola.

Ao que parece o técnico Ney Franco encontrou de vez o time ideal do Coritiba com a escalação de ontem.

O sistema defensivo está encaixado, Alan Santos como segundo volante, Lúcio Flávio mais adiantado e um trio de atacantes de movimentação, sem guardar posição fixa.

E Ney Franco ainda tem boas opções no banco de reservas.

Domingo mais um jogo decisivo. E ele tem uma importância maior ainda por se tratar do maior clássico do futebol paranaense.

O Couto deverá estar lotado e a torcida deverá ter um papel fundamental apoiando e incentivando o time.

Pelo jogo que fizeram ontem contra o Flamengo, os jogadores merecem todo apoio e carinho do torcedor.

Quem for ao Couto Pereira domingo deve esquecer toda e qualquer birra com determinado jogador.

Domingo é dia de empurrar o time em busca da vitória.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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