Falando de Bola
Após os três pontos perdidos para o Avaí, que custarão muito caro ao Coritiba, uma vez que não tenho medo em apontar o time catarinense, ao lado do Joinville, como clubes que farão parte da zona do rebaixamento ao fim do campeonato brasileiro, parte o Alviverde para o palco, que é sagrado para os Coxas-Brancas, tentar a recuperação contra o Fluminense.
Jogo extremamente difícil para o time tentar recuperar fora o que perdeu dentro de casa.
Do outro lado estará Fred, aquele mesmo que fracassou na Copa, mas que em território nacional contra as frágeis equipes brasileiras, ainda reina absoluto com o grande matador das grandes áreas.
Do lado de cá estará a defesa Alviverde, aquela que um dia já foi muito difícil de ser vazada, mas que ultimamente vem perdendo a identidade e falhando jogo após jogo.
E qual Coritiba entrará em campo amanhã no Maracanã?
Aquele que um dia venceu o Flamengo de Zico com um golaço de Marildo em 1985, e que enfrentou a pressão nas arquibancadas de milhares de cariocas na final contra o Bangu, ou aquele que um dia foi goleado pelo próprio Fluminense por 5x0 em 1984, ou o que foi eliminado da Copa do Brasil nos pênaltis pelo Flamengo, após ter o placar de 3x0 devolvido no tempo regulamentar, ou ainda aquele Coritiba que desde o início dos campeonatos brasileiros de pontos corridos tem um pífio aproveitamento nas partidas disputadas fora de casa.
A bipolaridade Alviverde precisa ter um ponto final. Não pode continuar com a irregularidade, pois ela fará sempre o time estar disputando a parte de baixo da tabela, e uma hora quem tanto flerta com o rebaixamento, logo será rebaixado.
Que os deuses do futebol, que um dia ajudaram a dar a maior glória que o Coritiba já teve, estejam do lado Alviverde no Maracanã, e que um bom resultado nesta partida possa ser o início de uma nova fase para os comandados de Marquinhos Santos.
E a terceira leva de reforços começa a desembarcar no Coritiba.
Ainda esperando pelos tão falados nomes do Palmeiras, que eu acredito que nem venham mais, o time Alviverde tem nos meias Esquerdinha e Marcos Aurélio as suas novas opções.
Esquerdinha, apesar da pouca idade, 25 anos, já passou por mais de dez times, e teve como grande fase em sua carreira o título paulista pelo Ituano, na final contra o Santos.
É um jogador rápido e habilidoso, que costuma ocupar o lado esquerdo do gramado, podendo atuar como meia ou lateral. Não é um atleta com muitos gols na carreira, mas ajuda muito na armação de jogadas.
Se Marquinhos optar pela escalação de três meias, deixando apenas um atacante, poderá fazer o trio junto com Thiago Galhardo e Ruy.
Para atuar como lateral-esquerdo, a formação mais provável é a com três zagueiros, já que não é um atleta que tenha a marcação como ponto forte.
Em relação a Marcos Aurélio, dentro de campo dispensa comentários, já que é conhecido da torcida Alviverde. Resta apenas saber se o jogador que esteve mal em suas duas últimas equipes, Bahia e Ceará, voltará a ser o mesmo que ajudou muito o Coritiba de 2009 a 2011.
A chegada destes reforços mostra como o planejamento de contratações para o ano de 2015 foi muito mal executado pela diretoria Alviverde.
Quando o treinador precisa improvisar em alguma posição é sinal de que as coisas não saíram como planejadas.
A vinda de Marcos Aurélio e Esquerdinha não sanam as carências da equipe, que ainda necessita de um goleiro mais experiente, um lateral-esquerdo de ofício, um meia armador para vestir a camisa 10, e ainda um atacante de referência, já que com a possível saída de Keirrison, o Coritiba ficaria somente com Rafhael Lucas e Wellington Paulista para o comando do ataque, porém ambos são atletas que buscam mais as jogadas pelos lados e fora da área.
Para quem prometia jogadores pontuais, ótimo índice de acertos nas contratações e melhor aproveitamento da base, o fato de ainda existirem carências no elenco, mesmo após a contratação de 17 jogadores, dos quais dois já foram dispensados, mostra que o trabalho executado pelo Departamento de Futebol do clube precisa ser melhor avaliado pela diretoria.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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