Falando de Bola
Temos lido muito nos últimos dias declarações de dirigentes do Coritiba preocupados com as arbitragens.
A preocupação principal refere-se a um possível favorecimento a times cariocas (Fluminense e Botafogo) que lutam contra o rebaixamento a segunda divisão.
Não é de hoje que observamos arbitragens completamente danosas não só a clubes paranaenses, como também a vários outros clubes, como o Palmeiras, por exemplo, extremamente prejudicado contra o Fluminense.
Alguns erros são cometidos por árbitros que são ruins mesmo, outros nos levam a acreditar em “acertos” fora de campo.
A eterna escalação do fraco Carlos Eugênio Simon, árbitro com um grande histórico de “equívocos” nos últimos anos, para as principais competições da FIFA, me leva a acreditar que existe uma “troca de favores”. Digo, eu não afirmo que exista, apenas suponho, pois existem árbitros melhores, mas que são preteridos por um árbitro fraco tecnicamente e dono de uma enorme soberba.
Não resta dúvida que a preferência hoje nos corredores da CBF é pelo rebaixamento do Coritiba, e consequentente pela permanência de Botafogo e Fluminense.
Outro fator que me intriga é que na última rodada foi comentado apenas o erro contra o Palmeiras, mas em nenhum momento o Coritiba, duplamente prejudicado pelo gol em impedimento e pelo pênalti não marcado, não foi citado.
Mas alheio a tudo isso, observo que esta preocupação poderia estar passando longe do Alto da Glória se a diretoria do time tivesse tido competência para formar o grupo de jogadores.
Se o grupo tivesse jogadores mais qualificados e também mais identificados com a causa Alviverde, nada disso estaria acontecendo no momento.
Não há juiz que resista a um futebol bem jogado, com competência, raça, qualidade técnica e disposição.
Por que a preocupação veio só agora, se ela poderia ter acontecido na montagem da equipe, no mínimo, no começo deste ano?
A diretoria deveria ter a humildade e reconhecer os seus inúmeros erros em contratações, cometidos nos anos de 2008 e 2009, passando muito longe do índice de acerto prometido pelo “Projeto Vencer”.
Uma diretoria que em 2009 contrata três laterais direitos e até hoje não sabemos qual é o titular tamanha a ineficiência técnica do trio.
Na lateral esquerda o elenco tinha quatro jogadores, mas nenhum com condição para jogar no Coritiba, sendo que dois deles (Guaru e Rodrigo Crasso) nem se houve mais falar. O jogador Luciano Amaral não tem a mínima condição para ser titular deste setor.
Hoje vemos uma zaga improvisada com a escalação de um volante. Uma zaga lenta e pesada que virou o paraíso de atacantes rápidos e até de meias lentos como Lúcio Flávio que deitou e rolou em cima de Pereira e Dirceu. A volta de Jeci, que também não é a solução, é a única esperança de que o desempenho do setor seja melhorado.
Vemos volantes contratados a peso de ouro, como Rodrigo Pontes, contratação equivocada e não foi por falta de aviso, não sendo nem relacionado para as partidas.
Isso sem falar na renovação de João Henrique, no "sumiço" de Leozinho, sem contar que se formos listar todos os erros cometidos em contratações iria faltar espaço aqui no Blog.
Será que se a diretoria tivesse mais competência na montagem da equipe, estaríamos neste momento, nos preocupando com as arbitragens?
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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