Falando de Bola
O primeiro turno já ficou para trás. Mesmo que ainda o Coritiba possua chances matemáticas, dificilmente Cianorte e A. Paranaense deixarão de vencer seu ultimo jogo.
O Cianorte tem um jogo mais complicado. Enfrentará o Arapongas na cidade do mesmo nome. Ali estará em jogo a rivalidade local e o Cianorte terá que jogar muito se quiser conquistar o título.
Já o A. Paranaense enfrentará o Paranavaí, no interior do estado, e não deverá ter problemas para vencer o vice-lanterna da competição.
Resta ao Coritiba refletir sobre os problemas enfrentados neste fraquíssimo Campeonato Paranaense que o levaram a empatar quatro partidas em dez jogos disputados.
Na partida de ontem, ficou evidente a falta de poder ofensivo do time.
As melhores chances do time aconteceram em jogadas finalizadas pelos jogadores Emerson, Pereira e Lucas Mendes.
O ataque não finalizou, assim como os meias não criaram.
Rafinha, ainda tentou sozinho, algumas jogadas, mas bem marcado, foi totalmente improdutivo.
Lincoln e Renan Oliveira fizeram uma partida totalmente abaixo da crítica, principalmente Renan que não foi visto no gramado da Vila Capanema, mostrando o porquê de nunca ter “estourado” no A. Mineiro, mesmo sendo considerada uma grande revelação do time de Minas Gerais.
Já Lincoln, mesmo que bem marcado por Deivid, decepcionou completamente os torcedores Alviverdes, com uma atuação pífia.
De quem se esperava muito, principalmente pela experiência de grandes jogos e competições disputadas na Alemanha, mostrou-se muito pouco, fazendo com que o torcedor Alviverde sentisse falta de Marcos Aurélio.
Ainda se espera que Renan Oliveira e Lincoln façam bons jogos com a camisa do Coritiba e assumam a responsabilidade de armar as jogadas de ataque. Futebol, para isso, ambos têm, mas é preciso que deixem de lado a letargia vista ontem na Vila Capanema.
Se o meio e o ataque não funcionaram, justiça seja feita para o sistema defensivo do Coritiba que trabalhou muito bem na partida de ontem.
Vanderlei e Pereira foram os destaques. Vanderlei com belas e importantes defesas, e Pereira mostrando muita garra e raça, como no lance que em uma recuperação espetacular, impediu o gol de Marcelo.
“Alô” Lincoln e Renan Oliveira, aprendam com o Pereira como se joga um clássico com a camisa do Coritiba.
Junior Urso, em sua real posição, fez o que a cartilha manda. Marcou praticamente sozinho na cabeça da área, porém não conseguia dar seqüência as jogadas, pela falta de qualidade no passe.
Se fosse jogador de Tele Santana, iria sair do treino com as pernas duras de tanto ficar treinando passes.
Ambos os técnicos, principalmente Juan Carrasco, na partida de ontem, foram responsáveis por uma partida disputada praticamente de maneira peladeira.
O jogo na meia-cancha praticamente inexistiu, tornando a partida uma correria só, onde foram comuns as ligações diretas da defesa para o ataque, e o vazio na meia-cancha.
Isso tornou a partida até divertida, como disse Leandro Requena.
Parecia o jogo dos “sem camisa” contra os “de camisa”. Mas o que era para ser divertido se torna tragicômico, evidenciando a falta de qualidade técnica de ambos os times.
Mesmo que ainda com apenas dez jogos disputados na temporada, já fica claro as deficiências no elenco Alviverde.
Uma delas, a de atacante de velocidade, deverá ser sanada com a chegada de Roberto.
Ainda existem algumas carências, mas principalmente um segundo volante e um centroavante precisam chegar com urgência no Alto da Glória.
Torcida sempre se mediu no estádio. E os poucos mais de 5.000 torcedores que compareceram ontem ao “Clássico de Torcida Única” deixaram claro qual é o time de maior torcida no Estado do Paraná.
Mesmo com o estádio totalmente para si, a torcida atleticana não consegui nem lotar o seu espaço, e em muitos momentos da partida, escutou-se um silêncio fúnebre na Vila Capanema, com a falta de vibração dos torcedores.
Aliás este clima combinou perfeitamente com vários fatores que envolveram o jogo, como as trapalhadas de Helio Cury e Amilton Stival, a arrogância e desmandos de Mario Celso Petraglia, a falta de capacidade técnica do Coritiba em vencer um amontoados de jogadores e a arbitragem totalmente tendenciosa em não desagradar ninguém de Heber Roberto Lopes.
Aliás, o arbitro paranaense, ao deixar de marcar um pênalti para cada lado, faltas próximas a área atleticana em favor do Coritiba no final da partida e dar apenas dois minutos de acréscimo, deixou transparecer que parecia “louco” para que o jogo acabasse empatado.
O único lado positivo, para mim, do empate de ontem, foi assistir o jogo ao lado da família e de alguns amigos em Imperatriz/MA.
Como é bacana ver que existem Coxas – Brancas por aqui e que sempre se reúnem quando tem jogo do Coritiba.
Esse é o Coritiba sem fronteiras.
Um grande abraço ao meu irmão Fernando e ao sobrinho Vitor pela recepção e aos novos amigos Jailson e Juliano.
Pena que o Coritiba não coroou com uma vitória este encontro.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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