Falando de Bola
Muito importante a vitória do Coritiba frente ao Náutico. Além de vencer um concorrente direto, o Coxa ainda conseguiu abrir cinco pontos da zona de rebaixamento.
Pontuação importantíssima, já que o Coritiba terá duas pedreiras, Inter/RS e São Paulo, nas duas próximas rodadas.
Salvo uma mudança muito grande nos dozes últimos jogos, a briga pelo rebaixamento deverá ficar entre cinco equipes: Náutico, Santo André, Botafogo, Sport e Fluminense.
Acredito que dessa o Botafogo escapa.
Mesmo com a briga pelo rebaixamento ficando cada vez mais monopolizada por estas cinco equipes, o Coritiba ainda precisa abrir o olho e garantir, no mínimo, mais seis vitórias nos doze jogos restantes.
Dentro de campo, a equipe mostrou uma boa consistência defensiva, o que ainda não tinha mostrado neste campeonato.
É verdade que o ataque do Náutico, com Tuta fora de forma e Carlinhos Bala desinteressado não mete medo em ninguém, principalmente jogando fora do Aflitos.
Ney Franco conseguiu dar uma boa consistência defensiva a equipe, jogando no 4-4-2, principalmente pelas boas atuações dos volantes Jailton e Leandro Donizete, este último um leão na marcação da meia-cancha.
O lado esquerdo que vinha tendo problemas defensivos nas últimas partidas conseguiu uma boa regularidade com a entrada de Luciano Amaral.
É preciso lembrar que o Náutico jogou sem lateral-direito, e com o meia Ailton, que pouco incomodou, caindo pelo setor.
Luciano Amaral mostrou um futebol apenas regular, subindo de produção na segunda etapa quando o Náutico se abriu e o lateral Alviverde pode se lançar mais ao ataque.
Mas ainda é preciso mostrar mais futebol e deixar a timidez de lado no apoio ao ataque, para ser a solução para a lateral esquerda do time.
Para uma posição em que já passaram Guaru, Vicente, Rodrigo Crasso, Heffner, Carlinhos Paraíba, Renatinho e Pedro Ken, a atuação de Luciano Amaral ao menos trouxe a esperança de uma consistência defensiva pelo setor.
Mas se Ney Franco quiser continuar escalando este lateral pelo lado esquerdo é preciso rever urgente a criatividade na meia-cancha.
Com o futebol que está jogando, Carlinhos Paraíba não pode ser titular da meia-esquerda. Com ele e Pedro Ken na armação, o Coritiba fica sem criatividade na meia-cancha, fato que dificultou a marcação do primeiro gol contra o Náutico.
Para o próximo jogo contra o Inter/RS, o Coritiba precisará de muita criatividade para furar a grande marcação adversária, e para isso Ney Franco tem opções melhores no momento que a manutenção de Carlinhos Paraíba.
A primeira seria a entrada de Renatinho pelo setor, com Marcelinho Paraíba continuando no ataque. A segunda seria a colocação de Marcelinho na meia-cancha, para a entrada de Marcos Aurélio ou Thiago Gentil para jogar no ataque.
Qual seja a escolha de Ney Franco, no momento esta mudança é muito mais produtiva para o time, do que a permanência de Carlinhos Paraíba no time titular.
No comando de ataque, muito boa a estréia de Rômulo, que mostrou oportunismo ao fazer o primeiro gol da equipe contra o Náutico.
Faltou apenas ao centroavante Alviverde segurar melhor a bola na frente, já que Rômulo não fez bem o papel de pivô, função que é muito bem desempenhada por Ariel, que apesar de não ter um bom domínio de bola, segura melhor a bola na frente, além dos defensores adversários.
Para o próximo jogo, deve ser natural a volta de Ariel.
Não é de hoje que Jeci vem falhando na zaga Alviverde. Ontem, mais uma vez, mostrou-se um pouco afobado em alguns lances.
Ao optar por Jeci em detrimento a Dirceu, que vinha sendo o melhor zagueiro do time, Ney Franco cometeu o seu primeiro grande erro a frente da equipe.
O talento de Dirceu deve ter preferência sobre a experiência de Jeci.
Nota zero para os torcedores que vaiaram o craque Marcelinho Paraíba.
Desde que chegou ao Coritiba, o jogador encarnou o espírito Coxa-Branca, e vem sendo o principal jogador do time, responsável direto por muita das vitórias conseguidas desde a sua chegada ao Coritiba.
Está certo que o torcedor Alviverde sempre espera o melhor do craque do time, mas Marcelinho não é uma máquina, mas sim um humano capaz de errar, como no pênalti perdido.
E se as vaias foram motivadas pelo fato do jogador mais caro do elenco Alviverde, não estar desempenhando um bom futebol desde que renovou seu contrato, isso não passa de coincidência, pois Marcelinho sempre honrou a camisa do Coritiba.
E nada mais justo para o melhor jogador, aquele que carrega o time nas costas, que traz marketing e exposição nacional para o Coritiba, que ganhar o maior salário do elenco.
A você Marcelinho, o meu muito obrigado por escolher o Coritiba para desfilar o dom que Deus lhe deus, o de jogar futebol.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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