Falando de Bola
Estamos a dias de um jogo importantíssimo para o futuro do clube. Apesar de eu achar que a decisão será realmente no jogo contra o Fluminense, pela última rodada, não podemos deixar de ter esperança de um bom resultado frente ao Cruzeiro, que em caso de vitória Alviverde, combinado com um fracasso do Fluminense frente ao Vitória poderá confirmar o Coritiba na primeira divisão.
Mas será que isso é possível?
Bem, sonhar não custa nada, e como diriam alguns: Sou Coxa-Branca e não desisto nunca!!
Mas após uma semana de colunas extremamente ácidas no site, uma minha inclusive, todas por sinal muito merecedoras e verdadeiras, pela forma que o time atuou em Santos, chegou a hora de pensar em motivar o time para as últimas batalhas.
Mas e como fazer isso?
Confesso que me atrevo a escrever de bola, falar das coisas que acontecem dentro de campo, mas não sei por onde começar para motivar o time.
Em razão disso, eu como um legítimo Coxa-Branca, que sempre sonhou em vestir a camisa deste time, que sonhou em fazer um gol aos 45 minutos do segundo tempo em um Atletiba valendo campeonato, que sonhou em fazer gol e sair batendo no peito e indo comemorar com a torcida, que não tem dúvidas que daria o sangue por este time, que colocaria a cabeça nos pés do adversário se fosse preciso, resolvi escrever pensando com a cabeça de um atleta.
Eu, Ricardo Honório, camisa 10, o craque, do Coritiba, time que luta pelo rebaixamento, sabedor de que toda uma nação depende da minha atuação para ver seu time do coração sair do inferno, pensaria no quê para me motivar:
Pensaria no sofrimento de todos os torcedores, desde os menininhos que estão começando seu amor para com o clube, até os mais idosos, que tantas glórias e sofrimentos já viveram.
Pensaria no esforço de todos, principalmente daqueles torcedores que inventaram a maior festa de todos os tempos do futebol brasileiro, o tal do “Green Hell”, festa esta que me faz sentir um guerreiro quando entro em campo.
Pensaria nos torcedores que viajam milhares de quilômetros para ver o Coritiba jogar, e naqueles que gastam parte de seu pequeno salário para ir aos jogos.
Pensaria no esforço de todos no clube, que dedicam seu dia-a-dia para que eu tenha todas as condições de desempenhar o meu melhor dentro de campo.
Pensaria no prejuízo financeiro que o clube teria com a queda para a segunda divisão.
Pensaria na mancha que meu currículo teria com a queda para a segunda divisão.
Pensaria na alegria que eu teria após o final do jogo contra o Fluminense, ao sair como herói pelo gol marcado ou pela assistência dada, escutando aquele estádio lotado gritando meu nome.
Pensaria que com a glória adquirida, eu poderia, um dia quem sabe, fazer parte da história gloriosa do clube, e ver meu nome e minha foto estampados no lindo museu, como o cara que salvou o Coritiba do rebaixamento.
Pensaria no lindo sorriso e no gostoso abraço que minhas filhas me dariam ao chegar em casa, consciente que fiz o meu melhor em prol de uma nação.
Sonhar, meu amigos, não custa nada.
Quem de nós nunca sonhou em ser jogador do Coritiba?
Quem de nós nunca sonhou em ser um herói do Coritiba?
Se nós sonhamos em ser o que não podemos, cabe aos jogadores incorporarem o nosso espírito, a nossa luta, a nossa garra, a nossa raça e a nossa vontade de vencer.
Se isso acontecer, se este espírito for incorporado, não existe nada que nos segure.
O sonho está ali, batendo a nossa porta, e somente nós podemos ir atrás dele.
Raça Coritiba, vamos em busca da vitória!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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