Falando de Bola
Mais um resultado ruim dentro de casa amargado pelos comandados de Renè Simões, contra times medianos do futebol brasileiro.
Assim como já tinha acontecido nas derrotas para Goiás e Santo André, o Coritiba mais uma vez não conseguiu furar uma retranca, perdendo preciosos pontos dentro de casa.
Enquanto contra times grandes, que jogam e deixam jogar, como São Paulo, Grêmio e Flamengo, o Coritiba conseguiu excelentes vitórias, contra times que jogam atrás o Coritiba mostra extrema dificuldade.
Isso pode ser explicado principalmente pela falta de qualidade ofensiva do time, que tem apenas em Marcelinho Paraíba, um jogador capaz de decidir uma partida.
As vitórias contra os chamados clubes grandes tem acontecido principalmente pelos espaços deixados pelos adversários, que foram bem aproveitados pelo Coritiba nos contra-ataques.
Já contra os times que jogam retrancados no Couto, fica evidente que o time não tem qualidade ofensiva para furar os bloqueios, dependendo apenas da qualidade dos arremates de Marcelinho ou de vez em quando de Carlinhos Paraíba.
Neste empate contra o Sport ficou nítido a falta de qualidade do ataque Alviverde, desde Bruno Batata, que não conseguiu fazer o pivô, passando por Hugo (em quinze minutos não criou nada) e Marcos Aurélio que não vem em boa fase, e hoje o gramado não favorecia o seu estilo de jogo.
A ausência de Ariel, que mesmo não sendo um goleador nato, ainda é o melhor avante do time, será extremamente sentida nos próximos jogos, principalmente se a diretoria não procurar com urgência soluções para este setor.
O que não pode acontecer, é ficar esperando a banda passar, e continuar ocupando apenas a zona intermediária da tabela.
Porém não é somente no ataque que residem os problemas Alviverdes.
As laterais hoje são o ponto mais fraco do time, já que dificilmente acontecem boas jogadas do Coritiba pelos flancos do gramado.
Pelo lado direito, Marcio Gabriel ainda é mais jogador que Rodrigo Heffner, porém Renè prefere usar o segundo neste esquema 4-4-2, pelo fato de Heffner fechar melhor na marcação na linha de quatro.
Pelo lado esquerdo, o problema é ainda mais complicado, já que Rodrigo Crasso, pelo que mostrou no jogo de hoje, está distante de ser a solução para este lado, e Douglas Silva, além de estar jogando um fraco futebol, tem atuado preso na marcação, não saindo para o ataque.
Fica evidente que Carlinhos Paraíba improvisado ainda é a melhor solução para este setor.
A opção de Renè por jogar no 4-4-2 pode ter acontecido em função da sua percepção na falta de qualidade dos laterais do Coritiba. Mas para jogar neste esquema, o treinador não pode deixar que Marcelinho Paraíba atue no ataque, já que assim mata toda a criatividade da meia-cancha.
Como lado positivo, mais uma vez a boa atuação de Dirceu e Demerson como os zagueiros de área.
Dirceu cometeu um pequeno deslize que quase resultou em complicações para Vanderlei, mas de resto mostrou extrema eficiência nesta função, além de sair jogando com qualidade.
A grande prova de fogo destes jogadores será contra o Vitória, um dos ataques mais positivos da competição, isso se Renè não resolver dar a titularidade a Jeci.
Na seqüência da competição o treinador Alviverde terá um agradável problema para resolver, já que o Coritiba contará com os retornos de Cleiton, Pereira e Felipe.
Ao que parece o problema da zaga do Coritiba está sanado.
Cabe agora a diretoria do Coritiba resolver com urgência o problema do ataque. É necessária a contratação de dois jogadores para o setor, um homem de referência, que pode ser Marcel, e um atacante de velocidade, que poderia ser Gil, do Internacional.
Senhores Halila e Ximenes, mãos a obra, pois do jeito que está, o máximo que o Coritiba conseguirá, é a parte intermediária da tabela de classificação.
Saudações Alviverdes!
Ricardo Honório
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