Falando de Bola
Trinta jogos em competições promovidas pela CBF, fora do Couto Pereira. Trinta jogos em competições promovidas pela CBF, fora de Curitiba.
Seiscentos e dez mil reais de multa.
Essa foi à pena aplicada pelo “Superior” Tribunal de Justiça Desportiva, em uma punição inédita no futebol brasileiro, em denúncia aplicada pelo Procurador Paulo Schmitt, torcedor do A. Paranaense.
Como vários afirmaram, o Coritiba merecia sim ser apenado, porém não poderia servir de exemplo para a falsidade moral que assola o futebol brasileiro.
O mesmo procurador poderia vir a público explicar a demora na denúncia do dopping do jogador Jóbson, do Botafogo.
Mas confesso, todo este assunto me deixa enojando, tanto a punição aplicada, como nas cenas vistas no Couto Pereira, e finalizando pela péssima gestão do G9 de Cirino.
Infelizmente, hoje, o Coritiba está endividado, penalizado, jogado em uma segunda divisão, e pior, sem ainda nenhuma notícia sobre a equipe de futebol para 2010.
Quem pagará o empréstimo do BMG? Quem pagará a pena de R$ 610.000,00, se provavelmente teremos mais despesas do que lucros, com os jogos que teoricamente seriam disputados em casa?
Quem pagará os contratos de bondes como Rodrigo Pontes e João Henrique, entre outros jogadores de qualidade duvidosa contratados pela diretoria de Jair Cirino?
Quem pagará as contas do “Projeto Vencer”?
Mas principalmente, quem pagará pela humilhação de ver o Coritiba jogando o ano em que estará com 100 anos, longe de seu estádio?
A única coisa que não pode acontecer é a reeleição de Jair Cirino e de diretores que compuseram a sua chapa e que ajudaram a afundar o Coritiba.
Sobre o futebol, que não deveria estar parado como estamos vendo, já que muitas equipes já estão contratando, a maior expectativa que tenho é sobre a permanência, ou não, de Ney Franco a frente do Coritiba.
Confesso que sou contrário a esta permanência, por vários motivos, dentre eles a falta de comando sobre o grupo Alviverde, além de escalações erradas e indicações equivocadas, como a contratação de Luciano Amaral.
Soma-se ainda preterir a Cleiton e Demerson, para a escalação de Jeci, mal fisicamente tecnicamente, e a improvisação de Dirceu, tornando a zaga do Coritiba, a mais vulnerável, principalmente no final da competição.
Mas talvez o fator principal contrário a permanência de Ney Franco, seja a grande intolerância que a torcida Alviverde terá com o treinador que prometeu, no mínimo, brigar pela Sulamericana, mas que no final nos “presenteou” com uma queda a segunda divisão.
Além disso, tem a suposta briga com Ariel, na descida para os vestiários após o jogo contra o Fluminense, o que tornaria insustentável a convivência entre ambos. Entre a raça e identificação de Ariel, e a falta de comando de Ney Franco, não tenho dúvida que o “gringo” será muito mais útil na segunda divisão.
Não tenho a menor dúvida em afirmar que os dias serão muito difíceis para o treinador Alviverde, mesmo que este não tenha o bafo em sua nunca dos torcedores das sociais.
É hora de fato novo, tanto na presidência como na Comissão Técnica, e para isso nada melhor do que trazer um treinador como Jorginho, ex-jogador do Coritiba, e atualmente auxiliar de Muricy no Palmeiras.
Jorginho vinha fazendo um excelente trabalho, no período em que comandou o Palmeiras, desde a saída de Luxemburgo, até a contratação de Muricy Ramalho.
É um treinador jovem, capacitado, com um profundo conhecimento da bola, e que tem o indício de uma carreira brilhante pela frente.
A dica está dada.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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